Com esta conversa, surgiu-me logo uma ideia.
Então, a culpa disto é da anterior crise. Crise esta que afectou tremendamente o sector da construção civil, que levou muitas empresas de pequena e média dimensão a fechar.
Não teria sido mais inteligente na altura, em vez de continuar a cortar na Defesa, e neste caso no orçamento para as infraestruturas, investir na renovação delas, com recurso a empresas de construção civil (e não só) locais, de forma a dinamizar a economia local, e prevenindo que se fechassem inúmeras empresas? Estamos a falar de dar trabalho a uma indústria muito afectada pela crise, com extensas ramificações, desde a indústria do cimento, do tijolo, electricistas, transportes, cafés e restaurantes locais (que ganhavam clientela dos trabalhadores da renovação do quartel e de camionistas de material), etc. Estamos a falar de uma dinamização que acabaria por gerar lucro para o país e enriquecia as localidades.
Isto, em vez de se investir em negócios ruinosos de grandes obras públicas, teria sido uma muito melhor solução. Quem diz quartéis, diz hospitais, centros de saúde, escolas, creches, etc. Em vez de se fazerem rotundas em todo o lado só porque sim.
Eu até ia mais longe: porque não tirar partido da renovação dos quartéis, ter em todos eles um ginásio dedicado (tirando partido de algum edifício que estaria vazia por falta de pessoal no quartel), moderno, e disponibilizá-lo ao público, pago para civis (com preço competitivo), grátis (ou com grande desconto) para militares. Servia de medida para combater a obesidade, gerava emprego para quem trabalhasse no ginásio (civis), que até poderiam ser ex-militares (opção para a progressão da carreira), criava assim uma ligação entre a sociedade civil e os militares. Os mais jovens poderiam ver como um incentivo extra para se alistar.
Só umas ideias.