Major Alvega, não sei o que opinar quanto ao seu post. Dá-me a sensação que aparece sempre dinheiro quando é para ajudar a encher os bolsos de alguns amigalhaços.
O KC-390 está no início, mas quanto a reabastecimento aéreo estou certo que sim. Pelo menos é para isso que o "K" está lá, caso contrário seria C-390 (creio eu, na minha infinita ignorância). 
Poderiam vir a fabricar outras versões do 390... Enquanto o A400M tem mesmo um standard, com o objectivo de simplificar a logística e produção, que faz com que todos tenham capacidade de reabastecimento aéreo.
E prioridade seria sempre, por exemplo, para os Merlin caso necessitassem de maior raio de alcance durante um resgate.
Visto que apenas os EH-101 CSAR têm/teriam capacidade para reabastecimento aéreo e que o seu equipamento extra já lhes rouba um bocado no alcance, dá-me a impressão que para aumento do raio de alcance seria mais barato e fácil trocar as hélices por umas melhores.
Quanto a uma possível vinda do A400M, penso que deveria ser sempre como complemento a C-130/KC-390 e C-295M, não como substituto dos primeiros. Afinal é uma aeronave de transporte estratégico, pese embora também possa ser táctica.
Agora estou curioso pelo motivo pelo qual um A400M seria sempre um complemento ao C-130 e não apenas aos C-295. Os relativamente novos C-295 têm uma maior capacidade que os antigos C-212 e até conseguem fazer missões que à muitos anos atrás apenas os C-130 podiam fazer. Tendo uma dupla C-295 e A400M qual o motivo para ter o C-130 ou uma aeronave semelhante?
A propósito: qual será a nossa (risível) participação no programa Multinational MultiRole Tanker Transport da NATO, assinado pelo Aguiar Branco em 2012? 
C-295 ou simples observadores?
Cumprimentos,
As questões que levantaste são pertinentes, como é teu apanágio.

O facto do KC-390 ter sido pensado como avião de transporte táctico com capacidade secundária de reabastecimento aéreo é um bónus. Seja para as Forças Armadas Portuguesas ou seja no contexto NATO. A ser adquirido, repito, a ser adquirido, podia perfeitamente ser a nossa contribuição para o programa MMTT pois, supostamente, será capaz de abastecer aviões e helicópteros com o sistema de lança. Mas não me vou alargar mais pois o projecto KC-390 está muito no início, e muito caminho faltará ainda desbravar. Só duas notas distintas: ninguém está a ver a FAP a transformar, por exemplo, dois C-130H em KC-130H, se bem que tal aumentaria a tão necessitada frota europeia de aviões cisterna; e os A400M que se encontram já ao serviço ainda não levam qualquer pod de reabastecimento em voo, apenas sonda para eles próprios o serem. Estão ainda em testes.
Quanto à "velha" questão de que aeronave o A400M deverá substituir. Se formos ver apenas no contexto da NATO, o Atlas irá suceder a Transalls e Hércules, logo faz todo o sentido a tua dúvida. E a minha afirmação parte somente de um pressuposto pessoal: continuo a achar o A400M uma aeronave de transporte estratégico e não táctico, em tudo semelhante ao C-17. Julgo que usar o A400M em missões tácticas é um overkill, daí que países como o Reino Unido, França, EUA ou Austrália não abdiquem dos seus C-130 pelo menos no médio prazo. Não só porque o Atlas ainda está a revelar problemas de juventude, como perderiam capacidade expedicionária que é cada vez mais necessária e vital no contexto militar.
É muito difícil falar do futuro, e muito menos o futuro será fruto de wishlists ou de adivinhação. O nosso país atravessa momentos difíceis, vive constantemente a salvar bancos e olha para as Forças Armadas mais como empecilho do que instituição absolutamente necessária à nossa soberania, uma cultura cada vez mais fomentada pela classe política e meios de comunicação social. Mas quando o povão vai aos festivais fica extasiado, pergunta porque nunca tinha visto aquilo e porque não temos mais. Pão e circo, como se dizia na Roma antiga.

Não há pilotos, não voam as horas necessárias, as aeronaves vão ficando obsoletas, a recente incorporação para as FA's ficou novamente aquém do esperado (
http://rr.sapo.pt/noticia/58381/?utm_source=rss) depois de ter sido uma saída para o desemprego de muitos antes se virarem para a emigração, por isso adquirir mais meios para eles ficarem parados nas placas, acostados nas bases ou encostados na oficina e a gastar desnecessariamente dinheiro ao contribuinte talvez não seja o ideal no momento. O problema é se neste mundo em constante ebulição somos obrigados a entrar num conflito; espero que não tão mal preparados como foram os nossos soldados para França há um século atrás. Aí haverá dinheiro de certeza, e a nação clamará pelas Forças Armadas como clama hoje pela Selecção nacional... mas haverá tempo?