Extrema-direita: Mário Machado condenado a 4 anos e 10 meses

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Edu

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« Responder #45 em: Outubro 06, 2008, 11:22:32 pm »
Caro Lince não sei se a sua moderação se deveu ao meu texto, no entanto voltei a ler o meu texto mais algumas vezes e não encontrei nada que se possa considerar no campo da propaganda, afirmar que votaria num partido que se interessasse verdadeiramente pelo interesse do nosso país não me parece propagandista, no entanto posso tar errado peço desculpa se o estiver, longe de mim fazer propaganda a algo ou alguem...

Gostaria que me respondesse e caso o a nota de moderação não seja para mim peço desculpa por esta mensagem
 

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TOMSK

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« Responder #46 em: Outubro 06, 2008, 11:26:54 pm »
Pode ser impressão minha, mas acho que nenhum dos posts colocados perlos membros tinha o objectivo ao qual o Moderador descreveu.

Como alguêm afirmou não estamos a defender ou atacar o Mário, apenas a pedir igualdade na condenação dos crimes.
 

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Chicken_Bone

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« Responder #47 em: Outubro 07, 2008, 12:00:04 am »
Tv o Lince tenha só avisado para futuros comentários ou tv porque n tenha lido td o q pessoal disse até agora.

Edu: se queres votar em partidos nos quais haja politicos q tv estejam interessados em fazer algo, tv tenhas q procurar pelos pequenos. Nada de PNRs e gajos desses.

TEnho-me esquecido de comentar....fiquei supreso (pela positiva) q neste forum n haja gajos neo-nazis sendo a tematica d defesa e tal apelativa. pelos menos s ha, têm o cuidado d n s manifestar. :D
"Ask DNA"
 

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PereiraMarques

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« Responder #48 em: Outubro 07, 2008, 12:12:28 am »
Já houve mas foram sendo "recambiados"...depois andam outros por ai que "dão ares", mas até como mantêm uma atitude relativamente moderada e cumpridora das normas do fórum, são, evidentemente, livres de participar...
 

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JPM

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« Responder #49 em: Outubro 07, 2008, 02:57:40 am »
Eu, pela parte que me toca, não estou a fazer apologia a extremismo nenhum, só estou a querer mostrar que existem dois pesos e duas medidas na justiça em Portugal.

a)Uma, mais leve, para os criminosos;

b)Uma mais pesada para quem se diga Nacionalista;






Percebem o meu ponto de vista?
:roll:
 

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Sertorio

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« Responder #50 em: Outubro 07, 2008, 06:18:43 am »
Atenção que a oposição total à imigração de povos do terceiro mundo para a Europa, não tem nada absolutamente nada de "nazi". Aliás os dois homens que provavelmente mais simbolizam a vitoria sobre o nazismo na II Guerra Mundial, Winston Churchill e o General Eisenhower, eram completamente contra a imigração de povos não europeus para os seus países, Reino Unido e EUA.
http://www.guardian.co.uk/politics/2007 ... t.politics
http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/ ... tion'.html

O General Eisenhower, quando confrontado com a questão da imigração ilegal, em larga escala, de mexicanos para os EUA, resolveu-a ordenando aquela que foi  a maior operação de sempre de captura e deportação em massa, sem quaisquer contemplações, de imigrantes não europeus nos EUA.
http://en.wikipedia.org/wiki/Operation_Wetback
http://www.csmonitor.com/2006/0706/p09s01-coop.html
 

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SeaKaffir

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« Responder #51 em: Outubro 07, 2008, 12:16:33 pm »
Citação de: "Edu"
Na minha maneira de ver as coisas há aqui uma grande confusão, eu penso que nacionalismo nada tem a haver com nazismo ou xenofobia. Nacionalista até eu me considero e nunca na minha vida fui nazista ou xenofobo, digo até mais nacionalistas deviam ser todos os portugueses, tenho a certeza que o país andava bem melhor.
Quanto a estrangeiros penso o seguinte, todos os que vierem para trabalhar, ganhar a vida honestamente e comtribuirem para a variedade etnica do nosso pais de maneira saudavel são bem vindos, e ainda bem que vêm, acreditem que muitos vêm dar um grande contributo ao nosso país. Já aqueles que vêm para viver em bairros sociais dados pelas autarquias, cometer crimes e degradar ainda mais a nossa sociedade esses sim deviam ser postos fora do nosso país e bem depressa!


Concordo que os estrangeiros qualificados são bem vindos.

Mas ultimamente têm vindo a entrar muitos imigrantes desqualificados cuja principal característica é a mão de obra barata e para fazer o que eles fazem há cá muitos portugueses.

Na realidade eles estão cá porque os querem cá e a razão principal é por ganância.

Os senhores do grande capital e o Governo trabalham em conjunto muitos dos ex-governantes vão para a administração de grandes empresas e muitos ex-administradores vão para o governo.
Não há dúvidas de quem manda no governo independentemente de quem é eleito.

O objectivo dos governos e do capital é o mercado não são as pessoas, e como tal as empresas têm de trabalhar para obter a maior margem de lucro possível para criar valor para os accionistas e o governo tem que criar condições para que isso aconteça.

Ora nesta nova ordem mundial de economias globalizadas há necessidade imperiosa de mão de obra barata devido ao aumento de competidores logo ou os governos deixam entrar mão-de-obra barata para o mercado de trabalho ou as empresas deslocalizam-se para onde a há como a China por exemplo.

Nesta situação da imigração as empresas ficam contentes porque mantém as margens de lucro, o governo mantém as empresas no país o que é bom economicamente e continuam a pagar impostos, os imigrantes ficam contentes pois embora sejam explorados (trabalho escravo) e ganhem pouco é mais do que ganhariam no país deles.

Quem perde?

Os trabalhadores portugueses perdem com o aumento da precariedade do trabalho, com a redução de salários, com a destruição do seu modo de vida, etc...

Portugueses que se lhes tivessem perguntado se queriam que isto acontecesse certamente diriam que não.


Este vídeo é interessante:

http://www.storyofstuff.com/


No Reino Unido desde que o governo começou a aplicar uma política de enriquecimento da diversidade da população o crime aumentou e os direitos e liberdades civis diminuíram.

Esta tentativa de engenharia social baseada em ganância é o resultado de políticas com vistas curtas.
As pessoas não são máquinas e têm instintos e visões do mundo diferentes o que veio aumentar os antagonismos e a segregação.

Ainda hoje li no jornal que o governo Britânico quer introduzir novas leis onde será permitido monitorizar os cidadãos quando trocam emails, sms, e chamadas telefónicas a razão será por causa do terrorismo.

Quer dizer eles abriram as portas e apoiaram a arabização e islamização da sociedade e já estão a funcionar alguns dos novos tribunais da lei Islâmica "Sharia", e agora têm que tomar mais medidas ainda mais repressivas para controlar a população.

A conclusão que retiro é que está fora de controlo ou se tem liberdade ou se tem multiculturalismo.

Um dia destes veremos no nosso estado laico o Primeiro-Ministro português a dar uma mensagem destas na televisão.

http://uk.youtube.com/watch?v=eEAdxqq3ITU
 

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Lince

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« Responder #52 em: Outubro 07, 2008, 02:26:32 pm »
Citação de: "Edu"
Caro Lince não sei se a sua moderação se deveu ao meu texto, no entanto voltei a ler o meu texto mais algumas vezes e não encontrei nada que se possa considerar no campo da propaganda, afirmar que votaria num partido que se interessasse verdadeiramente pelo interesse do nosso país não me parece propagandista, no entanto posso tar errado peço desculpa se o estiver, longe de mim fazer propaganda a algo ou alguem...

Gostaria que me respondesse e caso o a nota de moderação não seja para mim peço desculpa por esta mensagem


Caro Edu, não me referia a ninguém em concreto. Só estava a alertar para evitar situações que ocorreram no passado, onde tivemos que expulsar vários desses indivíduos.
Cumprimentos

 

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Lince

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« Responder #53 em: Outubro 07, 2008, 02:30:59 pm »
Citação de: "Chicken_Bone"

Tenho-me esquecido de comentar....fiquei supreso (pela positiva) q neste forum n haja gajos neo-nazis sendo a tematica d defesa e tal apelativa. pelos menos s ha, têm o cuidado d n s manifestar. :D


O nazismo é uma ideologia estrangeira, criminosa, caduca, irracional e de ignorantes, que pouco tem a ver com a defesa de qualquer país.
Cumprimentos

 

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komet

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« Responder #54 em: Outubro 07, 2008, 04:50:58 pm »
Citação de: "Lince"
Citação de: "Chicken_Bone"

Tenho-me esquecido de comentar....fiquei supreso (pela positiva) q neste forum n haja gajos neo-nazis sendo a tematica d defesa e tal apelativa. pelos menos s ha, têm o cuidado d n s manifestar. :wink:
"History is always written by who wins the war..."
 

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legionario

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« Responder #55 em: Outubro 07, 2008, 08:40:14 pm »
Para além de que o nazismo foi ou é uma ideologia pensada pelos alemaes para os alemaes . Nao percebo sequer como possam existir portugueses que se digam "nazis" . Isso sao coisas de putos ricos à procura de emoçoes fortes...e de alguns outros marados que gostam da provocaçao so pela provocaçao.

Mesmo o Senhor Doutor (Salazar) que era um nacionalista, meteu os nazis na prisao  e proibio-lhes as actividadades. Ser nacionalista é uma coisa... ser nazi, é outra !

Quem nos estorva em Portugal sao os criminosos de todas as raças, e nao os pretos ou os amarelos . A lei ja limita muito a entrada de estrangeiros em Portugal, o problema sao os clandestinos e as redes de crime que lhes estao associados...e tambem os "patroes" portugueses que empregam e exploram os mesmos clandestinos.

Que se expulsem os estrangeiros (pretos ou louros) que se portem mal, estou de acordo, mas perseguir alguem pela razao da sua raça, alguem que apenas pede que o deixem viver em paz, é um crime ... e nada de acordo com o "nacionalismo portugues"  que pregava uma Naçao multi-racial.
"De joelhos diante de Deus, de pé diante dos homens"
António Ferreira Gomes, bispo
 

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Edu

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« Responder #56 em: Outubro 07, 2008, 10:49:37 pm »
Pessoalmente concordo com a filosofia de um Nacionalismo Português onde possam viver pessoas de qualquer etnia, não sei porque se faz a confusão de Nacionalismo com xenofobia ou extremismos, para mim são conceitos que nada tem a haver, um nacionalista para mim é alguem que luta pelo bem da sua nação e do seu povo e que eu tenha conhecimento um povo não tem de ser constituido apenas por uma só etnia, biologicamente até é bom haver variedade etnica numa sociedade de forma a reduzir em muito as doenças geneticas provocadas pela pouca variedade do ADN. Agora quanto ao caso de Mario Machado penso isto, se ele cometeu actos de racismo e isto é crime acho muito bem que esteja preso, a lei é para se cumprir. No entanto não estava nada á espera que, no país onde um homem que dá três tiros a outro dentro de uma esquadra sai em liberdade com a obrigação de apresentações periodicas no posto da policia, um homem fosse preso por racismo. Pessoalmente se me dessem a escolher entre ser algo de racismo ou levar três tiros perferia ser algo de racismo. E se racismo merece uma pena de 4 anos então balear um homem 3 vezes mereceria para mim 20 anos de prisão. É a minha opinião...
 

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TOMSK

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« Responder #57 em: Outubro 08, 2008, 12:02:42 am »
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No entanto não estava nada á espera que, no país onde um homem que dá três tiros a outro dentro de uma esquadra sai em liberdade com a obrigação de apresentações periodicas no posto da policia, um homem fosse preso por racismo. Pessoalmente se me dessem a escolher entre ser algo de racismo ou levar três tiros perferia ser algo de racismo. E se racismo merece uma pena de 4 anos então balear um homem 3 vezes mereceria para mim 20 anos de prisão. É a minha opinião...


É a sua e a minha também. :Amigos:
 

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Jorge Pereira

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« Responder #58 em: Outubro 08, 2008, 02:54:08 pm »
Parece que muita gente já não se lembra deste triste acontecimento…

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[do Público, 10 de Junho 2006]

Passam hoje onze anos sobre o assassinato de um português mulato, Alcino Monteiro, às mãos de um bando de racistas.

É hábito da imprensa descrever Alcino Monteiro como “cidadão cabo-verdiano”. Isto é incorrecto. Alcino Monteiro era cidadão português, por naturalização, com Bilhete de Identidade e até serviço militar feito nas Forças Armadas deste país. Outras vezes aparece descrito como “de origem cabo-verdiana”, e fica insinuado que foi esta a motivação do assassinato de que foi vítima. Mas não foi por ser “de origem cabo-verdiana” que mataram Alcino Monteiro: se ele fosse cabo-verdiano e branco não lhe teriam tocado. Alcino Monteiro era português e foi assassinado por outros portugueses que não gostavam da cor da sua pele.


Desde que Alcino Monteiro foi assassinado que a imprensa não consegue acertar num facto simples como este. Quando se esconde a motivação do crime por detrás de eufemismos como “origem cabo-verdiana” ou “cidadão cabo-verdiano”, não só a informação vai errada como se está a espoliar uma vítima da nacionalidade que ganhou com trabalho e esforço. É uma reviravolta com tons de injustiça. Cheguei a ver um artigo em que Alcino Monteiro era descrito como “cidadão cabo-verdiano” ser ilustrado pela foto de um dos seus documentos, onde se lia: “República Portuguesa – Bilhete de Identidade de Cidadão Nacional”. Ou seja, Alcino Monteiro era tão português como, provavelmente, o jornalista que escrevia o artigo e que nem com o documento à frente dos olhos conseguia vencer a força do preconceito — se tem a pele escura — se tem sotaque — então não pode ser bem português.

Nesta semana apareceu na televisão um dos assassinos de Alcino Monteiro. Os tribunais provaram que no dia 10 de Junho de 1995 aquele homem, de seu nome Mário Machado, correu em bando pelo centro de Lisboa pondo em prática a definição do “crime de ódio” que alguns insistem que não existe: atacar, espancar e molestar exclusivamente negros e mulatos, deixando em paz os brancos.

Mário Machado diz que tem “orgulho em ser português”. Mas, ao contrário de Alcino Monteiro, não fez o menor esforço para tal. Diz que tem “orgulho em ser branco”. Tal como Alcino, Mário não tem a menor responsabilidade na sua cor de pele; isso não impediu Mário e outros de espancar Alcino até à morte.

Há quem diga que Mário Machado é apenas dono de uma enorme estupidez. É muito difícil contrariar tal conclusão quando o próprio mostra à TV uma arma que, com o seu cadastro, não pode possuir, diz que tem licença de caça mas que tenciona usá-la nas ruas, e depois explica que a arma, que sempre refere como sendo sua, está em nome da mulher. Até o mais sonolento dos juízes desmonta esta fraude mal amanhada.
Na reportagem, um dos seus comparsas define ainda melhor a coisa: “há gajos que sabem cantar”, afirma, “eu não sei cantar, só sei andar à porrada”. Quando não se sabe nada de nada, resta o racismo.

Conceda-se, no entanto, que a estupidez do racista não é uma estupidez qualquer. É uma estupidez monumental: tem escadaria e dez quartos-de-banho, dá muito trabalho a manter. Qualquer distracção e poderia ficar-se mais inteligente. Logo, há que estar sempre alerta: a estupidez tem de ser mantida a todo o custo, isolada e protegida pela estupidez de outros iguais a ele. Para isso é preciso, até, uma certa dose de esperteza: para esconder ou mostrar as tatuagens da suástica no momento certo, para aproveitar a TV esperando que outros cometam os crimes por ele, para fundar pseudo-partidos com organizações para-militares escondidas, para contar com a complacência da sociedade.

Hoje é ainda data de outro aniversário. Dez anos depois do assassinato de Alcino Monteiro, a mesma imprensa que ainda não conseguiu acertar na nacionalidade da vítima, e que usa de eufemismos para falar da motivação do crime, foi rapidíssima a noticiar um arrastão que não aconteceu. Aí, a cor da pele estava já por todo o lado, até onde o seu valor como informação era igual a zero. Num debate organizado anteontem sobre este assunto (ver Público, secção Media, de ontem) o director de informação da Lusa contou que as imagens de Carcavelos foram recebidas nas redacções “com muita euforia” e noticiadas de imediato, sem confirmação, apesar de “apenas com muita imaginação se poder ver ali um arrastão”. Estas notícias deram uma oportunidade de ouro aos racistas como Mário Machado para saírem da toca, passados dez anos, e organizarem pela primeira vez manifestações que ainda um dia vão acabar mal. Nas palavras de Joaquim Fidalgo, moderador do debate, “os jornalistas erraram e não pediram desculpa”.

São, na verdade, muito densos e contraditórios os sentidos acumulados sobre o 10 de Junho, desde que começou a ser comemorado como data da morte de Luís de Camões. Dá que pensar, mas é melhor que os nossos racistas não se metam nisso. Camões é um símbolo do amor à pátria que só poderia deixá-los humilhados. Afinal, é um desses gajos que “sabia cantar”: era culto e viajado, gostava de poesia e sabia escrevê-la como ninguém, tinha tudo o que eles não têm. Se as crónicas não erram, morreu há exactamente 426 anos. Velado pelo seu mais fiel amigo, o único capaz de o acompanhar literalmente desde o outro lado do mundo, e a quem chamavam Jau, talvez por ser da ilha de Java. Era um estrangeiro e imigrante, portanto, o melhor amigo de Camões. E uma coisa é certa — não era branco.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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komet

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« Responder #59 em: Outubro 08, 2008, 05:11:29 pm »
Jorge Pereira, mas ele já foi condenado por isso, a questão é que muitos Alcinos Monteiros morrem todos os dias, de todas as cores, e os responsáveis não estão atrás das grades porquê? Por terem 16 anos? É atenuante para uma família ter um membro assassinado por um puto? Como foi um miúdo a matar já não faz mal? O que estava na cabeça da gente que faz as leis?  :?  

Nos EUA descendentes de portugueses que cometem crimes são ex-patriados para as suas terras de origem, mesmo que nunca lá tenham estado. Acho bem, porque não contribuiram em nada para o país de destino a não ser com crime... porque não se faz o mesmo cá?
"History is always written by who wins the war..."