Resta acrescentar uma nota: segundo me foi sussurado, a taxa de operacionalidade em Monte Real já viu melhores dias, havendo mesmo quem a chegue a comparar aos piores tempos dos problemáticos A-7P. Tem havido semanas em que por vezes apenas se encontra apta a voar a parelha QRA, e se isto não é um assunto grave e a precisar de urgente reflexão e solução então sinceramente não sei o que será. 
A média mensal andará em torno das 6 aeronaves operacionais, nem terá nada a ver com as aeronaves destinadas ao segundo lote romeno pois essas já estavam encostadas, por assim dizer, mas pelos vários aparelhos que se encontram a aguardar manutenção, especialmente aos motores que, por muito fiáveis que felizmente sejam, começam obviamente a acusar a idade.
Pois é meu caro, já ouvi dizer que poderia estar para antes de 2030 a "entrada" em cena dos F-35A.
Aí vamos alavancar mais uma vez as Lajes....
A situação está mesmo complicada em Monte Real, e o descaso do Ministério da Defesa é tido como impressionante ainda para mais quando o Titterington só lá aparece em Monte Real para assinar os contratos de venda de aparelhos a terceiros.
A título de exemplo: hoje foi o 3º dia consecutivo que os caças QRA noruegueses e britânicos precisaram ser activados devido às incursões russas no Mar do Norte e Mar da Irlanda com alguns Bear ASW pertencentes à Armada de Moscovo. O que me foi dito é que caso os Tupolev voltassem a descer até Sagres antes de dar meia-volta de regresso à Rússia, poderíamos ficar desprotegidos a uma qualquer altura desse trânsito se coincidisse com uma semana onde apenas poucas aeronaves se encontram operacionais.
Num caso desses, como aconteceu por exemplo em Novembro de 2016, a parelha QRA terá de os interceptar e obviamente acompanhá-los no seu trajecto, que se se prolongar colocará em causa a autonomia dos F-16. Ora como o nosso país não possui nenhum reabastecedor, na eventualidade de não se poder activar a parelha de reserva a dado ponto a peregrinação russa pode ficar livre para actuar a seu bel-prazer sem F-16 à vista! É por estas e por outras que ainda hoje a RAF (e não só) aquando dum scramble lança também um avião-tanque para que este possa ficar perto dos caças caso seja necessário fornecer-lhes combustível extra.
Por cá sem tanker, e por vezes com poucas células Fighting Falcon disponíveis, volto a repetir e frisar aquilo que ontem aqui escrevi: se isto não é um assunto grave e a precisar de urgente reflexão e solução então sinceramente não sei o que será. Ah, já me esquecia: a preocupação agora é o coronavírus e, horror dos horrores, ter sido cancelado o futebol por tempo indeterminado.
