O F-15X seria um sonho tornado realidade; aliás curiosamente, ainda nos anos 90, boa parte dos novos pilotos da FAP era com o Eagle que sonhava e não com o F-16. 
No entanto a aversão das altas esferas, políticas e militares sejamos sinceros, a um caça bimotor sempre impediu que a FAP tivesse sido dotada de aparelhos assim equipados como foram os casos dos desejados F-4E/F, F-5E/F e mesmo do G-91Y. E essa aversão (e é mesmo aversão, não a costumeira desculpa da falta de verbas) é que muito provavelmente impedirá que tão cedo venhamos a ter caças bimotores como o referido F-15X, Rafale ou Typhoon, mesmo em segunda-mão. É uma irritação maior ainda que o já jocosamente denominado "complexo Puma" e que nos atira (como sempre atirou durante os 66 anos de Força Aérea) para os braços dos fabricantes de caças monomotores como o F-16, Gripen e F-35.
Dada a nossa particularidade geográfica e área de responsabilidade, é inequívoco que um caça bimotor seria o mais aconselhável e isso já aqui foi discutido ad nauseam. Passar dos actos às acções é que é outra história, mas ninguém é impedido de sonhar. 
O Rafale, embora seja uma aeronave de combate excelente, traz dois problemas: primeiro, os custos associados à sua operação e manutenção, e depois toda uma cadeia logística e de armamento que teria de ser adquirida e construída de raíz, com pouco do que actualmente possuímos aproveitável para o caça francês. A capacidade de lançar o Meteor seria fantástica, porém nem Sidewinders, nem AMRAAMS, JDAMs, Litening ou pods ECM poderia utilizar, somente as Paveway. E com as últimas aquisições para a frota F-16 como mais pods AN/ALQ-131 e o aumento do stock de JDAMs, a mensagem não poderia ser mais clara: o futuro terá forçosamente de passar por uma aeronave capaz de operar com este conjunto de equipamentos, e o Rafale infelizmente não o é.
No entanto tiveste T-38s e Alpha Jets ambos bimotores e não houve drama..
Quanto a ser preferível um caça bimotor tal carece de fundamentos pelo menos desde o F-16, dado a evolução dos motores quer a nível de potencia quer de fiabilidade ter tornada redundante a vantagem dos 2 motores…
Não tem nada a ver: o T-38A Talon era um avião de treino supersónico, o Alpha-Jet foi concebido como avião de treino com capacidade secundária de ataque ao solo. Não podem nunca ser considerados caças. Se formos ver bem, a nível de bimotores na verdade só tivemos o único P-38 Lightning que foi internado pois do Fury ao F-16 apenas e somente tivemos monomotores (não contando, obviamente, com os bimotores da Aviação Naval como o Blenheim e o Beaufighter).
Para a nossa realidade geográfica, triângulo Continente, Madeira e Açores, o bimotor era uma garantia e segurança, isso é sobejamente conhecido. Serve para Espanha, com os seus EF-18 e Typhoon, e para nós não? É claramente uma opção consciente e que irá perdurar. Uma aeronave monomotor pode ter a potência que quiser, veja-se o F-35 com a "besta" do F135, mas se este falhar a aeronave torna-se num planador ao contrário do que sucederá num bimotor. São mais caros, maiores e mais complexos? São, no entanto era aquilo que precisávamos se houvesse coerência e pensamento estratégico como deve ser.
A nível de futuro, o Gripen E/F continua a ser uma opção muito interessante. Pode não ser ainda de 5ª geração, mas é polivalente como o Lightning II não é. Por mais que os seus defensores o queiram, e obviamente com a Lockheed Martin à cabeça, o seu acrónimo é JSF de Joint
STRIKE Fighter, não de Joint (Air) Superiority Fighter. Daí que se a sua designação fosse A-35 ou F/A-35 fosse bem mais acertada. Usar um avião, pensado e concebido para ataque, como caça é bastante duvidoso.