Alguém sabe quais os motivos que levaram a FAP a colocar os G-91 que regressaram do ultramar nas Lages?
Em Agosto de 1980 a Esquadra 301 da BA6 iniciou um destacamento permanente na Base Aérea Nº 4 (BA4), Lajes, Arquipélago dos Açores, com oito aviões e seis pilotos. Este destacamento esteve na origem da criação da Esquadra de Ataque 303 da BA4, inaugurada em 13 de Janeiro de 1981. Recuperou o símbolo da antiga esquadra dos Fiat G-91 da Guiné, com o nome de “Tigres” e tendo por lema “Em quaisquer outras guerras que aconteçam”.
A Esquadra de Ataque 303 era, inicialmente, constituída com 14 aviões Fiat G-91 R/4, (números 5401, 5410, 5414, 5415, 5417, 5421, 5427, 5428, 5432, 5435, 5436, 5438, 5439 e 5440). Em 1982 foi reforçada com mais seis G-91 R/4 (5418, 5420, 5422, 5425, 5431 e 5434) e dois G-91 T/3 (1809 e 1810).
A missão da Esquadra de Ataque 303 tinha em vista a defesa e patrulhamento da Zona Económica Exclusiva (ZEE) contra possíveis incursões de meios navais soviéticos, num meio marítimo para o qual os Fiat G-91 não estavam preparados.A Esquadra 303 foi desactivada em 13 de Janeiro de 1990, tendo os aviões regressado à Esquadra de Ataque 301, na BA6, Montijo. Os aparelhos da versão R/3 mantiveram-se no Continente ao serviço da Esquadra 301 Jaguares por serem considerados mais capazes, no caso de ser necessário o seu emprego em território europeu (a 301 estava atribuída ao Allied Air Forces Southern Europe - AIRSOUTH).