Deve-se privatizar a RTP ?

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Johnnie

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« Responder #15 em: Abril 29, 2007, 06:50:35 pm »
A RTP e não só meus caros...
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 

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Mar Verde

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« Responder #16 em: Abril 29, 2007, 07:35:13 pm »
Citação de: "lurker"
Citação de: "Mar Verde"
portanto vocês querem uma Televisão Pública, sustentada com dinheiros dos contribuintes, 220 milhão euros ano (ver o meu psot anterior) para verem programas em Inglês produzidos nos Estados Unidos !?


não tem muita lógica, pois não ?

Claro que tem lógica: há boa cultura feita lá fora.
Faz todo o sentido que a RTP passe boas séries estrangeiras, tal como faz que passe bons documentários estrangeiros ou concertos de bandas estrangeiras.

Ou o pessoal do fórum não alinhou todo em frente à RTP2 a ver o documentário do National Geographic sobre o EH-101 que passou há uns tempos? :)



1º os privados tb transmitem boas séries (costumo ver agora o Heroes na TVI, vai para o ar sábado depois de almoço, 2 episódios seguidos )

2º se as pessoas são fans de determinados programas pq não compram o dvd ou assinem os canais temáticos na TV Cabo ?

pq q  têm que ser todos os portugueses a pagar impostos e taxas para "alimentar" os gostos de uma minoria ? ( o caso em apreço, a RTP 2, é a quem tem menor audiência)


devo admitir que me choca, como é que pessoas informadas aceitem de animo leve e defendam uma situação em que um empresa estatal, para oferecer um leque de produtos e serviços semelhante aos privados, é subsidiada pelo Governo em 220 milhões de euros todos os anos
 

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comanche

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« Responder #17 em: Abril 29, 2007, 11:29:48 pm »
Ter uma televisão estatal é uma maneira de afirmar a soberania de uma nação.

Porque é que a TVE, RAI, BBC e muitissimas outras televisões estatais por esse mundo fora não são privatizadas? Coexistindo assim com as privadas.
A RTP nunca deve ser privatizada, se um dia o país entrasse em guerra qual era a estação independente de controle estrangeiro que defenderia a  inviolabilidade das fronteiras nacionais perante os portugueses, ou seria melhor que fosse independente e não tomasse parte por ninguém?
Seria tão independente como uma televisão russa ou alemã ou tailandesa?


Estão a ver a TVI por exemplo a fazer uma reportagem sobre a "questão de Olivença"?
 Acham que os espanhois da Prisa deixariam?
Por eles este assunto ou qualquer outro que seja contrário ao estado espanhol é ignorado ou então é ridicularizado.


Isto é que é ter canais independentes? Onde está o direito garantido por estas televisão de os portugueses serem informados.
Ainda esta semana a TV3 (televisão autónoma da catalunha) emitiu um programa sobre os independentistas catalães ao longo dos ultimos anos e o PP protestou contra essa televisão, se fosse uma televisão de control espanholista essa reportagem nunca seria feita.

Não valerá a pena pagar alguns impostos para termos o direito de sermos informados?
 

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Get_It

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« Responder #18 em: Abril 30, 2007, 12:19:01 am »
Citação de: "lurker"
Citação de: "Mar Verde"
portanto vocês querem uma Televisão Pública, sustentada com dinheiros dos contribuintes, 220 milhão euros ano (ver o meu psot anterior) para verem programas em Inglês produzidos nos Estados Unidos !?


não tem muita lógica, pois não ?

Claro que tem lógica: há boa cultura feita lá fora.
Faz todo o sentido que a RTP passe boas séries estrangeiras, tal como faz que passe bons documentários estrangeiros ou concertos de bandas estrangeiras.

Ou o pessoal do fórum não alinhou todo em frente à RTP2 a ver o documentário do National Geographic sobre o EH-101 que passou há uns tempos? :)
Concordo, além disso é muito difícil fazer com que uma empresa em Portugal explore novos conteúdos. Senão temos ninguém interessado em os explorar temos de ir lá fora procurar-los - especialmente se tratam-se de documentários.

Citação de: "Mar Verde"
1º os privados tb transmitem boas séries (costumo ver agora o Heroes na TVI, vai para o ar sábado depois de almoço, 2 episódios seguidos )

2º se as pessoas são fans de determinados programas pq não compram o dvd ou assinem os canais temáticos na TV Cabo ?
Os canais de televisão portugueses podem transmitir boas séries, mas pessoalmente acho que nenhum deles, quer sejam públicos ou privados, as saiba transmitir. Já vi muitas séries de jeito a serem transmitidas a horas de porcaria, e então a RTP é que não sabe quando os transmitir, e depois ainda têm a lata de andar a mudar o horário das séries vezes sem conta.
Por acaso tenho a sorte de não ter gastar muito dinheiro para conseguir assistir a séries de jeito - neste caso norte-americanas e britânicas, das quais sou um grande fã - pois tenho a FOX, que às vezes também mete nojo quando as repete vezes sem conta sem passar as novas temporadas - fogo, às vezes até prefiro no caso de algumas séries acompanha-las pela RTP2 que sabe em alguns casos sabe manter os episódios a serem transmitidos fresquinhos -, e a AXN. E para outras séries que muitas vezes demoram meses e meses até chegarem a Portugal, ou até mesmo anos no caso de sair em DVD, existem sempre os torrents.

A verdade, acho eu, é que a SIC e TVI estão mais preocupados em transmitir telenovelas do que programar em condições os horários para as séries de televisão, e no caso da RTP acho que ficaram com amnésia, e já não se lembram como fazer uma programação de jeito.

Citação de: "comanche"
Ter uma televisão estatal é uma maneira de afirmar a soberania de uma nação.
De acordo.

Citação de: "comanche"
Porque é que a TVE, RAI, BBC e muitíssimas outras televisões estatais por esse mundo fora não são privatizadas? Coexistindo assim com as privadas.
A RTP nunca deve ser privatizada, se um dia o país entrasse em guerra qual era a estação independente de controle estrangeiro que defenderia a  inviolabilidade das fronteiras nacionais perante os portugueses, ou seria melhor que fosse independente e não tomasse parte por ninguém?
Seria tão independente como uma televisão russa ou alemã ou tailandesa?
Acho que não temos de nos estar a preocupar com conflitos, mas mesmo assim penso que as forças armadas poderiam tomar o controlo de alguma estação de televisão e utiliza-la em tempo de guerra.

Citação de: "comanche"
Não valerá a pena pagar alguns impostos para termos o direito de sermos informados?

Acho que valerá a pena pagar para termos o direito de sermos informados, afinal é um serviço público. Mas esperem lá, é de mim ou o temos pagado estes anos todos e não temos recebido isso?
É que na minha ideia serviço público e informação também inclui noticias e reportagens sobre as forças de protecção civil e das forças armadas. A RTP2 já foi privatizada, mas até privatizada tem mostrado mais interesse ou capacidades nisso do que a RTP, por exemplo, ao transmitir um programa semanal - que devo admitir não mostrei muito interesse em o acompanhar e só vi algumas poucas de vezes - sobre os bombeiros e a protecção civil?

Repensando isto à medida que escrevo não posso parar de pensar que pelo menos as forças de protecção civil e armadas já não podem confiar pelo menos na televisão pública para garantir que as pessoas recebam pelo menos alguma informação imparcial sobre as suas funções sem serem apenas reportagens sobre escândalos. Talvez seja tempo para evoluírem e fazerem como outros países, por exemplo o Canadá, que têm sites online onde publicam vídeos e reportagens sobre si mesmos. Vejam até mesmo o caso do comando norte-americano da guerra do Iraque, que até já montaram no YouTube um canal para transmitirem vídeos das suas forças a combaterem. Aliás todos os meios de relações públicas das forças armadas precisam de ser repensados e reorganizados - especialmente os websites.
FYI: Apercebi-me após escrever isto que esta última parte do meu post ficou meio off-topic, mas quem saiba possa ser utilizado depois para outro tópico.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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lurker

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« Responder #19 em: Abril 30, 2007, 01:09:05 am »
Citação de: "Mar Verde"
1º os privados tb transmitem boas séries (costumo ver agora o Heroes na TVI, vai para o ar sábado depois de almoço, 2 episódios seguidos )
E tem mais algumas: Dr House, That 70s Show.
Mas com excepção do Heroes ao sábado à tarde, a maior parte da programação de qualidade da TVI é relegada para tarde e más horas, preterida por uma série infindável de novelas e programas degradantes.

Citar
2º se as pessoas são fans de determinados programas pq não compram o dvd ou assinem os canais temáticos na TV Cabo ?
É dificil ser fã de algo sem ser exposto a isso primeiro. Mas mais sobre isto à frente.

Além disso, TV por cabo não chega a todo o lado e o serviço de TV cabo por satélite é caro e honestamente não vale o dinheiro -- a maior parte da programação de cabo não vale um tostão furato.



Citar
pq q  têm que ser todos os portugueses a pagar impostos e taxas para "alimentar" os gostos de uma minoria ? ( o caso em apreço, a RTP 2, é a quem tem menor audiência)

devo admitir que me choca, como é que pessoas informadas aceitem de animo leve e defendam uma situação em que um empresa estatal, para oferecer um leque de produtos e serviços semelhante aos privados, é subsidiada pelo Governo em 220 milhões de euros todos os anos


A RTP1 tem uma programação semelhante às da SIC e TVI porque se tenta racionalizar os custos de manter a RTP a funcionar, tentando ir de encontro aos gostos mais imediatos dos espectadores e recebendo receitas de publicidade.
Contudo, isso não é, a meu ver, a justificação para a existência da RTP.

A meu ver, a existência da RTP é um investimento na formação e informação dos cidadãos.
Porque é que insistimos em obrigar os nossos jovens a estudar temas que não gostam na escola? Não era muito mais fácil pô-los a analisar o guião dos Morangos com Açúcar do que obras de Gil Vicente?

A maioria das pessoas não é fã de nada, não procura alternativas e precisa que lhas ponham à frente.
Essa é para mim a função da RTP: expôr os portugueses a coisas que vão além das coisas que dão mais audiência.
A RTP é o que impede este pais de se tornar num pais de gente embrutecida a ver noticias sensacionalistas, futebol, novelas e "big brother".
E se a RTP não existisse, duvido que estivéssemos aqui a falar das séries de qualidade da TVI.
 

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Mar Verde

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« Responder #20 em: Maio 02, 2007, 12:09:57 pm »
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Ter uma televisão estatal é uma maneira de afirmar a soberania de uma nação.

pq que ter uma TV estatal é uma "afirmação da soberania nacional" ?

um dos argumentos que têm utilizado é que emite programas de qualidade ....em inglês !

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A meu ver, a existência da RTP é um investimento na formação e informação dos cidadãos.

Essa é para mim a função da RTP: expôr os portugueses a coisas que vão além das coisas que dão mais audiência.

e porventura tem feito isso ?
no entanto continua a receber 220 milhões de euros em subsídios e acaba ro ano com prejuízo, qd os privados com ofertas que não mt distintas têm lucro sem subsidio


Citar
A maioria das pessoas não é fã de nada, não procura alternativas e precisa que lhas ponham à frente.

A RTP é o que impede este pais de se tornar num pais de gente embrutecida a ver noticias sensacionalistas, futebol, novelas e "big brother".


vocês têm consciência da arrogância das vossas afirmações

as pessoas são livres de ver o que bem lhe aprouver, vocês acham legitimo decidir o que é "bom" e o que é "mau", cobrar impostos para pagar a transmissão daquilo que consideram "bom" e depois ainda cobrar mais impostos para suportar a empresa pq as pessoas preferem ver outros canais, geralmente aquilo que vc consideram "mau"
 

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comanche

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« Responder #21 em: Maio 02, 2007, 01:47:11 pm »
Citação de: "Mar Verde"
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Ter uma televisão estatal é uma maneira de afirmar a soberania de uma nação.

pq que ter uma TV estatal é uma "afirmação da soberania nacional" ?


Já disse atrás que quase todos senão todos os países mantêm canais estatais, mesmo nos mercados liberalizados. Quem controlar os meios de comunicação pode influenciar as massas, e que foi com essa intenção que a Prisa veio para Portugal conforme disse o Pina Moura, ao afirmar que a televisão pode tomar partido por um politico ou partido que defenda a ideologia da empresa, mais concretamente apoiar o socialismo ou mesmo o que é mais grave defender o iberismo, mas a ver vamos qual vai ser a atitude da estação no futuro.
Acho que é demasiado obvio, tem sido assim ao longo da história e continuará a ser, um acontecimento pode ter duas interpretações, a RTP tem obrigação de defender a constituição portuguesa e a TVI na mão de espanhois defenderá?


Só a título de exemplo,

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Estão a ver a TVI por exemplo a fazer uma reportagem sobre a "questão de Olivença"?
Acham que os espanhois da Prisa deixariam?
Por eles este assunto ou qualquer outro que seja contrário ao estado espanhol é ignorado ou então é ridicularizado.
 

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Mar Verde

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« Responder #22 em: Maio 02, 2007, 02:05:44 pm »
Citação de: "comanche"
Quem controlar os meios de comunicação pode influenciar as massas....


1 -um mercado liberal e sem empresas estatais não é sinónimo de total ausência do Estado

o papel do Estado dever ser de árbitro e não jogador

o papel do estado será através de uma "autoridade reguladora da concorrência" (watchdog, como os ingleses lhe chama) que garanta que nenhuma empresa tenha monopólio ou posição dominante no mercado e garanta a concorrência entre os privados


2 - por causa da evolução tecnológica os "meios de comunicação" cada vez menos se resumem apenas e só à TV

a Internet, jornais on line, os blogs, fóruns cada vez se assumem como fonte de informação
 

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lurker

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« Responder #23 em: Maio 02, 2007, 10:07:36 pm »
Citação de: "Mar Verde"
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A meu ver, a existência da RTP é um investimento na formação e informação dos cidadãos.

Essa é para mim a função da RTP: expôr os portugueses a coisas que vão além das coisas que dão mais audiência.

e porventura tem feito isso ?
no entanto continua a receber 220 milhões de euros em subsídios e acaba ro ano com prejuízo, qd os privados com ofertas que não mt distintas têm lucro sem subsidio
A meu ver tem, principalmente nos últimos anos.
Quanto à semelhança da oferta que a RTP faz comparada com a SIC e TVI.. você deve ver ainda menos televisão que eu...



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A maioria das pessoas não é fã de nada, não procura alternativas e precisa que lhas ponham à frente.

A RTP é o que impede este pais de se tornar num pais de gente embrutecida a ver noticias sensacionalistas, futebol, novelas e "big brother".

vocês têm consciência da arrogância das vossas afirmações

as pessoas são livres de ver o que bem lhe aprouver, vocês acham legitimo decidir o que é "bom" e o que é "mau", cobrar impostos para pagar a transmissão daquilo que consideram "bom" e depois ainda cobrar mais impostos para suportar a empresa pq as pessoas preferem ver outros canais, geralmente aquilo que vc consideram "mau"


Tenho consciência da arrogância das minhas afirmações sim.
Mas tenho uma grande confiança na primeira parte do que disse: a generalidade das pessoas não procura. O que não quer dizer que as pessoas sejam infinitamente susceptiveis. Mas na minha experiência, as pessoas mais depressa se aborrecem com a oferta que lhes põem à frente e deixam de ver TV ou ir ao cinema ou ouvir música do que vão à procura de alternativas.
E mesmo as que procuram, tiveram de começar nalgum lado.
A função da RTP como veiculo de amostragem nesta sociedade dominada pela TV é inestimável.

Quanto à segunda parte, tenho uma confiança razoável.
De facto, as pessoas têm o direito de ver o que bem lhes apetece.
Mas será que devemos trocar Gil Vicente pelos Morangos com Açúcar nos curriculos do secundário?
Pode parecer arrogante, mas há quem se tenha dedicado a estudar os processos de aprendizagem e formação do ser humano, de forma tão cientifica quanto é possivel estudar a mente humana, e concluiram que de facto há coisas que contribuem positivamente para a nossa formação e outras apenas servem para passarmos o tempo, sem pensar. E pensar é um hábito que se pode perder e ganhar.
Um programa como o "Um contra todos" (mesmo com o ligeiramente irritante apresentador) põe muita gente a pensar e a discutir nas respostas. Algumas até vão abrir as enciclopédias em que raramente pegavam.
A cada emissão, há portugueses que exercitaram um pouco mais o raciocinio e que ganharam um pouco de cultura geral (muito importante para compreender o mundo à nossa volta).
Por outro lado, "A Bela e o Mestre" serve mesmo para quê, além de nos rirmos de estériotipos e apreciarmos as mulheres bonitas?

De facto, a RTP tem prejuizo. Por isso é que é importante que continue a existir como empresa pública.
Se fosse possivel ter a programação da RTP com lucro, o, o Estado devia de privatizar a RTP e retirar-se do negócio da TV.
 

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Mar Verde

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« Responder #24 em: Maio 03, 2007, 07:10:26 pm »
Citação de: "lurker"
Quanto à semelhança da oferta que a RTP faz comparada com a SIC e TVI.. você deve ver ainda menos televisão que eu...

cada vez vejo menos TV generalista, mas ainda estou a par da programação


em que que o Canal 1 se distingue ? é só por ter o Prós e Contras ? (que já foi bastante melhor) ....vale a pena 220 milhões de euros ?



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Mas será que devemos trocar Gil Vicente pelos Morangos com Açúcar nos curriculos do secundário?
Pode parecer arrogante, mas há quem se tenha dedicado a estudar os processos de aprendizagem e formação do ser humano, de forma tão cientifica quanto é possivel estudar a mente humana, e concluiram que de facto há coisas que contribuem positivamente para a nossa formação e outras apenas servem para passarmos o tempo, sem pensar. E pensar é um hábito que se pode perder e ganhar.


e não é esse o papel da "escola", do ensino obrigatório ?

não é o papel da TV
 

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lurker

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« Responder #25 em: Maio 03, 2007, 08:43:50 pm »
Citação de: "Mar Verde"
em que que o Canal 1 se distingue ? é só por ter o Prós e Contras ? (que já foi bastante melhor) ....vale a pena 220 milhões de euros ?
Tanto o formato como a apresentadora do "Prós & Contras" me irritam sobejamente...
Mas sim, a RTP1 distingue-se claramente da SIC/TVI. Até podemos discutir o mérito da oferta da RTP1 mas é claramente diferente da da SIC ou TVI.
E a SIC e TVI também são distintas.

Durante a semana, de manhã e de tarde, a programação da RTP1 é essencilamente composta composta por programas na onda do "Praça da Alegria", pontuados por uma novela e alguns concursos (como o ocasionalmente irritante Preço Certo).
A SIC enche as manhãs com programação infantil (que até costumava ser boa) e as tardes com novelas.
A TVI têm um misto de programas na onda do Praça da Alegria, e novelas, intercaladas pelos últimos desenvolvimentos do reallity show que têm actualmente.
Entre a hora de jantar e a meia noite, a RTP oferece uma novela, um concurso (actualmente o Um Contra Todos) e informação/informação desportiva.
A SIC oferece 3 ou 4 novelas e TVI novelas e reallity show.


Além do mais, há uma falácia no seu argumento: os 220M de EUR são para a RTP, Radio e Televisão de Portugal: ao todom 9 canais de TV e 8 canais de rádio.
O canal RTP1 é apenas um dos elementos e é a face da tentativa de racionalizar os custos de manter a infraestrutura da RTP a funcionar.

Citar
e não é esse o papel da "escola", do ensino obrigatório ?

não é o papel da TV

A meu ver, o papel do estado na formação dos cidadãos e na divulgação de saber e cultura não termina no 9º ano.
E a TV é um mecanismo priveligiado hoje em dia de divulgação.
 

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Mar Verde

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« Responder #26 em: Maio 03, 2007, 11:25:12 pm »
Citação de: "lurker"
Durante a semana, de manhã e de tarde, a programação da RTP1 é essencilamente composta composta por programas na onda do "Praça da Alegria", pontuados por uma novela e alguns concursos (como o ocasionalmente irritante Preço Certo).
A SIC enche as manhãs com programação infantil (que até costumava ser boa) e as tardes com novelas.
A TVI têm um misto de programas na onda do Praça da Alegria, e novelas, intercaladas pelos últimos desenvolvimentos do reallity show que têm actualmente.
Entre a hora de jantar e a meia noite, a RTP oferece uma novela, um concurso (actualmente o Um Contra Todos) e informação/informação desportiva.
A SIC oferece 3 ou 4 novelas e TVI novelas e reallity show.


qual é a diferença !?

é só o " Um Contra Todos" ?

a "informação desportiva" é futebol, aquilo que criticava num post anterior



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Além do mais, há uma falácia no seu argumento: os 220M de EUR são para a RTP, Radio e Televisão de Portugal: ao todom 9 canais de TV e 8 canais de rádio.
O canal RTP1 é apenas um dos elementos e é a face da tentativa de racionalizar os custos de manter a infraestrutura da RTP a funcionar.


RTP Noticias é cabo, ou seja, não é público

RTP África é alvo de imensas criticas, não são imparciais e são instrumento de propaganda dos respectivos governos

RTP Internacional dá uma péssimas imagem do pais, grande parte dos programas são antigos e ultrapassados (deveria funcionar como a Eurorews, com os melhores programas produzidos em Portugal)

( a SIC e a SIC Noticas tb já estão disponíveis no estrangeiro)


falando de contas

nos últimos anos a RTP negociou com o governo subsídios, em 2006 apenas recebeu 220 milhões

a soma dos défices dos últimos 6 anos + o subsidio de 2006 dava para pagar os 2 submarinos da Marinha







Citar
A meu ver, o papel do estado na formação dos cidadãos e na divulgação de saber e cultura não termina no 9º ano.
E a TV é um mecanismo priveligiado hoje em dia de divulgação.



é função do "ensino obrigatório" criar as bases, depois, os cidadãos devem procurar incrementar o seu saber e cultura da maneira que bem entenderem
 

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Mar Verde

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« Responder #27 em: Maio 13, 2007, 12:00:57 pm »
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O ministro TV Guia (II)
Se algum leitor conhecer alguém que trabalhe com o Mugabe ou o Chávez mande-lhe o ‘link’ com o ‘site’ da ERC. Eles vão adorar.

Ricardo Costa

Este artigo só merece ser lido por quem gosta do jornalismo independente, que procure a verdade, que seja testado diariamente pelo mercado, que respeite a Constituição e que não tenha objectivos políticos ou ideológicos. Ou seja, o Joaquim Pina Moura não precisa de o ler. E o ministro Augusto Santos Silva pode voltar a colocar o olhar no último livro de um autor de Lovaina sobre semiótica do poder e arrumar o Diário Económico, um jornal que defende (que horror!) o mercado.

Escrevo-o, porque a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deu anteontem à estampa um extraordinário documento com o título “avaliação do pluralismo político-partidário na televisão pública”. Qualquer pessoa que tenha um neurónio liberal desconfia de um documento do Estado com um título destes. Não é preciso ter passado muito tempo a ler Orwell ou Koestler para se saber que o Estado é, por natureza, uma entidade que gosta de mandar em tudo e que sempre que o faz corre mal. Corre mal a nós, cidadãos, entenda-se.

Ora, a ERC colocou esse documento ‘on-line’ e diz “preto no branco” quantas notícias é que a RTP1, RTP 2 e RTPN devem dar sobre o governo e o PS! Sim, estão a ler bem. Se algum leitor conhecer alguém que trabalhe com o Mugabe ou o Chávez mande-lhe o ‘link’ com o ‘site’ da ERC. Eles vão adorar. E vão adorar porque a ERC defende que o Governo e o Partido Socialista devem ter, tendencialmente, 50% (cinquenta por cento) das notícias políticas dos noticiários. Ou seja, 50 por cento das notícias políticas da RTP vão ser sobre o governo e o PS, que caso não saibam, são a mesmíssima coisa.

Segundo o Diário de Notícias, o meu colega Luís Marinho, director de Informação da RTP, não se assusta com a “grelha” da ERC. Eu trabalhei vários anos com o Luís Marinho e atesto a sua independência e profissionalismo. Mas não sei com o que é que ele se assusta. Nunca fui ao cinema com ele ver o “Exorcista” ou o “Pesadelo em Elm Street IV”. Se calhar ele não se assusta com nada. Mas com isto devia assustar-se. A ERC, ou melhor o governo, está a tentar condicionar os jornalistas que trabalham para o Estado. Daqui para a frente, a “auto-censura” estará presente a cada minuto que passa na RTP.

A ERC quer levar esta grelha controleira para as televisões privadas, sob o aplauso entusiasta dos partidos. Os partidos, que são os maiores responsáveis pelo afastamento dos cidadãos da política, dos eleitores do voto e dos jovens de quase tudo! Os partidos, que se fecham sobre si mesmo, que caminham para o DIAP de braço dado com empreiteiros, que destroem o ordenamento do território em quase todas as Câmaras do país! Os partidos, que sempre que tentaram dominar projectos jornalísticos os conduziram à banca rota! Os partidos, agora, querem mandar nas redacções das televisões!

E querem mandar assim: o PS e o Governo ficam com 50%, a oposição parlamentar com 48% e a não parlamentar com 2%. Tudo isto é demasiado estúpido para merecer ser criticado. O PPM e o MPT que entraram no Parlamento numa decisão irracional de Pedro Santana Lopes estão incluídos na oposição parlamentar! E os Verdes, uma invenção do PCP, idem. Se esta grelha existisse em 1985 o PRD de Eanes não tinha tido notícias nas televisões. E em 1999 o novato Bloco de Esquerda também não cabia nos noticiários.

Tudo isto é estúpido e criminoso. E tudo isto parte de um ministro que não é uma coisa nem outra. Augusto Santos Silva é um ministro perigoso porque tem medo da comunicação social livre. Porque pensa que regular é mandar e condicionar. Porque, no fundo, ainda não aprendeu a viver em liberdade. Eu é que não sei viver de outra maneira. E garanto-lhe, senhor ministro, nunca acatarei uma grelha da sua ERC.
____

Ricardo Costa, Director da Sic Notícias
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 91455.html
 

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14_NS_88

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« Responder #28 em: Maio 13, 2007, 03:13:04 pm »
Na minha opinião, não deve ser privatizada.
Basta ver as diferenças na programação entre a RTP e os canais de televisão privados. Eu não vejo a RTP a transmitir programas do género "A Bela e o Mestre", "Big Brother", etc. Nem vejo a TVI ou a SIC a transmitirem programas minimamente sérios tipo "Prós e Contras", etc.

Acho que a RTP devia ser vista como o Serviço Nacional de Saúde, o objectivo deveria  ser prestar um serviço de qualidade à população, os lucros são algo secundário (ou deveriam ser).

E além disso, como disse o comanche, ter uma televisão estatal é uma forma de afirmar e defender a nossa soberania.

Sugestão: Não sei se ainda é possivel, mas que tal criar uma votação neste tópico?
 

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comanche

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« Responder #29 em: Maio 13, 2007, 05:16:29 pm »
Portas abandona nuclear e quer um só canal público de TV


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O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, trocou no sábado a energia nuclear, uma bandeira do seu antecessor, Ribeiro e Castro, pela apologia das energias renováveis e defendeu que deve haver apenas um canal público de televisão.
Na apresentação da moção de estratégia global que defenderá no congresso do CDS-PP, no bar BBC, em Belém, perante uma plateia de militantes da Juventude Popular (JP), Paulo Portas apontou o ambiente como uma das futuras causas do partido.

«No último governo de que o CDS fez parte nós pedimos, e não foi fácil de obter, a pasta do ambiente, e marcámos nessa pasta», sustentou, acrescentando que «a defesa do ambiente e do desenvolvimento sustentável não é uma causa de esquerda».

Sobre o nuclear, o novo presidente do CDS-PP considerou que «há 40 anos poderia ter sido uma solução interessante», mas não «agora, quando o mundo está preparado para se libertar dessa opções e encontrar formas mais seguras».

«Não havendo soluções para as questões da segurança e para o tratamento dos resíduos, não me parece prudente seguir por esse caminho», reforçou Paulo Portas.

«Defenderei as alternativas ao nuclear e não o nuclear: São as centrais hidroeléctricas, temos uma embaraçada em Bruxelas e devíamos ter mais duas para além dessa, são as energias renováveis, a solar, a eólica, a biomassa. É por aí que o futuro se constrói», declarou.

Quanto à comunicação social, Paulo Portas defendeu que deve haver «um canal público e dois canais privados», argumentando que o canal público assegura uma escolha «entre modelos diferentes» e que deve «manter uma linha de equilíbrio».

«Não quero só televisões privadas, com o único objectivo de conseguir sempre mais audiências, mais audiências, mais audiências. Há qualquer coisa mais numa sociedade», disse, sem contudo justificar a redução do número de canais públicos de dois para um.

O governo não deve querer «meter a mão» nos dois canais privados, frisou Paulo Portas.

O Congresso do CDS-PP realiza-se em Torres Novas, de 18 a 20 de Maio.




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