So para esclarecer do que eu estou a falar:
Carregar um navio mau, com armas e sensores não faz dele um bom navio.
Eu falo da plataforma em si.
Colocar misseis e radares de ultima geração num navio com soldaduras anedóticas, com os elementos estruturais em locais de dificil acesso soldados por pingos ou soldaduras incompletas, nao fazem dele um bom navio.
imaginem os pilares da ponte 25 de Abril com metade dos rebites.......... caia? nao! mas nao era a mesma coisa
Ice, isso está fora de questão. Agora por muito que esteja de acordo consigo e isso seja uma regra geral no ocidente (graças a Deus), se reparar a oriente, incorrecto ou não, isso não se aplica a parte das marinhas que por lá existe. Já lhe dei o exemplo do Bangladesh em que inclusive navios chineses de guerra que têm segundo consta, das piores construções a nível naval, recebem desde motorização a armas passando obviamente por sensores, aos 40 anos de vida. Mas existem mais exemplos: A marinha do Paquistão adquiriu as Tipo XXI britânicas, que foram lançadas entre 1971/75, que tiveram um mau desempenho nas Falklands onde varias afundaram com apenas uma bomba, que tinham uma construção bastante criticada e onde parte dos materiais eram inflamáveis e arderam após a explosão, tornando os incêndios incontroláveis (Portugal chegou a querer adquirir estas Fragatas, que foram inclusive anunciadas da revista da Marinha como escolha Portuguesa) , foram todas re-armadas e receberam novos sensores. E atenção que ao lado está a Marinha da Índia com navios muito mais modernos. E é apenas aí que quero chegar.
Além disso, uma coisa é a Marinha Mercante, outra é a Marinha de Guerra (quantos navios de guerra construídos nestas paragens afundaram ou ficaram inutilizados? Civis de facto tenho conhecimento de vários agora militares não). E à muito que apesar de ouvir críticas pessoais à construção Coreana, a Militar continua a bombar e sem incidentes de maior (ao contrário da Chinesa por exemplo, em que as Fragatas Type 025t construídas para a Tailândia foram muito criticadas, embora os problemas tenham sido corrigidos, os navios estejam em serviço e a construção das classes que se seguiram tenham sido alvo de forte controle por parte dos Tailandeses, aparentemente com bons resultados
https://en.wikipedia.org/wiki/Type_053_frigate), bem como os navios retirados de serviço são vendidos e usados por outras marinhas, de segunda linha é verdade, mas não deixam de ser comprados e re-equipados. O facto dos Britânicos terem escolhido a Coreia do Sul para os seus novos AOR certamente que não se deve apenas a questões economicistas. E isso com certeza quererá dizer algo, não?
In an effort to modernize its naval fleet, the South Korean Navy has launched a new guided missile frigate named Gwangju.
http://navaltoday.com/2015/08/13/south-korean-navy-launches-new-frigate/
The Republic of Korea Navy (RoKN) will debut a locally produced 127 m landing ship tank (LST) vessel in a large-scale joint amphibious landing drill, the Yonhap news agency has reported.
The vessel, RoKS Cheonwangbong (686), will feature alongside 22 other vessels including destroyers, submarines, and the navy's single Dokdo-class amphibious transport dock (LPD) ship, RoKS Dokdo (6111).
Cheonwangbong was manufactured by local shipbuilder Hanjin Heavy Industries and was commissioned in November 2014. According to IHS Jane's Fighting Ships , the 4,950-tonne vessel has a top speed of 18 kt and a range of 8,000 n miles at 12 kt.
Cheonwangbong is fitted with one 40 mm main gun and two 20 mm guns. According to the report, the LST can accommodate two helicopters and 300 fully equipped troops. The RoKN is anticipating delivery of three more ships-in-class, the last of which is scheduled for commissioning in 2017.
http://www.janes.com/article/52547/south-korea-debuts-indigenous-lst-in-amphibious-drill
Agora, se os navios poderem ser realizados em Portugal, força (um Makassar adaptado à nossa realidade e feito em estaleiros portugueses com uma qualidade de construção reconhecida nos NPO parece-me ser possível). Continuo a acreditar na industria naval nacional e certamente que caso os 2 próximos NPO corram dentro dos prazos, será mais uma prova da industria naval nacional como alternativa a aquisição de navios para a Marinha Portuguesa (agora se houver novamente problemas com prazos e execução do que foi contratualizado, terá que existir alternativas, seja na Europa ou a Oriente passando esta ultima por um duro controle de qualidade como os britânicos asseguraram que iam fazer após as críticas à sua escolha, ou mais uma vez a marinha fica com um contrato executado em um terço e sem navios, em prol da boa construção naval? )
Cumprimentos