O filme "A queda" retrata Adolf Hitler como uma figura real, e não como uma espécie de caricatura ambulante de um vilão de filme de série Z.
E, enquanto figura real e humana, Adolf Hitler é realmente assustador e, ao mesmo tempo, patético.
Certas cenas retratadas no filme parecem surrealistas, mas não são nem foram ficção.
O trabalho do actor Bruno Ganz é verdadeiramente magnífico. A sua interpretação é, de longe, a mais trabalhada de todas.
Outras personagens têm também uma interpretação brilhante - Goebbels, a sua mulher (o casal mais aterrador desde "A noiva de Frankenstein"

), Speer e o Dr Schenck.
Quem leu o livro de Anthony Beevor reconhecerá de imediato muitas das situações.
As cenas mais impressionantes: A morte dos filhos do casal Goebbels, o suicídio de dois adolescentes da Juventude Hitleriana, a indiferença e o desprezo de Hitler pelo sofrimento do seu próprio povo, que acusa de cobardia, fraqueza e de não merecerem sobreviver-lhe.
Uma advertência - quem não tem interesse particular pelo tema não se deve queixar de ter ficado aborrecido ao ver o filme. O tema não é, de facto, simpático. Nem deve ser retratado de forma simpática. E o nome do filme está lá, para evitar enganos. Quem quer ir ver uma
"Americanada" à moda de Hollywood é melhor ir bater a outra porta.