O grande problema da FAP neste momento é o nº diminuto de horas de treino/ missões que estão a realizar em virtude do orçamento disponível..... mas também é este facto que leva as células dos nossos F-16 a estender o tempo de vida util, porque voam pouco!! Eu vivo a escassos quilómetros da base de Monte Real, e tem semanas que nem nem se ouvem, no entanto o facto de não voarem muito, só poupa como é óbvio a estrutura do avião, porque enquanto sistema de armas os nossos F-16 assim como todos no Mundo, excepto os Block 60 dos árabes, estão a ficar obsoletos nos mais diversos teatros de operações.
Por isso pensar em substitui-los em 2025, para termos aviões "novos" em 2030 não é possível!!
Nós temos Células de F-16 já com 32 anos, os do Peace Atlantis 2, em 2025 terão 41, pelo menos estes terão que ter substituto por esta data, por isso terá que ser planeada a sua aquisição daqui a 3/4 anos no máximo!! Até se pode dar o caso de anteciparmos a compra dos F-35 e ao mesmo tempo "despacharmos" 15/20 F-16 para a Roménia ou Bulgária enquanto eles o querem....
Continuo a dizer que vamos ter F-35, poucos é verdade, 12/15 aparelhos, mínimo para formar uma esquadra de ataque, para estarmos em conformidade com as missões nato e para não ficarmos isolados dentro da Europa. Para uma 2ª esquadra de missões de patrulha/defesa aérea, interdição e luta aérea, penso que vamos adquirir ao AMARC ou directamente á USAF aviões usados, para uma solução transitória de 10/15 anos, tendo em conta que também temos que substituir os F-16 do PA 1 em 2030, neste caso, penso que em 2025 teremos disponíveis no mercado os primeiros Super Hornet usados da USNAVY, ou até alguns F-16 C/D Block 50/52 para ai com 20 anos no máximo , ou Gripens C/D que a Suécia queira alienar para abrir espaço ao Gripen NG, que podem servir, até termos mais dinheiro para comprar outra esquadra de F-35, Penso por isso, que vamos ver a FAP a conviver simultaneamente com F-16 e F-35, assim como está a acontecer nos EUA e nos nossos parceiros europeus, Dinamarca, Noruega e Holanda para Já....
Portugal e um conjunto de países não tem capacidade financeira para operar o F35. Não apenas falo do preço de aquisição mas sobretudo do preço de uso operacional. Se a Áustria se vê à rasca com o Thphoon, Portugal teve de alienar 9 F16 reduzindo a frota para 30 e apresenta cada vez mais uma maior redução do número de horas de voo, vai operar como um avião que "dispara" em termos de custo? O aparelho teria de baixar muito tanto o custo de aquisição como de uso (já para não falar da criação de toda uma linha logística, formação de pilotos e pessoal de manutenção, etc).
A LM independentemente de precisar de vender o avião F35 e de Portugal até ser na teoria um cliente, sabe que por razões técnicas (um pais como o Iraque ou Afeganistão, mesmo tendo em conta só a parte técnica teriam capacidade para manter e usar um F35? duvido, pois com aparelhos como o T6 e Spartan já é o que é), mas também que por razões geopolíticas ou geoestratégicas precisa de uma alternativa ao F35, pelo que, ou lança outro avião ou vê a concorrência, nomeadamente a Boeing com o F18 apanhar uma fatia de mercado: Vejamos mais ao pormenor, sobretudo esta ultima questão:
- Em África, quanto muito o Egipto ou a África do Sul. No primeiro sobretudo instabilidade política, no segundo falta de dinheiro, já que até parte dos Gripen estão encaixotados. O resto, não estou a ver.
- Na Ásia: Vendas ao Iraque, Paquistão (um dia depois o Chineses tinham o aparelho), Taiwan (dificilmente passaria no congresso, já que os próprios F16C/D têm marcado passo, quanto mais o F35) ou ao Afeganistão (mais tarde precisará de um caça de superioridade aérea e multi-funcional), dificilmente ocorrerão, por motivos políticos e mesmo técnicos. As vendas já referidas dificilmente se estenderão a mais que um ou outro pais, futuramente.
- Na América tirando o Chile e Canada não estou a ver. O Brasil optou pelo Gripen e outras nações, à medida que vão substituindo modelos como os ainda em uso F5, poderão adquirir Vipers. Dificilmente passarão para o F35, novamente por razões técnicas como políticas.
- Na Oceania, Austrália. Outros países como a NZ em termos doutrinais virados para a protecção dos seus recursos, não gastarão tanto num avião.
- É na Europa onde parte das vendas estão asseguradas, e mesmo assim temos países ainda a comprar o F16, como a Roménia e possivelmente a Hungria. E a LM sabe, que mesmo tendo o F35 para vender e um enorme prejuizo para recuperar (e não sabe qual o valor total da factura pois esta não está encerrada), tem de assegurar Upgrade e uso de uma extensa frota de 4,573 aparelhos construidos. Se não fechar a linha, com aparelhos novos, se esta for encerrada com o que existe na AMARG e operacional, e que não é pouco.
Atenção também ao seguinte: Apesar de ser um projecto dos anos 70, o F16 continua com potencial de desenvolvimento (o próprio F16V o diz). Um caça como o F5, só por estes dias começa a não ter margem de manobra (e mesmo assim os Chilenos e Brasileiros ainda são um "osso duro de roer", principalmente com o recurso a AEW e aos dados enviados para o aparelho via data link, ou mesmo num dogfight). O próprio F35 tem problemas para resolver e a ter em conta o que os chineses afirmam a propósito de um radar que detecta aparelhos furtivos, pode se calhar não ser uma opção tão "coupe d'art" a longo prazo só porque é Stealth.
Counterstealth technologies, intended to reduce the effectiveness of radar cross-section (RCS) reduction measures, are proliferating worldwide. Since 2013, multiple new programs have been revealed, producers of radar and infrared search and track (IRST) systems have been more ready to claim counterstealth capability, and some operators—notably the U.S. Navy—have openly conceded that stealth technology is being challenged.
These new systems are designed from the outset for sensor fusion—when different sensors detect and track the same target, the track and identification data are merged automatically. This is intended to overcome a critical problem in engaging stealth targets: Even if the target is detected, the “kill chain” by which a target is tracked, identified and engaged by a weapon can still be broken if any sensor in the chain cannot pick the target up.
http://aviationweek.com/technology/new-radars-irst-strengthen-stealth-detection-claims
Saudações