A Espanha encostou C-130 por causa do A-400M, o Brasil encostou C-130 por causa do KC-390 e os nossos 4 C-130H precisam de muito "amor€ € carinho" para ficarem em condições operar no longo prazo...
Mas mesmo que nos carreguemos de C-130H vamos ter sempre e só uma capacidade de transporte tático e quando quisermos transporte estratégico ou forçamos os C-130h a esse papel ou alugamos Antonov, meios marítimos ou usamos a nossa "cota miudinha" dos vôos na Europa e para outros teatros de operações dos C-17 da USAFE...
Estranho, segundo o próprio Ejército del Aire, nenhum Hércules foi "encostado". Aliás:
"Recientemente finalizó un programa de modernización que permitirá prolongar su vida operativa, y que ha supuesto la renovación de los equipos de aviónica, comunicaciones, autoprotección, combustible y cisterna de reabastecimiento, piloto automático digital y GPS."
Fuente:
http://www.ejercitodelaire.mde.es/ea/pag?idDoc=CFC6858F29E3CE56C12570D700463D8E&idRef=967CDC399568BDBDC1257450003287B4E a FAB também não "encostou" seus C-130, muito menos por causa do KC-390, que nem operacionais estão ainda. E duvido que o faça algum dia por este motivo, são aeronaves úteis demais para serem simplesmente deixadas à ferrugem. Mas qualquer uma das duas, creio que na próxima década ou mesmo nesta (Espanha), possa ser convencida a vender uma ou duas aeronaves para Portugal.
Já essa história de transporte estratégico me foge à compreensão: Portugal precisa mais disso do que de aviões como o CL-415? Incrível, dado o horrendo episódio recentemente ocorrido, no qual mais de meia centena de portugueses sofreram o mais terrível dos suplícios. Poderia ter sido tu, poderia ter sido um familiar ou amigo teu,
pode acontecer de novo e é sério que consideras mais
estratégico ter capacidade de aerotransportar umas companhias de infantaria para irem combater lá onde o Judas perdeu as botas do que defender Portugal e os portugueses contra um inimigo implacável como o fogo? Eu, Túlio, cidadão brasileiro, considero imperdoável que a FAB não possua uma frota ao menos do tamanho da prevista para os -390 em aviões como o -415, azar se a Embraer é arqui-rival da Bombardier, ou desenvolve um equivalente - e não o fará - ou importamos e fim de charla! Tu não irás me ver, aqui ou no DB, advogando que uma frota de, sei lá, C-17 ou equivalente, é mais importante ou mesmo tão importante quanto uma de CL-415 e/ou AT-802F.
Porque Defesa não se faz apenas com armas. Pouco importa se viermos a ter centenas de Gripens e KCs, eis que em um incêndio como aquele que devastou o Paraná há pouco mais de meio século, matando mais de cem pessoas e causando bilhões em prejuízos, os caças seriam tão úteis quanto tetas em uma galinha e aviões como os Cargos têm um
turn-around longo demais para quem está à mercê das chamas.
Meu ponto é: quando a Embraer apresentar a conta dos 5/6 KC-390, se estiver vivo eu vou estar aqui dizendo a mesma coisa que agora: com o mesmo valor Portugal recompleta e moderniza na OGMA a frota de C-130 e ainda adquire aviões de combate a fogo, um uso muito mais inteligente de vossos impostos do que Cargos a jato ou estratégicos.
Minhas desculpas pela franqueza mas é como penso.