Ainda não ouviste? A Lockheed Martin diz que o F35 é mais barato de operar que um Gripen F (cuja manutenção deve ser equiparável a um F-16). E o pessoal acredita.
Onde viste isso? Mais uma fantasia tua?

Quanto à questão do SABR nos F-16, não desbloqueia a possibilidade de usar novos mísseis (para já), permite sim tirar partido do potencial de mísseis mais recentes como o AIM-120D, que tem um alcance superior ao que o APG-66 dos nossos F-16 tem. De resto, é obviamente um radar muito superior em tudo, desde a capacidade de detecção e seguimento de alvos, ao alcance, à precisão, à resistência a contramedidas, etc. Para nós, desviando-me da conversa da cedência ou não de F-16 à Ucrânia, faria todo o sentido ter o SABR nos nossos F-16, para ontem.
Ainda assim, mesmo com o APG-66, os MLU que os ucranianos possam receber, ainda teriam uma utilidade elevada. Para lançar JDAM-ER, SDB/SDB-II, JSOW, JASSM, e por aí fora (até Harpoon, caso queiram atacar navios russos no Mar Negro), portanto o potencial do F-16 lá, poderá estar no seu número, e no armamento que podem levar. Supõe-se que, para SEAD/DEAD, em conjunto com os HARM ou mesmo AARGM, o ideal seja mesmo ter o AESA, mas nem sei se os ucranianos vão ter esta missão nos mesmos moldes que os americanos têm os Wild Weasel.
Agora também se pode dizer que, idealmente, os ucranianos recebiam no mínimo F-16 com APG-68, que sempre é melhor que o 66. Mas a realidade, é que é preciso considerar que radares AESA, poderá não haver assim tanta capacidade de os produzir (não esquecer que o SABR já conta com uma boas encomendas, para a USAF e clientes externos), e portanto a única solução poderá ser APG-66 e 68 ou nada.
Entre MIG-31 e SU-30/35, um dos factores sempre a ter em conta a comparar radares, é também o RCS das aeronaves em si. Um radar mais poderoso da aeronave X, pode ter a sua vantagem em alcance anulada caso a aeronave opositora tenha um RCS muito inferior. Podemos ver um caso em que (por exemplo) um F-16C/D consegue detectar um MIG-31 à mesma distância que o MIG-31 consegue detectar o F-16, pela questão do RCS.
Entretanto, e algo que não vejo a ser discutido, é AWACS. Seria de facto interessante ver uma discussão (entre quem decide que material ceder ou não), acerca da inclusão de AWACS "leves", como o Saab 340 AEW&C ou o E-2 Hawkeye. Sendo muito mais pequenos que um E-3 ou equivalente, não só são mais fáceis de "esconder" dentro das suas bases (o E-2 com a vantagem de poder dobrar as asas, ocupando um espaço muito reduzido em hangar), como terão forçosamente um RCS mais reduzido, portanto serão mais difíceis de abater pelos russos com mísseis BVR ou S-400.