Porque já tinhamos Humvee, alguém decidiu que esse meio, se blindado como deve ser, seria suficiente para a ameaça desse teatro.
Então se o Humvee chegava, porque nos emprestaram MRAPs nos últimos anos por lá?

É mais que sabido que os Humvee, mesmo que blindados, tinham grandes limitações na garantia de sobrevivência da tripulação a uma explosão de IED.
Não se compraram porque
não se quis gastar dinheiro.
É que para aviação COIN não temos nada.
A maior parte dos países aliados não tem, isto é, aeronaves especificamente dedicadas a essa função, optando por meios mais versáteis, que não só safam nessas missões, de baixa intensidade, como noutras missões de média e alta intensidade.
Então também não deviam ter vindo as SCAR, faziamos um MLU às G-3 como os Fuzileiros.
Podendo não concordar com certas aquisições, nunca vou concordar com pensamentos a caranguejo, (numa panela cheia de caranguejos, se algum tentar sair, os outros puxam para baixo), isto é a mesma coisa, quando tenho alguma coisa está mal, em vez de eu querer melhorar, não, vou é minar os outros que querem melhorar para ficarmos todos mal.
Ninguém disse nada disso. O que disse foi que, se querem "o melhor do mundo em COIN" então também queiram o melhor do mundo no resto. Não pode haver dois pesos e duas medidas, só para favorecer determinado produto, e depois noutros programas de aquisição, vamos comprar do mais baratucho que há.
Existem prioridades, e aeronaves dedicadas a COIN nunca foram uma delas em 20 anos de guerras contra insurgentes, e agora que o mundo inteiro está a voltar a virar-se para conflitos convencionais, e a preparar-se para essas ameaças, nós vamos no sentido completamente oposto.
Mas não temos.
É perguntar aos holandeses se as BD podem receber (aterrar) o UH-60, e tentar saber o mesmo para as VdG.
Não, para isso temos lá EH101 Merlin, não é preciso enviar para lá Black Hawks...
Mas estamos a falar de quê? Estamos a falar em aeronaves de apoio aéreo próximo, onde se pode incluir os Super Tucano, não estamos a falar em transporte... É a lógica da batata que o Super Tucano não é uma aeronave de transporte...
Eu estava a imaginar um cenário teórico, de apoio aéreo aos RG (e reforcos, etc), numa defesa militar dos arquipélagos, um bocado ao estilo aviação dos US Marines. Ai os Super Tucano podiam descolar das Lajes e apoiar quaisquer forças em quaisquer ilha e regressar, um helicóptero Black Hawk, chegar ao Corvo ou Flores, providenciar CAS e regressar já seria mais complicado, e lento. Mas isto é um cenário muito fictício.
Pois, o problema é que os Merlin podem ser armados com armamento muito limitado. Se precisasses de um meio para proporcionar poder de fogo aéreo, e ainda executar N outras missões, o Merlin sozinho não faz. E achar que alguém ia atacar os Açores, nesse cenário hipotético, e ia deixar os ST voar tranquilamente para dar apoio aéreo próximo às forças em terra, é estar a passar atestado de parvo a todos os envolvidos.
Se os ST pudessem, nesse cenário, proporcionar apoio aéreo a forças em terra numa das ilhas mais afastadas dos Açores, então o mesmo poderia ser feito com UCAVs ou com F-16. Em cenário nenhum, o ST seria a "única solução viável". Os helicópteros, por exemplo, teriam a vantagem de que, perante uma tentativa de invasão anfíbia, a sua operação não estar dependente de pistas, que seriam quase certamente atacadas (o que afectaria ST, F-16, UCAV ou qualquer outra aeronave de asa fixa), dando algum apoio aéreo às forças de defesa por lá.
Neste cenário hipotético, podíamos incluir a existência de caças adversários, o que impedia a utilização de helicópteros, mas também dos STs, ficando a "esperança" nos F-16 abastecidos por aeronaves AAR (que não temos), para resolver o problema.
Este cenário, nos Açores, seria extremamente pouco provável. Por outro lado, um cenário para a defesa de Cabo Verde ou São Tomé e Príncipe, seriam mais realistas.