https://www.dn.pt/portugal/interior/modernizar-f-16-custa-dez-vezes-menos-que-comprar-novos-cacas-6215894.html
Como consequência da decisão do consórcio europeu dos F-16 em adquirir aviões de 5ª geração, as atualizações dos programas de voo operacional - desenvolvidos no âmbito do programa multinacional de caças (MNFP, sigla em inglês), que integra os EUA e visa garantir a interoperabilidade e configurações comuns aos caças desses seis países - estão "no fim da sua vida útil", indica o relatório da LPM.
Mais uma vez, os nossos aliados estão um passo a frente e vão de F-35...
Faz lembrar quando no inicio dos anos 80 eles já andavam de F-16A e nós na transição do F-86 para o A-7P..
Recuperar agora uma notícia de Abril para quê? Sinceramente não entendi.

O facto dos nossos parceiros da EPAF decidirem avançar para um caça de 5ª Geração, neste caso o F-35 embora a Bélgica ainda não se tenha decidido, não nos obriga a fazer o mesmo. É problema deles se querem avançar para o Lightning II, estão por sua conta e risco. Não irão nunca comprar frotas do tamanho das anteriores de F-104G Starfighter e depois F-16, resignando-se a adquirir apenas algumas dezenas cada um sobretudo devido ao seu preço exorbitante. Pode-se contra-argumentar que um F-35A faz o que 10 Starfighter nunca sonhariam poder fazer e 5 F-16MLU gostariam de fazer, porém o passo dos nossos congéneres a estes diz respeito.
Quando a EPAF original se formou, os F-16A Block 1, 5 e 10 eram bastante problemáticos por causa do motor F100-PW-200 que originou dezenas de despenhamentos, algo que se alterou radicamente quando a Pratt & Whitney o modificou para a versão 220/220E e aí as coisas serenaram.
The initial powerplant selected for the single-engined F-16 was the Pratt & Whitney F100-PW-200 afterburning turbofan, a modified version of the F-15's F100-PW-100, rated at 23,830 lbf (106.0 kN) thrust. During testing, the engine was found to be prone to compressor stalls and "rollbacks", wherein the engine's thrust would spontaneously reduce to idle. Until resolved, the Air Force ordered F-16s to be operated within "dead-stick landing" distance of its bases.[95] It was the standard F-16 engine through the Block 25, except for new-build Block 15s with the Operational Capability Upgrade (OCU). The OCU introduced the 23,770 lbf (105.7 kN) F100-PW-220, later installed on Block 32 and 42 aircraft: the main advance being a Digital Electronic Engine Control (DEEC) unit, which improved reliability and reduced stall occurrence. Beginning production in 1988, the "-220" also supplanted the F-15's "-100", for commonality. Many of the "-220" engines on Block 25 and later aircraft were upgraded from 1997 onwards to the "-220E" standard, which enhanced reliability and maintainability; unscheduled engine removals were reduced by 35%.[96][97]
Caso a FAP avance de facto para o F-16V, vamos ter um caça de 4,5 Geração com interoperabilidade comprovada com aparelhos de 5ª Geração, e teremos como parceiros pelo menos a Grécia, talvez a Polónia e sempre os EUA cuja modernização (e SLEP) de mais de 800 F-16C/D Block 40/42/50/52 será em tudo semelhante ao padrão Viper.
http://www.janes.com/article/71414/usaf-increases-scope-of-f-16-slep-to-include-more-aircraft-and-airframe-hoursConcluindo, o F-16V é uma excelente escolha para a FAP na minha singela opinião. Duas coisas apenas: sem querer referir de novo o que disse o PR há uns meses atrás, é de facto imperioso começar a colocar o processo em andamento o quanto antes para que não tenhamos a frota de 30 aparelhos totalmente modernizada só lá para finais da década de 2020; e apesar de algo que escrevi há uns posts atrás sobre a capacidade dos nossos PA 1 e 2 em "absorver" a modificação para a versão V, sentir-me-ia muito mais confortável se adquiríssemos antes 30 caças novos, o que será muito provavelmente proibitivo.