A velha história que o pessoal não se cansa de repetir por aqui, mas que as luminárias do Restelo e de S. Bento só agora começam a aflorar. O ano 2035 vai ser o ano do zero naval e do zero aeronáutico. Caças, fragatas, Lynx, Tejo e P-3 a atingirem o fim de vida; AW101, submarinos, C295 e os primeiros NPO a atingirem os 20/25 anos de serviço e a necessitarem de modernização.
E narta para isto tudo? As novas M devem ficar a bater os 1.000 milhões a unidade, i.e., 3.000 milhões para três delas, segundo o gráfico; 20 caças novos, pelo menos 2.000 milhões; quatro P-8, mais uns 1.000 milhões; 5 helis ASW, mais 500 milhões; MLU aos subs, uns 300 ou 400 milhões; MLU aos AW101 e C295 mais uns 300 ou 400 milhões. Mais mísseis, bombas e drones, estamos a falar de 8.000 milhões para meia dúzia de programas e com perda significativa de capacidade em termos de números (3 fragatas a substituírem as actuais 5, 20 caças a substituírem 27 ou 30, 4 MPA em vez de 5). E estes palhaços andam a discutir 4.700 milhões a 12 anos que não vão resolver estes programas, que são os essenciais para manter alguma capacidade militar de dissuasão.