Representantes da Lockheed Martin estiveram em Alverca durante o mês de Julho. Vieram dar os parabéns à OGMA pelos 40 anos do centro de manutenção do C-130 Hércules, e aproveitaram também para se inteirar do estado e desempenho das frotas LM ao serviço da FAP (e naturalmente fazer publicidade, embora de maneira não completamente oficial). E
off the record, muito embora não constitua qualquer novidade (edições recentes da AFM e CA já mencionam esse mesmo facto), deixaram o aviso de que quanto mais tarde nos decidirmos sobre o novo caça, mais complicado será para Portugal.
Com o avolumar de encomendas do F-35, sobretudo para a versão A, e potenciais novos clientes a surgirem quase todos os meses, a LM já começou a avisar os operadores que as entregas irão começar a sofrer alguns atrasos, que serão extensíveis igualmente para a linha de produção do F-16 Viper e C/D Block 70/72 pela mesma ordem de razões. E, neste último caso, se como contrapartida para a aceitação da Suécia e Finlândia na Aliança Atlântica Washington der luz verde à modernização da grande maioria da frota turca para Viper, então ainda mais atrasado ficará todo o processo (isto no diz respeito ao F-16).
Obviamente nada disto tem, ou teve, um cariz inocente, porém serviu para recordar às nossas autoridades que quanto mais tarde se decidirem (seja F-16V ou F-35A), mais tarde viremos a receber as primeiras aeronaves, com os consequentes contratempos que isso trará. Que consequências práticas trouxe esse aviso à malta do Restelo? Logo se vê depois das férias, agora não se passa nada e a guerra é lá bem longe.
