Olivença

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Diogo Ventura

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« Responder #1875 em: Janeiro 03, 2008, 11:38:53 pm »
Citação de: "Rui Monteiro"
Meu caro amigo Diogo Ventura

Se por causa de Olivença estivessem em causa as carreiras dos Oficiais de carreira das forças armadas como aconteceu em 1974 Olivença já tinha sido invadida por militares com um Salgueiro Maia à frente. Se não lhes tivessem ido ao bolso não tinha acontecido o 25 de Abril.

Como tal não se verifica não interessa a alguns  :wink:

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Jose M.

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« Responder #1876 em: Janeiro 05, 2008, 06:35:45 am »
Citação de: "Diogo Ventura"


Não sei se "meti água " , penso que esta noticia Histórica devia de  estar no Tópico "Guerras Napoleónicas "
Se a Administração  assim entender ,só coloquei aqui porque este Senhor Manuel Godoy (princepe de la paz,assim conhecido ), foi quem "conquistou" Olivença, parece que ,não foi muito bem aceite no final de carreira militar ,foi pena o Reino Espanha ,não Honrar o Tratado de Viena (acta final, art.º105 1815, até aos dias de hoje ).
Aqui fica a debate já agora caros Espanhois que têm a dizer ?


Apreciado Diogo Ventura:

No seré yo quien defienda a Godoy a pesar de que fuera paisano mío. De su cariño a Portugal no sé nada aparte de que su madre era una noble portuguesa.

En cuanto a la cuestión territorial le diré que he mirado la web que usted anuncia en su firma y me ha gustado. Imagino que usted estará completamente de acuerdo con lo que en ellas se publica y por eso las publicita:

http://www.somosportugueses.com/modules ... php?id=353

Unos mapas de Portugal con su distribución territorial perfectamente dibujados. Nada que objetar por mi parte.

Saludos.
 

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Diogo Ventura

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« Responder #1877 em: Janeiro 05, 2008, 10:41:19 am »
Prezado Jose M.


Estou admirado e agradeço a forma simpática que aborda os Mapas do Meu País .
Até hoje não há qualquer duvida que o Comportamento do Reino de Espanha   é deplurável ao não respeitar o artº 105 da Acta Final do Tratado de Viena em 1815.
Ao "firmar" a devolução da Praça de Olivença e Terras de Juromenha há Mãe Pátria Portugal .
Faltando ao compromisso  assumido e ficando na sua posse como colónia até aos dias hoje , já soma 206 anos (Olivença e Terras de Juromenha faz parte do limite de fronteira desde o Tratado de Alcanizes com Castela , ou seja é a Fundação de Portugal)
Há duas situações que tem que entender
1º falta 100 marcos no que seria a "Fronteira". Porquê?
2º Qual a razão que o Governo de Portugal e está na Constituição da Republica Portuguesa Não reconhece Olivença e terras de Juromenha como Território do Reino de Espanha e Porquê?
Veja com atenção  se faz favôr Obrigado




A USURPAÇÃO

Derrotadas as ambições franco-napoleónicas, reuniu-se a Europa no Congresso de Viena, aberto em Setembro de 1814. Ali se encontravam representadas as principais potências: a Inglaterra, a Áustria, a Prússia e a Rússia, mas também Portugal, a Espanha, a Suécia, bem como a vencida França. Constituíam o «Comité dos Oito» que seria o órgão principal do congresso. Os trabalhos prolongar-se-iam até ao ano seguinte, sendo a Acta Final assinada em 9 de Junho (“Le Congrès de Vienne”, Robert Ouvrard).

Junto das assinaturas dos representantes da Áustria (Metternich), da França (Talleyrand), da Inglaterra, da Prússia, da Rússia e da Suécia, vinha a de D. Pedro de Sousa Holstein, futuro Duque de Palmela, chefe da delegação portuguesa. A Espanha, que não o fez de imediato, viria também a subscrever a Acta em 7 de Maio de 1817.
Do Congresso de Viena, haveria de nascer uma nova «nova ordem europeia» que, sustentada no estabelecido na Acta Final, por quase meio século regularia o continente e preservá-lo-ia da guerra.

A Acta do Congresso de Viena, no seu artº 105º, prescrevia:
«Les Puissances, reconnaissant la justice des réclamations formées par S. A. R. le prince régent de Portugal e du Brésil, sur la ville d’Olivenza et les autres territoires cédés à la Espagne par le traité de Badajoz de 1801, et envisageant la restitution de ces objets, comme une des mesures propres à assurer entre les deux royaumes de la péninsule, cette bonne harmonie complète et stable dont la conservation dans toutes les parties de l’Europe a été le but constant de leurs arrangements, s’engagent formellement à employer dans les voies de conciliation leurs efforts les plus efficaces, afin que la rétrocession desdits territoires en faveur du Portugal soi effectuée ; et les puissances reconnaissent, autant qu’il dépend de chacune d’elles, que cet arrangement doit avoir lieu au plus tôt».

Era, deste modo, formal e definitivamente afastada qualquer força jurídica que se presumisse resultar de anteriores tratados que entrassem em confronto com a nova «Nova Magna Carta Europeia». Designadamente, um tal «Tratado de Badajoz» que a Portugal fora extorquido, pela força conjunta das então aliadas França napoleónica e Espanha burbónica, as quais, num dos actos mais manhosos e torpes de todo o período das Campanhas Napoleónicas, e sem qualquer pretexto ou motivo válido, mesmo face ao Direito Internacional de então, tinham decidido submeter o nosso país. Para tal, determinou-se o reino vizinho a invadir-nos, em 20 de Maio de 1801, tomando-nos Olivença, Juromenha e muitas outras povoações do Alto-Alentejo. Era a «Guerra das Laranjas», arquitectada por Manuel Godoy, «Príncipe da Paz», acto de guerra aleivoso e traiçoeiro, desde logo por partir de potência «amiga e vizinha».

Na circunstância, subjugado pela desproporção de forças, Portugal foi compelido a assinar o dito «Tratado de Badajoz» em 6 de Junho, cedendo às exigências de Napoleão Bonaparte e de Carlos IV, nomeadamente, no que toca à «amiga e vizinha» Espanha, reconhecendo-lhe «em qualidade de conquista», a «Praça de Olivença, seu território e povos desde o Guadiana»...
Olivença, terra então das mais entranhadamente portuguesas, reconhecida como pertencente ao reino de Portugal pelo Tratado de Alcanizes, em 1297, juntamente com Almeida, Sabugal, Pinhel, Campo Maior, Ouguela, Juromenha e outras mais povoações!...  Olivença que participara com toda a Nação Portuguesa na formação e consolidação do Reino, nas glórias e misérias dos Descobrimentos, na tragédia de Alcácer-Quibir, na Restauração!... Olivença que do mesmo modo vivera o florescimento de uma cultura nacional, uma língua, um Fernão Lopes, um Gil Vicente, um Camões...

Agora, em 6 de Junho de 1801, na «confirmação» formal de um puro acto de banditismo e latrocínio, simples e exemplar manifestação da «lei do mais forte», era em tal terra, em Olivença, que se pretendia apagar uma História, uma língua, uma tradição, uma cultura, uma comunidade...
Mas certo é que, melhor ou pior, a diplomacia portuguesa conseguia que a «Assembleia Geral» das potências europeias consagrasse, no instrumento mais solene que produziu, que Espanha não tinha legitimidade para reter Olivença, antes se reconhecia «a justiça das reclamações formuladas por S. A. R., o Príncipe Regente de Portugal e do Brasil sobre a vila de Olivença e outros territórios» e que as potências se obrigavam aos «seus mais eficazes esforços a fim de que se efectue a retrocessão dos ditos territórios a favor de Portugal»...
Repita-se: em 7 de Maio de 1817 também Espanha assinaria tal tratado...


Decorridos 185 anos desde o seu reconhecimento, perante a comunidade internacional, da ilegitimidade da sua posse sobre as terras oliventinas e da justeza das reclamações portuguesas, certo é que o Estado vizinho não soube honrar a sua palavra e, pior, jamais soube ser digna do carácter altivo e nobre que, sempre, pretende apresentar como lhe sendo intrínseco...

Ainda recentemente (Janeiro de 2001), visitando o Presidente do Governo de Espanha, o nosso País, entrevistado na imprensa portuguesa e sendo-lhe lembrado, muito clara e incisivamente, que «há questões que geram susceptibilidades (...) que se colocam há dezenas de anos, como seja a dos limites fronteiriços, sobretudo no caso de Olivença», faltou-lhe a ele a coragem que lhe permitisse responder. Perorando sobre tudo o que, em sua ilustre opinião, importava a Portugal e a Espanha, nunca e nada respondeu acerca de Olivença. Com o desaforo típico de castelhano da Meseta, entendeu antes dizer-nos, como se a questão fosse assim tão simples, que «tudo isso não tem nada a ver com os velhos discursos de reivindicações antiquadas, porque já não espelham a realidade democrática». Observação esta (pasme-se!) depois de, na mesma entrevista e com abundância, ter tomado posições diametralmente opostas relativamente à reivindicação que o Estado que representa vem efectuando relativamente a Gibraltar!
Tenha-se presente: Gibraltar, que foi por Castela «reconquistada aos mouros» em 1462 e veio a ser cedida a Inglaterra, em 1713, pelo Tratado de Utreque (cuja validade, face ao Direito Internacional, nunca por ninguém foi posta em causa, nem por Espanha), esteve na dependência de Espanha durante cerca de 250 anos, muito menos tempo do que aquele em que é britânico...

Entretanto, em Olivença, ininterruptamente portuguesa, extorquida «manu militari», extorsão essa não reconhecida internacionalmente, tudo, sejam a História, a cultura, as tradições, a língua, apesar da brutal, persistente e insidiosa repressão castelhanizante (se tudo se tivesse passado no século XX não haveria pejo em falar de genocídio...), permanece, tanto no fundo como à superfície, pleno de portugalidade!

Quer dizer, pretende o Estado espanhol convencer-nos que as reivindicações de Portugal quanto a uma parcela do seu território, militarmente ocupado por potência estrangeira, ocupação a que o Direito das Nações não deu cobertura, se configuram como «discursos antiquados», ao mesmo tempo que, despudoradamente, defende que Gibraltar é «a única colónia na Europa» quando, face ao Direito Internacional, é inquestionavelmente britânica!

Porquê a diferença? Porque Portugal e Espanha se constituem ambas como democráticas? Porque Portugal e Espanha se integram na União Europeia e na OTAN? E não se passa o mesmo, em ambas as circunstâncias, com o Reino Unido? Significativo!

Está bem exposta perante a opinião pública portuguesa, habitualmente tão inocente e crédula, designadamente no que toca às relações entre estados, sejam eles vizinhos ou amigos, afastados ou inimigos, que Espanha não tem qualquer rebuço em sustentar os argumentos mais falaciosos, se forem para defesa dos seus interesses, enquanto que nem sequer escuta os mais pertinentes e válidos argumentos se jogarem contra si!...

Entretanto, se do exposto se demonstra, quanto à «Questão de Olivença», a incomodidade do tema para Espanha, bem como a sua falta de razão e inexistência de argumentos a seu favor, simultaneamente, para infelicidade nossa, se demonstra uma parecida incomodidade entre as esferas governamentais portuguesas.
Infelicidade porque, não fazendo o Governo português saber a Espanha, com determinação, que pretende e não desistirá de readquirir a soberania de facto sobre Olivença, para isso praticando os gestos mais apropriados, daí só advém desprestígio para Portugal, tal como transmite ao Estado vizinho o mais claro sinal de fraqueza. O Governo português, ao não assinalar e repudiar a situação iníqua em que se encontra Olivença, ao não agir com desembaraço em tal matéria, apresenta-se como se tudo fosse resultado de uma qualquer dependência ou subserviência da parte dos governantes portugueses relativamente ao poderoso Estado vizinho...

Ainda assim, restará, para explicar a imobilidade e inoperância das nossas elites, no que toca à defesa dos direitos de Portugal sobre Olivença – sobre uma parte do território pátrio! -, uma culpa mais prosaica e colectiva, a alvitrada por Oliveira Martins, em 1879 (História de Portugal). Cite-se:

«Daí vem o caso, talvez único na Europa, de um povo que não só desconhece o patriotismo, que não só ignora o sentimento espontâneo de respeito e amor pelas suas tradições, pelas suas instituições, pelos seus homens superiores; que não só vive de copiar (...) de um modo servil e indiscreto; que não só não possui uma alma social , mas se compraz em escarnecer de si próprio, com os nomes mais ridículos e o desdém mais burlesco. Quando uma nação se condena pela boca dos seus próprios filhos, é difícil, se não impossível, descortinar o futuro de quem perdeu por tal forma a consciência da dignidade colectiva».

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ferrol

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« Responder #1878 em: Janeiro 05, 2008, 11:34:11 am »
Citação de: "Diogo Ventura"
Até hoje não há qualquer duvida que o Comportamento do Reino de Espanha   é deplurável ao não respeitar o artº 105 da Acta Final do Tratado de Viena em 1815.
Ao "firmar" a devolução da Praça de Olivença e Terras de Juromenha há Mãe Pátria Portugal .
Faltando ao compromisso assumido e ficando na sua posse como colónia até aos dias hoje , já soma 206 anos (Olivença e Terras de Juromenha faz parte do limite de fronteira desde o Tratado de Alcanizes com Castela , ou seja é a Fundação de Portugal)
Há duas situações que tem que entender
1º falta 100 marcos no que seria a "Fronteira". Porquê?
2º Qual a razão que o Governo de Portugal e está na Constituição da Republica Portuguesa Não reconhece Olivença e terras de Juromenha como Território do Reino de Espanha e Porquê?

Esto xa foi falado en varios puntos atrás neste mesmo fío. Por suposto entendo que un non se vai ler tódalas páxinas antes de mete-lo pé no fío, así que non me importa repetir unha vez máis:

1º.- España prometéu negocia-la devolución, non devolver Olivenza. é algo fartamente discutido neste fío.
2º.- Olivenza non é unha colonia, porque a ONU non a recoñece como tal.
3º.- Que Portugal non marque a súa fronteira ou que a Constitución portuguesa non recoñeza éstas ou aquelas terras como españolas ou rusas, poño por caso, é un problema interno de Portugal que escasamente ten nada que ver con Olivenza ou con España, que obviamente non ten nada que dicir dos asuntos internos portugueses, caso da súa Constitución.

Polo demáis, un día escuro se abate sobre esta esquiña de Iberia.

Boas Festas.
Tu régere Imperio fluctus, Hispane memento
"Acuérdate España que tú registe el Imperio de los mares”
 

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Jose M.

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« Responder #1879 em: Janeiro 05, 2008, 12:50:01 pm »
Pues Ferrol ha hecho un resúmen perfecto de la situación, y con su permiso sólo voy a ampliar sus puntos:

Citar
1º.- España prometéu negocia-la devolución, non devolver Olivenza. é algo fartamente discutido neste fío.

El Tratado de Badajoz daba a los españoles Olivenza y a los portugueses Sacramento y Siete Pueblos, por lo que España en la negociación debería devolver Olivenza a Portugal y Portugal esos territorios a España. Una vez independizada Brasil no tenía sentido negociar nada.

Citar
2º.- Olivenza non é unha colonia, porque a ONU non a recoñece como tal.


Ni el Gobierno de Portugal, ni los oliventinos ni nadie piensa que es una colonia. El actual Presidente de la Junta de Extremadura es oliventino.


Citar
3º.- Que Portugal non marque a súa fronteira ou que a Constitución portuguesa non recoñeza éstas ou aquelas terras como españolas ou rusas, poño por caso, é un problema interno de Portugal que escasamente ten nada que ver con Olivenza ou con España, que obviamente non ten nada que dicir dos asuntos internos portugueses, caso da súa Constitución.

La Constitución portuguesa no dice en ningún artículo que Olivenza no sea española y mucho menos que sea portuguesa. Tampoco dice que Reykjavik sea de Islandia y no por eso ha de ser portuguesa.

Veamos lo que dice la Constitución de Portugal:

Citar
Artigo 5º
(Território)

1. Portugal abrange o território historicamente definido no continente europeu e os arquipélagos dos Açores e da Madeira.

2. A lei define a extensão e o limite das águas territoriais, a zona económica exclusiva e os direitos de Portugal aos fundos marinhos contíguos.

3. O Estado não aliena qualquer parte do território português ou dos direitos de soberania que sobre ele exerce, sem prejuízo da rectificação de fronteiras.


No menciona Olivenza.

Caro Diogo Ventura, le agradezco su opinión y elogio su manera de debatir, pero me temo que cualquier discusión sobre las relaciones entre Portugal y España en este Foro terminan siempre "a porrada" y es una pena, creame.

Un cordial saludo.
 

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zocuni

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« Responder #1880 em: Janeiro 05, 2008, 01:16:26 pm »
Citação de: "Jose M."

Citar
Artigo 5º
(Território)

1. Portugal abrange o território historicamente definido no continente europeu e os arquipélagos dos Açores e da Madeira.

2. A lei define a extensão e o limite das águas territoriais, a zona económica exclusiva e os direitos de Portugal aos fundos marinhos contíguos.

3. O Estado não aliena qualquer parte do território português ou dos direitos de soberania que sobre ele exerce, sem prejuízo da rectificação de fronteiras.

No menciona Olivenza.


Realmente nem gosto de debater este tema,mas mais uma vez faz uma péssima interpretação da Contituição da República Portuguesa,talvez por desconhecimento linguistico.

Interpretação dos constitucionalistas portugueses  

Independentemente, pois, do resultante de quaisquer normas internacionais, aliás insofismavelmente legitimadoras da posição portuguesa. De facto, o Tratado de Badajoz de 1801 que concedia o território a Espanha foi denunciado (declarado «nulo e de nenhum vigor») pelo Manifesto de 1 de Maio de 1808. Por este acto legislativo, jamais revogado e plenamente em vigor, a assunção da nossa soberania sobre o território passou a constituir Direito interno, necessariamente vinculativo.

O que, no devir histórico, encontrou sempre consagração nas constituições portuguesas, nomeadamente na actual que, absolutamente, atendeu a essa assunção, indicando que «Portugal abrange o território historicamente definido no continente europeu» (art.º 5.º-1, aspecto assinalado pelos nossos constitucionalistas, cf. Jorge Miranda, «Manual Dir. Constitucional», Gomes Canotilho e Vital Moreira, «Constituição da República Portuguesa Anotada»), proclamando que «o Estado não aliena qualquer parte do território português» (art.º 5.º-3) e estabelecendo que é «tarefa fundamental do Estado (...) garantir a independência nacional» (art.º 9.º), «assegurar a defesa nacional» e, com esta, «a integridade do território» (273.º).

Tendo a Constituição portuguesa o cuidado de estabelecer e proclamar, nestes termos, os nossos limites territoriais e as obrigações do Estado, salvaguardou os direitos de Portugal sobre o território oliventino e conduziu à obrigação legal de todos os órgãos de soberania e seus titulares, de todo o Estado e dos seus representantes, do mais alto magistrado ao mais modesto funcionário actuarem em conformidade. Mas, necessariamente, esse Direito também se impõe ao cidadão comum, enquanto tal, e vincula-o.

Abraços,
zocuni
 

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Jorge Pereira

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« Responder #1881 em: Janeiro 06, 2008, 06:30:05 pm »
Citação de: "ferrol"
Citação de: "Diogo Ventura"
Até hoje não há qualquer duvida que o Comportamento do Reino de Espanha   é deplurável ao não respeitar o artº 105 da Acta Final do Tratado de Viena em 1815.
Ao "firmar" a devolução da Praça de Olivença e Terras de Juromenha há Mãe Pátria Portugal .
Faltando ao compromisso assumido e ficando na sua posse como colónia até aos dias hoje , já soma 206 anos (Olivença e Terras de Juromenha faz parte do limite de fronteira desde o Tratado de Alcanizes com Castela , ou seja é a Fundação de Portugal)
Há duas situações que tem que entender
1º falta 100 marcos no que seria a "Fronteira". Porquê?
2º Qual a razão que o Governo de Portugal e está na Constituição da Republica Portuguesa Não reconhece Olivença e terras de Juromenha como Território do Reino de Espanha e Porquê?
Esto xa foi falado en varios puntos atrás neste mesmo fío. Por suposto entendo que un non se vai ler tódalas páxinas antes de mete-lo pé no fío, así que non me importa repetir unha vez máis:

1º.- España prometéu negocia-la devolución, non devolver Olivenza. é algo fartamente discutido neste fío.
2º.- Olivenza non é unha colonia, porque a ONU non a recoñece como tal.
3º.- Que Portugal non marque a súa fronteira ou que a Constitución portuguesa non recoñeza éstas ou aquelas terras como españolas ou rusas, poño por caso, é un problema interno de Portugal que escasamente ten nada que ver con Olivenza ou con España, que obviamente non ten nada que dicir dos asuntos internos portugueses, caso da súa Constitución.

Polo demáis, un día escuro se abate sobre esta esquiña de Iberia.

Boas Festas.


Se aplicasse a si próprio os conselhos que dá aos outros, iria as páginas anteriores deste tópico e encontraria respostas para todas as questões por si colocadas.

Está mais do que explicado. Não vale a pena manipular. Está tudo muito claro.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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ferrol

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« Responder #1882 em: Janeiro 07, 2008, 04:50:32 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Não vale a pena manipular.
Sempre un paso detrás de vostede, señor "Olivenza é terra portuguesa"...:wink:
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balburdio

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« Responder #1883 em: Janeiro 07, 2008, 06:48:36 pm »
Citação de: "ferrol"
Citação de: "Jorge Pereira"
Não vale a pena manipular.
Sempre un paso detrás de vostede, señor "Olivenza é terra portuguesa"...:wink:


os espanhois manipulam à séculos!!
 

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balburdio

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« Responder #1884 em: Janeiro 07, 2008, 07:20:23 pm »
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1º.- España prometéu negocia-la devolución, non devolver Olivenza. é algo fartamente discutido neste fío.
pura demagogia, e se prometeu negociar, não negociou. logo não cumpriu.

Citar
2º.- Olivenza non é unha colonia, porque a ONU non a recoñece como tal.
a ONU reconhece-a como território portugues sob ocupação espanhola, o que é muito pior que ser uma colónia!
quer dizer que ilegalmente, espanha mantem um territorio que ão lhe pertence, sob ocupação. pior não é possivel

Citar
3º.- Que Portugal non marque a súa fronteira ou que a Constitución portuguesa non recoñeza éstas ou aquelas terras como españolas ou rusas, poño por caso, é un problema interno de Portugal que escasamente ten nada que ver con Olivenza ou con España, que obviamente non ten nada que dicir dos asuntos internos portugueses, caso da súa Constitución.



tem tudo a ver com espanha e olivença, as fronteiras tem de ser reconhecidas pelos paises que as partilham, é esse o conceito de fronteira.
ou seja entre portugal e espanha não há fronteira na zona de olivença
 

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Doctor Z

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« Responder #1885 em: Janeiro 07, 2008, 09:26:01 pm »
Bom ano 2008 para todos,

Estou contente de ver que este tópico não morreu e que a defesa da
portugalidade de Olivença ainda interessa alguns portugueses.

Parabéns.
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./
 

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Doctor Z

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« Responder #1886 em: Janeiro 07, 2008, 09:35:17 pm »
Para aqueles que o governo português não assumia nada em relação a
Olivença, fica aqui a página na qual qualquer um pode descarregar a
carta recebida pelo o GAO acerca de Olivença.
Blog Olivença é Portugal
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és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
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Tiger22

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« Responder #1887 em: Janeiro 08, 2008, 01:23:03 am »
Citação de: "Doctor Z"
Para aqueles que o governo português não assumia nada em relação a
Olivença, fica aqui a página na qual qualquer um pode descarregar a
carta recebida pelo o GAO acerca de Olivença.

Citar
A política que o Ministério dos Negócios Estrangeiros tem seguido, e as orientações que tem dado a outros Departamentos do Estado quando solicitado, tem sido de que nenhum acto, acordo ou solução em torno desta questão deve implicar o reconhecimento por Portugal da soberania espanhola sobre Olivença.


 :D  :D



Tenho que reconhecer que estou radiante. Um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Novembro de 2007, com um governo socialista no poder, muitas vezes chamado traidor, e com uma contundência tal, só pode ser motivo de grande alegria.

Obrigado Doctor Z.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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Iris-t

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« Responder #1888 em: Janeiro 08, 2008, 01:38:11 am »
Vale y eso que quiere decir, porque yo entender no entiendo nada, aquí se llenan páginas y páginas y Portugal nunca ha reclamado nada de forma oficial, porque será.
 

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Rui Monteiro

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« Responder #1889 em: Janeiro 08, 2008, 10:12:05 pm »
Para calar os nosos vizinhos de estimação espanholes ....

http://www.olivenca.org/imagens/MNE_7905.pdf

Divirtam-se
Causa Monarquica : http://www.causa-monarquica.tk
Forum Realistas : http://www.realistas.org
Instituto da Democracia Portuguesa : http://www.democraciaportuguesa.org/