Apetece-me gritar bem alto, FO...

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1725 em: Janeiro 30, 2014, 08:02:24 pm »
Banco de Portugal pede que BPI reduza reembolsos ao Estado
Maria Ana Barroso  
30/01/14 17:16

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Fernando Ulrich adiantou hoje que o Banco de Portugal quis que o banco ficasse com rácio Core Tier 1 mais folgado.

Em vez dos 588 milhões de euros de reembolso ao Estado anunciado em Outubro, o BPI deverá, até ao final de Março, devolver 500 milhões de euros por conta dos títulos de capital contingente (CoCo's) subscritos por dinheiros públicos.

A gestão do banco tinha anunciado em Outubro o pedido às autoridades para reembolsar 588 milhões de euros. No entanto, segundo explicou hoje Fernando Ulrich em conferência de imprensa, "no decurso do diálogo com o Banco de Portugal, este manifestou o desejo de que o banco não fique com o capital completamente encostado ao mínimo definido pela EBA [Autoridade Bancária Europeia]". Ficou assim acordado com o BdP um reembolso de 500 milhões de euros, o que reduz para 420 milhões de euros o montante a devolver ao Estado, face aos 1,5 mil milhões de CoCo's subscritos em 2012.

O CEO do banco explicou que, fruto de várias melhorias entretanto ocorridas, a instituição fica com uma folga de 213 milhões de euros de capital, considerando uma implementação total de Basileia III.

Não era este palhaço que dizia "Ai aguenta aguenta" para nós?

Então ele agora não aguenta?
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1726 em: Fevereiro 01, 2014, 12:18:43 am »
É o banco que mais rapidamente tem pago as dividas contraidas ao Estado através do programa que a Troika trouxe e como se vê pela noticia só não paga mais porque o BdP quer que ele mantenha o rácio core Tier 1 por ser obrigatório a nível internacional.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1727 em: Fevereiro 06, 2014, 10:11:09 am »
“Meias licenciaturas” nos politécnicos aprovadas nesta semana mas sem se saber número de vagas
ROMANA BORJA-SANTOS 03/02/2014 - 19:22

Cursos superiores de curta duração arrancam no próximo ano lectivo e duram dois anos mas não dão equivalência a nenhum grau académico. Politécnicos estão preocupados por não saberem várias respostas, nomeadamente em termos de financiamento.

Os chamados cursos superiores de curta duração vão mesmo avançar já no próximo ano lectivo nos institutos politécnicos. Sabe-se que as formações terão a duração de dois anos, que vão dar direito a um diploma, mas sem grau académico, e que o enfoque será essencialmente profissionalizante. O decreto-lei sobre o tema será aprovado nesta quinta-feira, em Conselho de Ministros. Mas, por agora, ficam de fora respostas a várias perguntas – como o número de vagas que vão ser abertas ou a forma como serão financiados os cursos –, o que preocupa o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira no final de uma reunião entre o Ministério da Educação e Ciência e o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos que decorreu no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa, e onde as praxes académicas estiveram também na ordem de trabalhos. O secretário de Estado do Ensino Superior explicou que estes ciclos curtos “já existem em todos os países à excepção de Portugal, estão previstos na Reforma de Bolonha e são uma meia licenciatura com uma intenção muito profissionalizante”, ainda que também tenham uma formação genérica.

Questionado sobre a forma como serão financiados e as vagas que irão abrir, José Ferreira Gomes adiantou que o número de alunos a admitir vai depender das carências identificadas por cada região em parceria com as empresas da zona, “que terão o papel crucial de dizerem as necessidades de formação e de acolherem os jovens a fazer estágio”. Os cursos são para maiores de 18 anos que tenham o 12.º ano ou a quem falte terminar apenas uma disciplina, que poderão acumular com a formação. Ferreira Gomes disse que a ideia é que os alunos façam uma prova local no sítio onde pretendem ingressar, não estando aparentemente previsto o ingresso através de exames nacionais. O último semestre será um estágio numa empresa.

Em relação ao financiamento, o secretário de Estado disse não existirem números finais, sendo que parte do investimento será através de fundos comunitários. E acrescentou também que este tipo de curso “não é uma licenciatura”, pelo que as pessoas que o concluam não terão direito a um grau, mas sim a um “diploma de técnico superior profissional”.

O Ministério da Educação e Ciência anunciou a criação destes cursos há precisamente um ano, motivo pelo qual o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), apesar de satisfeito com o passo, está preocupado com a operacionalização em poucos meses, sem saber questões básicas como o funcionamento das propinas visto que só agora conseguiram ter acesso a um “rascunho” do que será levado a Conselho de Ministros.

“Vamos estar a discutir este assunto com o documento aprovado, que é um enorme risco. Se encontrarmos questões que não possam ser ultrapassadas terá de ser alterado antes de ser implementado”, alertou Joaquim Mourato, que disse também que falta saber como é que os politécnicos vão distinguir esta nova formação dos cursos de especialização tecnológica que já disponibilizavam e que relação vão ter com as licenciaturas. Sobre a forma de ingresso afirmou não estar seguro sobre questões como os exames nacionais.

Formação pretende atingir metas europeias
O Orçamento do Estado para este ano já estabelecia metas para o Ensino Superior que passavam pela adequação da “oferta formativa às necessidades do país em termos de quadros qualificados” e pela criação “da figura do Curso Superior de curta duração (120 ECTS) nas instituições de ensino politécnico, nível 5 ISCED com forte inserção regional e com interacção obrigatória com as empresas”. Os até agora cursos de especialização tecnológica correspondiam apenas ao nível 4, pelo que não contavam para as estatísticas da União Europeia em termos de população com ensino superior completo ou equivalente, sendo que só os cursos de nível cinco na escala International Standard Classification of Education dão direito a esse reconhecimento.

Em Portugal mais de 7000 alunos frequentavam no ano passado os cursos de nível quatro, ficando por isso de fora dos números europeus e dos compromissos do país de ter até 2020 pelo menos 40% das pessoas entre os 30 e 35 anos com ensino superior ou situação equivalente. Os últimos dados, referentes a 2012, indicam que a média da União Europeia já se situa nos 36% quando o país se fica pelos 27%.

O PÚBLICO questionou a tutela sobre se o acesso a estes cursos vai implicar fazer os exames nacionais ou se existirão só os outros moldes e se os alunos poderão ter algum acesso mais directo a uma licenciatura após a formação, nomeadamente pedindo equivalências para os 120 créditos a que os cursos correspondem, sendo as licenciaturas de 180. Até ao momento o ministério não respondeu.
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Camuflage

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1728 em: Fevereiro 06, 2014, 07:00:43 pm »
Os cursos profissionais e CET's vão servir para quê? Sempre a criar cursos e tachos. Politécnicos que deviam ter ligação ao mercado de trabalho vão continuar com a palhaçada de cursos que possuem e agora mais uns, enfim.
 

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« Responder #1729 em: Fevereiro 08, 2014, 02:09:14 pm »
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1730 em: Fevereiro 11, 2014, 06:21:58 pm »
Mais de 100 mil abortos em Portugal desde o referendo

Desde que a legalização do aborto foi referendada, há precisamente sete anos, realizaram-se mais de 100 mil interrupções voluntárias da gravidez em Portugal. Este número que fica ainda assim abaixo da média europeia.

 :evil:  :cry:
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1731 em: Fevereiro 20, 2014, 01:41:47 pm »
Lisboa: AML aprova retirada da calçada portuguesa até 2017

 :shock:
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1732 em: Fevereiro 23, 2014, 01:31:50 pm »
O Relvas.
O Relvas!
O Relvas outra vez...
Depois de tudo, o Relvas.

Com isto - e tudo o resto - vai ser preciso ser-se MUITO ESTÚPIDO para ir votar mais.

Eu bem tento agarrar-me a isto, ou a alguma coisa mais, mas está francamente impossível.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1733 em: Fevereiro 24, 2014, 03:38:13 pm »
O capo nunca deixa cair o seu consigliere... nunca!
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1734 em: Fevereiro 26, 2014, 11:55:04 am »
Chefe militar antecipou reforma para evitar cortes

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General Luís Araújo pediu a passagem à reforma no fim de dezembro, quando ainda era CEMGFA - sem avisar o Presidente da República e Governo - para evitar "uma injustiça" e "exercer um direito" que iria perder no OE 2014. "Foi um gesto de insubmissão contra uma decisão absolutamente leviana e aleatória (...). Que fiz de mal? Absolutamente nada. Não permiti é que me roubassem", diz ao DN. E se tivesse recebido resposta sobre a reforma antes de terminar o mandato "tinha ido embora", garante.

O anterior chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), Luís Araújo, pediu a reforma no fim de 2013 para evitar os cortes impostos pelo Orçamento do Estado (OE) deste ano, sem informar o Presidente da República, o Governo ou a instituição por entender que era "uma questão pessoal".
"Se a Caixa Geral de Aposentações (CGA) me desse conhecimento" da resposta antes de terminar o mandato (6 de fevereiro de 2014), adiantou ontem o militar ao DN, "tinha-me ido embora" - o que colocava o Chefe do Estado, o Governo e as Forças Armadas perante a saída imediata do seu principal chefe militar.
O Estatuto dos Militares das Forças Armadas determina que "o militar na reforma não pode exercer funções militares, salvo nas circunstâncias excecionais previstas" (como ser eleito Presidente da República ou promovido por distinção ou a título excecional).

http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3707396

Se ele estava no direito de o fazer? Penso que sim.

Fica moralmente bem? Penso que não.

Estamos a falar de um individuo que apesar de levar com grandes cortes na reforma ainda assim iria ficar com uma reforma bastante alta (bem acima de 2000€ por mês). Está a por o interesse individual acima do interesse nacional, muitos fariam o mesmo sem dúvida, mas não deixa de ser moralmente reprovável. Com exemplos destes como pode a instituição militar criticar o poder politico?
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1735 em: Março 12, 2014, 10:27:04 am »
Israel impõe controlo da natalidade a judeus etíopes

Pela primeira vez, Israel admitiu que tem estado a administrar contracetivos injetáveis para controlo da natalidade a judias etíopes imigrantes, sem o conhecimento prévio ou consentimento das mulheres.

Depois de ter negado durante anos que estivesse a fazer o controlo da natalidade a judias etíopes imigrantes, sem o conhecimento prévio ou consentimento dessas mulheres, o Governo israelita acabou por admitir que isso era, de facto, uma prática corrente.

As suspeitas, agora confirmadas, foram levantadas há seis meses por uma jornalista,  Gal Gabbay, que entrevistou 35 mulheres vindas da Etiópia, numa reportagem televisiva.

De acordo com o jornal "The Independent",  que cita uma reportagem publicada no passado sábado pelo "Haaretz" (diário israelita), a droga em questão é o Depo-Provera, contracetivo hormonal de longa-duração considerado muito eficaz, o qual é injetado a cada três meses.

Ministério da Saúde manda suspender a prática

O diretor-geral da Saúde israelita, Ron Gamzu, já ordenou aos ginecologistas que deixassem de aplicar essas drogas contracetivas a mulheres falashas, judias que viviam na Etiópia e foram levadas para Israel no âmbito da Operação Dove's Wings (Asas de Pomba).

Numa carta enviada pelo ministério da saúde aos centros de saúde que administram as drogas, a que o jornal israelita teve acesso, Gamzu orientava os médicos a "não renovar as prescrições de Depo-Provera para mulheres de origem etíope se, por alguma razão, houver indícios de que elas não compreendem as consequências do tratamento".

A decisão foi tomada na sequência de um pedido da advogada Sharona Eliahu-Chai, da Associação de Direitos Civis de Israel, em nome das mulheres e dos grupos de imigrantes etíopes. Essa ONG defendeu a abertura de uma investigação sobre a administração de drogas contracetivas sem o conhecimento prévio, por parte das mulheres em questão, dos seus efeitos.

De acordo com Eliahu-Chai, o caso "é extremamente preocupante e levanta questões sobre o perigo de políticas de saúde com implicações racistas e que violam a ética médica".

O Governo de Israel está a ser acusado de "esterilização forçada" e poderá vir a responder por violação de convenções da ONU .

Taxas de natalidade dos judeus etíopes caíram drasticamente

Segundo o "Haaretz", a jornalista de investigação Gal Gabbay entrevistou 35 mulheres vindas da Etiópia, numa reportagem para a televisão, para descobrir por que as taxas de natalidade dessa comunidade de imigrantes caíram tão drasticamente.

Gabbay disse que pelo menos 40% das judias etíopes receberam Depo-Provera.

De acordo com a reportagem, algumas mulheres foram forçadas ou coagidas a receber as injeções em campos de refugiados para imigrantes etíopes.

"Diziam-nos (a equipa médica) que eram vacinas. Nós fazíamos essa medicação a cada três meses, apesar da nossa oposição", afirmou uma das entrevistadas.

Desde a década de 80, quase 100 mil etíopes mudaram-se para Israel ao abrigo da Lei do Retorno, depois de terem sido reconhecidos como judeus. O seu judaísmo, porém, tem sido questionado por alguns rabinos.

Recorde-se que em 2012 - ano em que o Governo israelita começou a Operação Dove's Wings, destinada a levar para Israel os últimos 2200 falashas que ainda vivem na Etiópia - , o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a entrada de imigrantes ilegais procedentes de país africanos "muda a configuração da população e rouba postos de trabalho aos israelitas", pelo que, considera, "ameaça alterar o carácter judaico e democrático do Estado".

"Temos de travar as imigrações ilegais para proteger o nosso futuro", concluiu Netanyahu durante uma conferência na cidade de Eilat, no sul de Israel, depois de visitar a cerca que o Exército israelita está a levantar na fronteira com o Egito.

A cerca de arame farpado que está a ser levantada entre Israel e o Egito, para evitar a entrada de imigrantes e mercadorias ilegais procedentes de África, terá 5 metros de altura e 230 quilómetros de extensão, devendo ficar concluída dentro de dois meses.

 :shock:  :N-icon-Axe:
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1736 em: Março 12, 2014, 11:15:36 am »
E que tal, Martelo?
Encaixa ou não encaixa no "panorama" que há dias mencionei no tópico da Ucrânia?
Estou convicto que os sionistas são inimigos de toda a gente, inclusive do próprio povo judeu, aquele que verga a mola como toda a gente e não vai em esquemas.
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1737 em: Março 12, 2014, 02:06:35 pm »
Toda esta questão causa-me nojo! :evil:
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1738 em: Março 12, 2014, 09:36:52 pm »
Inglaterra: uma lista eloquente de membros de uma rede pedo satânico (em francês). Website muito interessante, vale a pena dar uma olhadela.

http://dondevamos.canalblog.com/archive ... 30884.html

http://dondevamos.canalblog.com/archive ... 43829.html

http://dondevamos.canalblog.com/archive ... 74928.html
"......Cliff Richard também tem um vinhedo em Portugal, a 40 km de onde Maddie McCann foi removida, e em 2006 ele foi premiado como "Comendador da Ordem do Infante D. Henrique " por serviços prestados à Portugal.".

http://dondevamos.canalblog.com/archive ... 14705.html
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1739 em: Março 13, 2014, 02:47:59 pm »
Carta a uma Geração Errada

12 Março, 2014

 de José Gomes Ferreira

Caros João Cravinho, Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, Ferro Rodrigues, Sevinate Pinto, Vitor Martins e demais subscritores do manifesto pela reestruturação da divida publica: Que tal deixarem para a geração seguinte a tarefa de resolver os problemas gravíssimos que vocês lhes deixaram? É que as vossas propostas já não resolvem, só agravam os problemas. Que tal darem lugar aos mais novos?

Vi, ouvi, li, e não queria acreditar. 70 das mais importantes personalidades do país, parte substancial da nossa elite, veio propor que se diga aos credores internacionais o seguinte:


– Desculpem lá qualquer coisinha mas nós não conseguimos pagar tudo o que vos devemos, não conseguimos sequer cumprir as condições que nós próprios assinámos, tanto em juros como em prazos de amortizações!

Permitam-me uma pergunta simples e direta: Vocês pensaram bem no momento e nas consequências da vossa proposta, feita a menos de dois meses do anúncio do modo de saída do programa de assistência internacional?

Imaginaram que, se os investidores internacionais levarem mesmo a sério a vossa proposta, poderão começar a duvidar da capacidade e da vontade de Portugal em honrar os seus compromissos e poderão voltar a exigir já nos próximos dias um prémio de risco muito mais elevado pela compra de nova dívida e pela posse das obrigações que já detêm?

Conseguem perceber que, na hipótese absurda de o Governo pedir agora uma reestruturação da nossa dívida, os juros no mercado secundário iriam aumentar imediatamente e deitar a perder mais de três anos de austeridade necessária e incontornável para recuperar a confiança dos investidores, obrigando, isso sim, a um novo programa de resgate e ainda a mais austeridade, precisamente aquilo que vocês dizem querer evitar?

Conseguem perceber que, mesmo na hipótese absurda de os credores oficiais internacionais FMI, BCE e Comissão Europeia aceitarem a proposta, só o fariam contra a aceitação de uma ainda mais dura condicionalidade, ainda mais austeridade?

Conseguem perceber que os credores externos, nomeadamente os alemães, iriam imediatamente responder – Porque é que não começam por vocês próprios?

Os vossos bancos não têm mais de 25 por cento da vossa dívida pública nos seus balanços, mais de 40 mil milhões de euros, e o vosso Fundo de Capitalização da Segurança Social não tem mais de 8 mil milhões de euros de obrigações do Tesouro? Peçam-lhes um perdão parcial de capital e de juros.

Conseguem perceber que, neste caso, os bancos portugueses ficariam à beira da falência e a Segurança Social ficaria descapitalizada?

Nenhum de vós, subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida pública, faria tal proposta se fosse Ministro das Finanças. E sobretudo não a faria neste delicadíssimo momento da vida financeira do país. Mesmo sendo uma proposta feita por cidadãos livres e independentes, pela sua projeção social poderá ter impacto externo e levar a uma degradação da perceção dos investidores, pela qual vos devemos responsabilizar desde já. Se isso acontecer, digo-vos que como cidadão contribuinte vou exigir publicamente que reparem o dano causado ao Estado.

Conseguem perceber porque é que o partido que pode ser Governo em breve, liderado por António José Seguro, reagiu dizendo apenas que se deve garantir uma gestão responsável da dívida pública e nunca falando de reestruturação?

Pergunto-vos também se não sabem que uma reestruturação de dívida pública não se pede, nunca se anuncia publicamente. Se é preciso fazer-se, faz-se. Discretamente, nos sóbrios gabinetes da alta finança internacional.

Aliás, vocês não sabem que Portugal já fez e continua a fazer uma reestruturação discreta da nossa dívida pública? Vitor Gaspar como ministro das Finanças e Maria Luis Albuquerque como Secretária de Estado do Tesouro negociaram com o BCE e a Comissão Europeia uma baixa das taxas de juro do dinheiro da assistência, de cerca de 5 por cento para 3,5 por cento. Negociaram a redistribuição das maturidades de 52 mil milhões de euros dos respetivos créditos para o período entre 2022 e 2035, quando os pagamentos estavam previstos para os anos entre 2015 e 2022, esse sim um calendário que era insustentável.

Ao mesmo tempo, juntamente com o IGCP dirigido por João Moreira Rato, negociaram com os credores privados Ofertas Públicas de Troca que consistem basicamente em convencê-los a receber o dinheiro mais tarde.

A isto chama-se um “light restructuring”, uma reestruturação suave e discreta da nossa dívida, que continua a ser feita mas nunca pode ser anunciada ao mundo como uma declaração de incapacidade de pagarmos as nossas responsabilidades.

Sabem que em consequência destas iniciativas, e sobretudo da correção dos défices do Estado, dos cortes de despesa pública, da correção das contas externas do país que já vai em quase 3 por cento do PIB, quase cinco mil milhões de euros de saldo positivo, os credores internacionais voltaram a acreditar em nós. De tal forma que os juros das obrigações do Tesouro a 10 anos no mercado secundário já estão abaixo dos 4,5 por cento.

Para os mais distraídos, este é o valor médio dos juros a pagar pela República desde que aderimos ao Euro em 1999. O valor factual já está abaixo. Basta consultar a série longa das Estatísticas do Banco de Portugal.

E sim, Eng. João Cravinho, é bom lembrar-lhe que a 1 de janeiro de 1999, a taxa das obrigações a 10 anos estava nos 3,9 por cento mas quando o seu Governo saiu, em Outubro desse ano, já estava nos 5,5 por cento, bem acima do valor atual.

É bom lembra-lhe que fazia parte de um Governo que decidiu a candidatura ao Euro 2004 com 10 estádios novos, quando a UEFA exigia só seis. E que decidiu lançar os ruinosos projetos de SCUT, sem custos para o utilizador, afinal tão caros para os contribuintes. O resultado aí está, a pesar na nossa dívida pública.

É bom lembrar aos subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida pública que muitos de vós participaram nos Conselhos de Ministros que aumentaram objetivamente a dívida pública direta e indireta.

Foram corresponsáveis pela passagem dos cheques da nossa desgraça atual. Negócios de Estado ruinosos, negócios com privados que afinal eram da responsabilidade do contribuinte. O resultado aí está, a pesar direta e indiretamente nos nossos bolsos.

Sim, todos sabemos que quem pôs o acelerador da dívida pública no máximo foi José Sócrates, Teixeira dos Santos, Costa Pina, Mário Lino, Paulo Campos, Maria de Lurdes Rodrigues com as suas escolas de luxo que foram uma festa para a arquitetura e agora queimam as nossas finanças.

Mas em geral, todos foram responsáveis pela maneira errada de fazer política, de fazer negócios sem mercado, de misturar política com negócios, de garantir rendas para alguns em prejuízo de todos.

Sabem perfeitamente que em todas as crises de finanças públicas a única saída foi o Estado parar de fazer nova dívida e começar a pagar a que tinha sido acumulada. A única saída foi a austeridade.

Com o vosso manifesto, o que pretendem? Voltar a fazer negócios de Estado como até aqui? Voltar a um modelo de gastos públicos ruinosos com o dinheiro dos outros?

Porque é que em vez de dizerem que a dívida é impagável, agravando ainda mais a vida financeira das gerações seguintes, não ajudam a resolver os gravíssimos problemas que a economia e o Estado enfrentam e que o Governo não tem coragem nem vontade de resolver ao contrário do que diz aos portugueses?

Porque é que não contribuem para que se faça uma reforma profunda do Estado, no qual se continuam a gastar recursos que não temos para produzir bens e serviços inúteis, ou para muitos departamentos públicos não produzirem nada e ainda por cima impedirem os empresários de investir com burocracias economicamente criminosas?

Porque não canalizam as vossas energias para ajudar a uma mudança profunda de uma economia que protege setores inteiros da verdadeira concorrência prejudicando as famílias, as PME, as empresas exportadoras e todos os que querem produzir para substituir importações em condições de igualdade com outros empresários europeus?

Porque não combatem as práticas de uma banca que cobra os spreads e as comissões mais caros da Europa?

Um setor elétrico que recebe demais para não produzir eletricidade na produção clássica e para produzir em regime especial altamente subsidiado à custa de todos nós?

Um setor das telecomunicações que, apesar de parcialmente concorrencial, ainda cobra 20, 30 e até 40 por cento acima da média europeia em certos pacotes de serviços?

Porque não ajudam a cortar a sério nas rendas das PPP e da Energia? Nos autênticos passadouros de dinheiros públicos que são as listas de subvenções do Estado e de isenções fiscais a tudo o que é Fundações e Associações, algumas bem duvidosas?

Acham que tudo está bem nestes setores? Ou será que alguns de vós beneficiam direta ou indiretamente com a velha maneira de fazer negócios em Portugal e não querem mudar de atitude?

Estará a vossa iniciativa relacionada com alguns cortes nas vossas generosas pensões?

Pois no meu caso eu já estou a pagar IRS a 45 por cento, mais uma sobretaxa de 3,5 por cento, mais 11 por cento de Segurança Social, o que eleva o meu contributo para 59,5 por cento nominais e não me estou a queixar.

Sabem, a minha reforma já foi mais cortada que a vossa. Quando comecei a trabalhar, tinha uma expectativa de receber a primeira pensão no valor de mais de 90 por cento do último salário. Agora tenho uma certeza: a minha primeira pensão vai ser de 55 por cento do último salário.

E não me estou a queixar, todos temos de contribuir.

Caros subscritores do Manifesto para a reestruturação da dívida pública, desculpem a franqueza: a vossa geração está errada. Não agravem ainda mais os problemas que deixaram para a geração seguinte. Façam um favor ao país – não criem mais problemas. Deixem os mais novos trabalhar.
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