Kosovo: 290 militares portugueses partem a 24 de Março para PristinaOs 290 militares portugueses que vão constituir a Força Nacional Destacada da missão da NATO no Kosovo, partem dia 24 de Março para Pristina, anunciou hoje, em Vila Real, o Comandante Operacional do Exército.
O Tenente-General Artur Pina Monteiro presidiu à cerimónia de entrega do Estandarte Nacional ao primeiro Batalhão de Infantaria, que concluiu o aprontamento no Regimento de Infantaria 13 (RI13), localizado naquela cidade transmontana.
Segundo o Comandante Operacional do Exército, a KFOR, missão da NATO no Kosovo, constitui o teatro de operações internacional onde estão envolvidos mais militares portugueses.
A partir de 24 de Março, partem para Pristina 290 militares, dos quais 33 mulheres, e se constituirão como Força Nacional Destacada.'Esta força estará sempre em prontidão no Kosovo para fazer intervenções em qualquer situação crítica em qualquer parte do território', salientou o responsável.
Depois das autoridades albano-kosovares terem proclamado unilateralmente a independência do Kosovo em Fevereiro de 2008, esta antiga província sérvia tem vivido tempos de relativa tranquilidade nos confrontos entre separatistas e sérvios.
Portugal reconheceu formalmente a independência da antiga proví ncia sérvia a 07 de Outubro.
O comandante do batalhão Tenente Coronel, Fernando Teixeira, disse que os seus homens, depois de uma formação intensiva de seis meses, estão preparados para desenvolver todo o tipo de operações com que se depararem no Kosovo.
Fernando Teixeira afirmou que os militares portugueses vão encontrar um país que vive numa situação estável, mas onde podem ocorrer 'picos de pequenas conflituosidades'.
Depois da Bósnia e Líbano, Goreti Assunção, cabo-adjunto com 26 anos, parte para o Kosovo movida pela vontade de ajudar outras populações.
A militar declarou estar preparada para enfrentar os próximos seis meses longe da família e considerou que a Internet se transformou numa ferramenta essencial para matar saudades da família e do país.Luís Mouta, de 28 anos e natural de Lisboa, vai embarcar pela primeira vez na aventura das missões internacionais.
'É o cumprimento de uma missão numa situação real. Estamos prontos. Agora é uma questão de chegar lá e começar a desenvolver o nosso trabalho', frisou.
O 1º Batalhão de Intervenção efectuou o aprontamento no RI13, unidade onde, desde 1998, já foram preparadas seis missões internacionais para a Bósnia, Kosovo e Timor-Leste.
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