Portugal enviou para fogos graves no Chile equipa sem materiais de proteção e sem experiência
Dos 144 elementos da equipa portuguesa que rumou aos fogos graves que lavram no Chile, e onde já morreram mais de duas dezenas de pessoas, conta-se gente sem equipamentos de proteção para aquele cenário. Alguns já se recusaram a ajudar os chilenos por essa falha. Mas há outros membros que estão no terreno sem experiência para enfrentar chamas daquela dimensão, porque acabaram a sua formação há pouco tempo.
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https://visao.sapo.pt/atualidade/sociedade/2023-02-15-portugal-enviou-para-fogos-graves-no-chile-equipa-sem-materiais-de-protecao-e-sem-experiencia/á quatro dias que vários elementos da força especial conjunta enviada por Portugal para ajudar o Chile, no combate aos graves incêndios rurais que varrem aquele país e que já vitimaram mortalmente mais de duas dezenas de pessoas, aguardam que lhes sejam enviados equipamentos de proteção pessoal, para que possam atuar naquele território.
Além disso, parte dos portugueses que foram selecionados pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para irem na tal equipa acabaram a sua formação há pouco tempo, nunca tendo tido qualquer experiência em fogos daquela dimensão – que as autoridades comparam a fenómenos como os que ocorreram em Pedrógão Grande, no verão de 2017, e que mataram mais de 60 pessoas.
Os 144 membros de várias estruturas da Proteção Civil portuguesa partiram no sábado à noite, da Base Aérea Militar de Figo Maduro, em Lisboa, rumo à província de Concepción, a bordo de um avião comercial. Apesar de serem chefiados pela ANEPC, as falhas estarão a afetar elementos ligados à UEPS – Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR, aos Sapadores Florestais, que são tutelados pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e à Força Especial de Proteção Civil (FEPC), bombeiros altamente especializados que dependem diretamente da ANEPC.
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A Proteção Civil foi questionada quanto a este caso, não tendo ainda fornecido ainda respostas, assim como o Ministério da Administração Interna (MAI) – que remeteu para a primeira entidade, que é por si tutelada, qualquer explicação.
A denúncia sobre a falta de condições com que se depara a equipa portuguesa partiu da APROSOC – Associação de Proteção Civil, que lamenta que “mais uma vez estejamos perante uma equipa que foi enviada para ficar bem na fotografia”.
“Há uma espécie de dívida de Portugal para com o Chile, porque se trata de um país que já teve elementos de equipas suas a perderem a vida cá, porque vieram ajudar os portugueses a combater fogos graves. Enviarmos alguém que apenas vai fazer número, e se mostra incapaz de poder contribuir para debelar um cenário que é comparado ao que atravessamos no ano de 2017, é muito grave”, apontou, à VISÃO, João Paulo Saraiva, presidente da APROSOC, que disse saber de alguns elementos portugueses que se recusaram a entrar no combate às chamas até agora.
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