Amigos eu li os posts e vi um sobre os NPO portugueses, eu acho que o Brasil como lider do mundo lusofono e Portugal deveriam se unir em projetos de NaTa, NaEL, LHD, sub convencionais e Sub nucleares para assim terem armadas mais poderosas que as de hoje e até poder ajudar os outros lusofonos com equipamentos menores. O que vocês acham? Um grande abraço a todos e até.
Como deu para ver, existem muitas razões para não existirem relações mais profundas, pois nem sequer nos conseguimos entender na designação dos navios.
Basicamente, países muito distanciados entre si, acabam por ter interesses estratégicos diferentes.
Portugal é um país da Aliança Atlântica e o seu principal aliado militar são os Estados Unidos da América.
Para o bem ou para o mal, são o país que mais auxilio militar nos deu ao longo de décadas.
Ainda há algumas semanas atrás, chegaram a Portugal os primeiros carros de combate pesado, efectivamente comprados por Portugal.
Os anteriores, foram todos «cedidos» pelos Estados Unidos ou pelos países aliados.
A realidade europeia e a realidade sul americana são diferentes e proporcionalmente os países da Europa são mais armados que os países da América do Sul.
Ao contrários da Grã Bretanha, que sempre se pode apoiar nos Estados Unidos após a II Guerra Mundial, Portugal não teve o mesmo tipo de suporte no continente americano. O Brasil não esteve nunca em posição de servir como apoio económico ou político a Portugal, pelo que na prática, isso implicou depender mais dos Estados Unidos (ainda que os governos portugueses muitas vezes tenham sido muito pouco pró-americanos).
Na actual situação, um Brasil com relações preferenciais com as ditaduras da Rússia ou da China, também não augura nada de bom.
Depois de tudo isto, do ponto de vista militar, os meios militares brasileiros sempre foram e continuam a ser absolutamente isolacionistas e avessos a qualquer tipo de cooperação militar.
Alem do mais, nem Portugal nem o Brasil tem capacidade para desenvolver nem separadamente nem em conjunto, sistemas de armamento sofisticados.
Os estaleiros brasileiros e portugueses por exemplo conseguem pegar num projecto e construir um navio. Mas não são capazes de o conceber em todos os seus aspectos sem apoio de fora.
Depois de tudo isto. qualquer destes países deverá deixar os seus complexos de «líder» disto ou «líder» daquilo.
Para ser líder é preciso mostrar liderança e força de vontade. E isso, até ao momento, pelas mais diversas razões, nenhum país de língua portuguesa, demonstrou.