Iraque a ferro e fogo

  • 1459 Respostas
  • 376454 Visualizações
*

komet

  • Investigador
  • *****
  • 1662
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #510 em: Outubro 24, 2004, 12:57:40 pm »
Não tinham armas melhorzinhas?  :twisted:
"History is always written by who wins the war..."
 

*

JLRC

  • Investigador
  • *****
  • 2505
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +4/-85
(sem assunto)
« Responder #511 em: Novembro 04, 2004, 03:29:10 pm »
Hungary to Withdraw Troops from Iraq by End of March  
 
 
(Source: Voice of America news; issued Nov. 3, 2004)
 
 
 Hungary says it will withdraw its 300 troops from Iraq by the end of March, 2005.  
 
Prime Minister Ferenc Gyurcsany said the Hungarian contingent will stay until elections are held in Iraq. He said it was not possible, however, for the troops to remain in the war-torn country past the March pull-out date. His comments came at a ceremony in Budapest marking the end of the military draft in Hungary.  
 
Polls show most Hungarians oppose the troop presence in Iraq.  
 
The current mandate of the Hungarian units in Iraq expires at the end of the year. But Hungarian officials expressed confidence lawmakers will extend the term for three months.  
 
In an interview last month, Mr. Gyurcsany said Hungary would wait until after the U.S. presidential election to make a decision on whether to keep the troops in Iraq.  
 
-ends-
 

*

JLRC

  • Investigador
  • *****
  • 2505
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +4/-85
(sem assunto)
« Responder #512 em: Dezembro 10, 2004, 07:21:52 pm »
Shortage of Vehicle Armor Becomes Issue for US Soldiers in Iraq  
 
 
(Source: Voice of America news; issued Dec. 9, 2004)
 
 
 WASHINGTON --- Bush administration officials continue to react to a complaint from an American soldier headed for Iraq that U.S. forces deployed for battle there are not getting the vehicle armor they need to protect themselves from attacks. The issue came up during a visit to the troops in Kuwait by Defense Secretary Donald Rumsfeld Wednesday and continues to reverberate around Washington.  
 
A U.S. military commander in Kuwait says soldiers headed for Iraq still do not have all the armor they need to protect their vehicles from explosives and mortar shells being fired at them by Iraqi insurgents on a daily basis.  
 
A day after Defense Secretary Donald Rumsfeld was questioned about the shortages by a soldier who will soon be deployed to Iraq, Army Lieutenant General Steve Whitcomb told reporters about 2,000 more fully armored Humvees are still needed. "Our goal and what we're working towards is that no wheeled vehicle that leaves Kuwait going into Iraq is driven by a solder that does not have some level of armored protection on it," he said.  
 
The Kuwait-based general took questions from reporters at the Pentagon following Wednesday's pointed exchange between Secretary Rumsfeld and Specialist Thomas Wilson, one of several thousand soldiers headed for battle. "Why do we soldiers have to dig through local landfills for pieces of scrap metal and compromised ballistic glass to up-arm our vehicles and why don't we have those resources readily available to us?"  
 
The question drew cheers and applause from fellow soldiers and criticism, including from lawmakers on Capitol Hill, over the way Secretary Rumsfeld responded. "It's a matter of production and capability of doing it. As you know, you go to war with the army you have, not the army you might want or wish to have at a later time," he said.  
 
Secretary Rumsfeld said he expects the army to do its best to provide the badly needed armor to protect against the insurgency, the strength of which he admits was underestimated.  
 
At the White House President Bush told reporters the concerns of soldiers heading into battle are being addressed. "We expect our troops to have the best possible equipment. And if I were a soldier overseas wanting to defend my country, I would want to ask the Secretary of Defense the same question," he said.  
 
But critics of the Bush administration's handling of the Iraq war see the shortage of armored vehicles as an indication that the Pentagon failed to plan adequately for the aftermath of the fall of Saddam Hussein.

- ends -
 

*

JLRC

  • Investigador
  • *****
  • 2505
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +4/-85
(sem assunto)
« Responder #513 em: Dezembro 10, 2004, 07:22:27 pm »
Pentagon Installing Additional Armor on Vehicles in Iraq  
 
 
(Source: Voice of America news; issued Dec. 9, 2004)
 
 
 The Pentagon says it has a well planned schedule to improve the armor of military vehicles in Iraq.  
 
In a briefing Thursday, Lieutenant General Steven Whitcomb said the military had enough resources and was installing additional armor on military vehicles already in Iraq and Kuwait.  
 
He acknowledged, however, the increased armor would not protect troops from improvised explosive devices detonated from underneath the vehicles.  
 
General Whitcomb stressed that increasing the armor on vehicles is just one part of the Army's strategy to protect troops. He said a high priority is finding and stopping the insurgents from building the explosive devices.  
 
The briefing comes one day after Defense Secretary Donald Rumsfeld, visiting troops in Kuwait, was asked by service members why their vehicles were not adequately protected.  
 
-ends-
 

*

Normando

  • Perito
  • **
  • 339
  • +0/-0
Feridos em acção Iraque & Afeganistão
« Responder #514 em: Dezembro 25, 2004, 01:27:06 am »
Escreve-se aqui tanto sobre armas, dispositivos improvisados e sistemas de armamento imensamente devastadoras e letais. Também discute-se a eficácia da protecção conferida pelos veículos usados pelos soldados da coligação. Pois bem, eu proponho que sigam o link e leiam as palavras de quem sofreu na carne os efeitos da guerra (neste caso, soldados dos EUA a recuperar dos ferimentos no centro médico Walter Reed).

http://www.thememoryhole.org/war/wounded/

O link seguinte é para um foto-ensaio de médicos norte-americanos apresentado no New England Journal of Medicine (vejam o "slide presentation). Tem imagens um bocado fortes.

http://content.nejm.org/cgi/content/full/351/24/2476
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

*

komet

  • Investigador
  • *****
  • 1662
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #515 em: Dezembro 25, 2004, 02:12:32 am »
É sempre bom lembrar isso Normando,  falando por mim, tenho sempre isso em mente  :wink:
"History is always written by who wins the war..."
 

*

Paisano

  • Especialista
  • ****
  • 901
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-0
    • http://defesabrasil.com/forum
(sem assunto)
« Responder #516 em: Janeiro 08, 2005, 10:21:17 pm »
EUA reenviam ao Iraque soldados mutilados

Fonte: O Globo

Citar
WASHINGTON. Não tem uma perna? Falta-lhe um braço? É cego de um olho? Isto não é problema para o Pentágono. Ainda que um soldado tenha sofrido danos como estes no Iraque, ele pode voltar para lá depois de uma temporada de recuperação num centro médico nos EUA. Pelos cálculos do Exército, pouco mais de 900 dos 10.252 feridos no Iraque até o momento — e que perderam até 30% de sua capacidade física (paralisia, perda de um membro ou de um olho) — estão aptos a voltar à ativa, inclusive no Iraque.

— Na nossa opinião, uma vez que um sujeito se transforma em soldado será sempre um soldado. E o Exército está buscando maneiras de manter esses feridos na ativa, em vez de aposentá-los sob o ponto de vista médico — disse o tenente-general Franklin L. Hagenbeck, vice-chefe de pessoal do Exército.

Capitão diz que levará uma perna mecânica extra

Aproximadamente 3% dos militares feridos em ação no Iraque sofrem amputações. É o dobro do índice registrado na Segunda Guerra Mundial. A maioria é tratada no Centro Médico do Exército Walter Reed, em Washington, onde representantes do Sistema de Apoio a Soldados Incapacitados — entidade conhecida como DS3, criada em abril — os visitam para saber quem está disposto a voltar à ativa.

O capitão David Rozelle, de 31 anos, é um dos que optaram por voltar à linha de frente em vez de passar para a reserva. Uma mina anti-tanque destruiu o pé direito e parte da perna. Depois de receber uma perna mecânica e passar nove meses em recuperação — fez natação, levantamento de pesos e se habituou a correr com a perna artificial — ele está prestes a embarcar para comandar no Iraque o Terceiro Regimento da Cavalaria Mecanizada.

— Vou levar uma perna adicional comigo para a guerra. E se precisar de outra mandarei um e-mail para meu médico solicitando outra — disse ele, bem humorado.

Também sem uma perna, o cabo Garth Stewart, de 23 anos, contou que vai operar um morteiro:

— Tenho dificuldades para correr longas distâncias. Por isso vou passar a operar uma arma grande, em pontos fixos.

A reciclagem de militares feridos é uma nova política informal do Exército, que nada comenta sobre a dificuldade de recrutar soldados para enviar ao Iraque. Ainda não há regras escritas: a volta à ativa é apresentada a eles como opção. Mas a perspectiva é de que essa iniciativa se torne praxe. O próprio presidente George W. Bush, ao visitar recentemente soldados que sofreram amputação, disse a eles:

— Quando falamos sobre baixas forçadas por questões médicas estamos falando sobre uma outra era e um outro tipo de militar. Esta é uma nova era e este é um novo Exército. Hoje, se soldados feridos querem permanecer nas fileiras e são capazes de realizar o serviço, nós os ajudamos a permanecer.

Bush reconheceu ontem que a rebelião em áreas sunitas no Iraque pode atrapalhar as eleições do próximo dia 30. Mas insistiu na realização do pleito.

— Quatro das 18 províncias (onde há rebelião) são lugares onde terroristas estão tentando impedir a votação — disse.

O presidente citou dados revelados quinta-feira pelo comandante das tropas em terra no Iraque, o tenente-general Thomas Metz, segundo os quais mais de um terço do território iraquiano é área de risco. Bush também discordou da afirmação do ex-assessor de Segurança Nacional Brent Scowcroft de que as eleições, em vez de ajudarem a reconciliar etnias, religiões e tribos iraquianas, poderão aprofundar os conflitos.

O presidente Jacques Chirac pediu ontem que jornalistas franceses não viajem mais para o Iraque.
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
_________________
Volta Redonda
_________________
 

*

Miguel

  • Investigador
  • *****
  • 2497
  • Recebeu: 51 vez(es)
  • Enviou: 8 vez(es)
  • +462/-588
(sem assunto)
« Responder #517 em: Janeiro 08, 2005, 10:55:44 pm »
:evil:

Seria melhor para eles restabelecer o serviço miltar obrigatorio, porque pelo que vejo estão la por muitos anos(Vietnamização do conflito).
 

*

Paisano

  • Especialista
  • ****
  • 901
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-0
    • http://defesabrasil.com/forum
(sem assunto)
« Responder #518 em: Janeiro 21, 2005, 04:54:03 pm »
Construtora tira brasileiros do Iraque após seqüestro

Fonte: www.defesanet.com.br

Citar
Engenheiro da Odebrecht pode ter sido levado por criminosos comuns

Um dia depois do desaparecimento de um de seus funcionários, a construtora Norberto Odebrecht decidiu ontem retirar todos os brasileiros do Iraque e levá-los para a Jordânia. Mesmo sem notícias do brasileiro desaparecido (a empresa não revela seu nome por questões de segurança), cresceu a hipótese de que ele tenha sido seqüestrado por criminosos comuns, em um incidente sem conotação política.

- Na área em que a Odebrecht opera no Iraque não houve um grande número de ataques de rebeldes - afirmou o diplomata Paulo Joppert, encarregado do departamento que cuida do Iraque na embaixada do Brasil na Jordânia.

Aparentemente, o brasileiro foi seqüestrado durante uma emboscada em que morreram um britânico e um iraquiano da empresa de segurança britânica Janusian Security Risk Management. O incidente ocorreu na manhã de quarta-feira em Baiji, 250 quilômetros ao norte de Bagdá. Ontem, o grupo radical islâmico Ansar al-Sunna, vinculado à Al-Qaeda, assumiu a responsabilidade por um ataque em Baiji em um comunicado na Internet, mas não fez menção ao brasileiro.

Após tentar sem sucesso obter mais informações sobre o episódio, o Itamaraty repassou à Odebrecht a responsabilidade de apurar o paradeiro de seu funcionário. O argumento é de que seria mais fácil e prático o contato direto entre a empresa e o governo local do que a intermediação diplomática desde a Jordânia (o governo brasileiro espera a diminuição da violência para reativar sua embaixada no Iraque).

Desaparecido seria carioca

Antes que fosse desautorizado a falar sobre o caso pelo Itamaraty, Joppert disse que, no caso de o brasileiro ter sido seqüestrado por terroristas, pouco importará o fato de o Brasil ter sido contra a invasão americana do Iraque:

- A experiência recente mostra que os terroristas não cedem apenas por isso.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, acrescentou que o governo não tem condições de assegurar a proteção aos brasileiros que vivem no Iraque.

- É um local extremamente complexo, um lugar de altíssimo risco e, como governo, não temos nenhuma maneira de dar proteção. As pessoas que estão lá estão conscientes disso. Mas tenho a esperança que isso se resolva - disse Amorim.

O responsável pelas operações da Odebrecht no Iraque, Glaiber Faria, afirmou que "os cinco ou seis" funcionários da empresa serão levados para a Jordânia até seja revisto o esquema de segurança. Outro funcionário da empresa, que não quis se identificar, disse que o brasileiro desaparecido é um engenheiro carioca. A exigência de não divulgar o nome do seqüestrado estaria sendo feita pela seguradora, para não criar problemas em futuras negociações.

A única informação confirmada pela construtora é de que ele trabalhava havia cerca de um ano nas obras de reforma de uma usina termelétrica em Baiji. Na noite de ontem, a Odebrecht divulgou nota pedindo "compreensão em relação aos aspectos de segurança que limitam a disponibilidade de informações". O comunicado também informou que "não houve desdobramentos do fato" ontem.

Odebrecht foi subcontratada por empresa dos EUA

Como é de conhecimento público que a reconstrução do Iraque depois da guerra caberia a empresas de países que apoiaram a invasão americana, foi surpresa para muitos brasileiros a atuação da Odebrecht em território iraquiano. Conforme fontes do mercado e ligadas ao grupo, a empresa contratada para a reforma de uma usina termelétrica em Baiji é uma subsidiária do grupo brasileiro sediada em Miami, subcontratada pela americana Bechtel, uma das maiores construtoras do mundo - faturamento de US$ 16,3 bilhões em 2003 -, com sede em San Francisco.

Embora tenham circulado rumores sobre a atuação de outras empreiteiras brasileiras no Iraque, uma das mais citadas, a Camargo Corrêa, assegurou ontem que não está nem nunca esteve envolvida em obras no país. Conforme Michel Alaby, diretor de comércio exterior da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, como as atividades econômicas do Iraque ainda estão longe da normalidade, os negócios com o país são feitos por meio de três países da região - Jordânia, Síria e Emirados Árabes Unidos. Alaby, que retornou ontem ao Brasil vindo da Jordânia, disse não ter informações sobre outras empresas nacionais em atividade no Iraque. Na avaliação de especialistas do mercado, a remuneração elevada faz empresas e funcionários aceitarem o grande risco das atividades.

Conforme o Itamaraty, a embaixada brasileira em Bagdá teve redução de status desde a Guerra do Golfo, em 1990. Sem diplomatas nem funcionários do quadro do Ministério de Relações Exteriores, o país só mantém um contratado, o libanês naturalizado brasileiro Awny al-Dairy, para tomar conta do patrimônio e dos arquivos da embaixada.

Década de 80 marcou auge dos negócios Brasil-Iraque

Awny, a mulher e os dois filhos são os únicos brasileiros que permanecem no país oficialmente. Isso não significa que as relações diplomáticas entre os países tenham sido rompidas. Os funcionários da Odebrecht não constavam dos registros do Itamaraty, o que não constitui irregularidade.

Glaiber Faria, responsável pela operação da Odebrecht no Iraque, é um brasileiro com experiência no país. Comandou durante as décadas de 70 e 80 os negócios iraquianos da Mendes Júnior. Conforme fontes ligadas à empresa, a Mendes Júnior chegou a ter 30 mil funcionários no país, que trabalharam principalmente na abertura de ferrovias e rodovias. Faz parte do folclore da companhia a exigência do ex-presidente Saddam Hussein de que a pavimentação das estradas fosse semelhante à das européias, que não acumula água - uma excentricidade e tanto em um país onde chove pouco. No entanto, um contrato que envolveu o governo iraquiano, a construtora e o Banco do Brasil até hoje está em disputa judicial - em Nova York.

A década de 80 marcou o auge dos negócios entre Brasil e Iraque. Fernando Siqueira, diretor da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), lembra que, no final dos anos 70, a estatal brasileira descobriu petróleo em uma área já explorada por outras empresas - o campo de Majnoon, ao norte de Basra. Em troca das elevadas compras de óleo bruto, o Brasil exportou mais de 100 mil automóveis Passat entre 1983 e 1988, todos quatro portas - conhecidos no Iraque como Brazilis.
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
_________________
Volta Redonda
_________________
 

*

Paisano

  • Especialista
  • ****
  • 901
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-0
    • http://defesabrasil.com/forum
(sem assunto)
« Responder #519 em: Janeiro 26, 2005, 06:39:04 pm »
Acidente com helicóptero americano no Iraque deixa 31 mortos, diz CNN

Fonte: Folha de São Paulo
 
Citar
Um helicóptero que carregava marines [fuzileiros navais] americanos a oeste do Iraque caiu no deserto, segundo informações do Exército dos Estados Unidos. A rede de TV americana CNN informou a morte de 31 soldados, citando fontes militares, mas ainda não há confirmação oficial.

Se confirmado, este será o mais mortífero acidente com forças norte-americanas no Iraque.

Uma fonte do Pentágono, citada pela agência de notícias Associated Press, disse que o helicóptero era um CH-53 Sea Stallion, que pode transportar, normalmente, 37 passageiros. Não há informações sobre quantas pessoas estavam dentro da aeronave.

O helicóptero caiu à 1h20 [6h20 de Brasília] na cidade de Rutbah, que fica a 354 km a oeste da capital Bagdá, durante operações de segurança na região. A aeronave transportava militares da 1º Divisão Marine.

Uma equipe de resgate está no local e militares já iniciaram uma investigação para determinar as causas do acidente.

O Exército americano perdeu ao menos 33 helicópteros desde março de 2003, quando o Iraque foi invadido, segundo um estudo do Instituto Brookings. Ao menos 20 deles foram abatidos por rebeldes, segundo a pesquisa.

O mais mortífero acidente envolvendo helicópteros e soldados americanos aconteceu em 15 de novembro de 2003, na cidade de Mossul, quando dois helicópteros Black Hawk colidiram ao tentar escapar de disparos de insurgentes. O choque deixou 17 soldados mortos e feriu cinco.

Ainda em novembro de 2003, um helicóptero de carga foi abatido por míssil perto de Fallujah, a oeste da capital, matando 16 soldados americanos e ferindo 26.
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
_________________
Volta Redonda
_________________
 

*

Paisano

  • Especialista
  • ****
  • 901
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-0
    • http://defesabrasil.com/forum
(sem assunto)
« Responder #520 em: Fevereiro 22, 2005, 01:28:15 pm »
Jovens americanos fogem do recrutamento militar

Fonte: Tribuna da Imprensa

Citar
WASHINGTON - As dificuldades de recrutamento no exército dos Estados Unidos aumentam, entre outras razões, devido ao prolongamento da ocupação no Iraque, informou ontem o "Washington Post". Segundo dados do próprio exército e declarações de oficiais militares citados pelo jornal, os objetivos de alistamento deste ano podem correr sério risco. Para fazer frente à redução do número de soldados na ativa, o exército cortou praticamente pela metade o período de treinamento entre o dia em que o novo recruta assina seu contrato e o que é considerado preparado para entrar em ação.

Segundo o "Post", uma das prioridades consiste em aumentar o número das brigadas de combate necessárias para o cronograma de rodízio no Iraque e fazer frente a novas contingências. Os oficiais citados pelo jornal asseguram que há sinais preocupantes no sentido de que os jovens e seus pais são mais cautelosos ante a possibilidade do alistamento voluntário.

O chefe de pessoal do exército, o general Franklin Hagenbeck, assegura que cada vez são mais freqüentes as respostas de que tem que esperar para ver como evoluem as coisas no Iraque. Outras fontes citadas pelo jornal concordam em que será difícil conseguir as metas de recrutamento fixadas para este ano, mas asseguram que ainda não há uma crise neste sentido.

O secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, assegurou no último dia 7 que não se pode falar de uma situação crítica e expressou sua confiança em que o aumento de incentivos, sobretudo econômicos, possa atrair mais militares e reter os que já estão alistados.

A maioria das unidades na ativa do exército e a Infantaria da Marinha passaram um ano no Iraque e algumas inclusive foram destacadas ali duas vezes. Diante da escassez de soldados na ativa, quase 48% das forças do exército que operam no Iraque e Afeganistão estão compostas por efetivos da Guarda Nacional e da Reserva.

As perdas de soldados que deixam o exército quando seu contrato termina se limitaram graças a uma norma que os obriga a continuar no serviço se suas unidades estão perto da data de serem desdobradas. Além disso, aumentaram as gratificações, com bônus de até US$ 10 mil.

Ataques

Três soldados norte-americanos morreram e oito ficaram feridos ontem em um ataque da insurgência no Sul de Bagdá, informou um comunicado do comando militar norte-americano. Segundo o comunicado, o ataque ocorreu na zona de Ad Dora, quando uma bomba explodiu ante a passagem de um veículo com militares que transportava um companheiro ferido em um acidente de trânsito.

Várias testemunhas disseram que a explosão aconteceu por volta das 8h em uma estrada de Ad Dora, e destruiu parcialmente dois veículos militares. De acordo com fontes militares, os insurgentes também atiraram contra o helicóptero de resgate norte-americano que tentou retirar as vítimas do local do ataque, o que não conseguiu.

Os corpos sem vida de oito caminhoneiros iraquianos que tinham sido dados por desaparecidos eram enquanto isso encontrados no leito do rio Tigre, em uma zona ao sul de Bagdá, informaram fontes policiais.

Nenhum dos grupos insurgentes do Iraque se responsabilizou até o momento pelo seqüestro e assassinato dos motoristas.

Fontes policiais informaram, além disso, que outro motorista foi baleado por um grupo de pistoleiros perto da cidade de Baquba, cerca de 65 quilômetros ao Norte de Bagdá. Na mesma área, um grupo de insurgentes queimou três caminhões que transportavam alimentos e outros materiais com destino às forças norte-americanas no Iraque.
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
_________________
Volta Redonda
_________________
 

*

Janus

  • 112
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #521 em: Fevereiro 22, 2005, 04:02:59 pm »
Obrigado pelo post, Paisano.  Depois de ter lido a notícia do Washington Post a que este artigo se refere (http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A40469-2005Feb20_2.html), reparei que o artigo da Tribuna da Imprensa tinha alguns erros.  Por exemplo, naquele artigo lê-se o seguinte:

Citar
Para fazer frente à redução do número de soldados na ativa, o exército cortou praticamente pela metade o período de treinamento entre o dia em que o novo recruta assina seu contrato e o que é considerado preparado para entrar em ação.

Na verdade, o artigo do Post indica que o exército cortou pela metade o número de dias entre o dia em que o novo recruta assina o seu contrato e o dia em que começa o treinamento básico (boot camp), o que é uma coisa completamente diferente do dia “em que é considerado preparado para entrar em acção.”  Nada indica que o treinamento em si foi reduzido.  Leiam o original em Inglês:

Citar
Meanwhile, the Army is rushing incoming recruits into training as quickly as it can. Compared with last year, it has cut by 50 percent the average number of days between the time a recruit signs up and enters boot camp. It is adding more than 800 active-duty recruiters to the 5,201 who were on the job last year, as attracting each enlistee requires more effort and monetary incentives.

O artigo da Tribuna também diz que:

Citar
Diante da escassez de soldados na ativa, quase 48% das forças do exército que operam no Iraque e Afeganistão estão compostas por efetivos da Guarda Nacional e da Reserva.

Não é bem assim.  Em primeiro lugar, o número “48%” não aparece no artigo do Post.  E o Post não indica que há uma “escassez” de soldados na ativa; o que diz é o seguinte:

Citar
Because the Army is the main U.S. military ground force, its ability to draw recruits is critical to the nation's preparedness to fight current and future wars. The Army can sustain its ranks through retaining more experienced soldiers -- and indeed retention in 2004 was 107 percent -- but if too few young recruits sign up, the force will begin to age. Moreover, higher retention in the active-duty Army translates into a dwindling stream of recruits for the already troubled Army Guard and Reserve.

Isto quer dizer que o exército tem conseguido reter praticamente todos os seus soldados; a preocupação é em recrutar soldados novos (o que é uma preocupação maior para a reserva do que para a ativa).  Mas mesmo aí o problema está a ser exagerado.  O artigo do Post indica que desde Outubro 2004 (o começo do ano fiscal 2005), o exército recrutou mais de 22 mil soldados, excedendo a sua meta por mais de 100:

Citar
Army officials say the challenge is not yet a crisis. As of Jan. 31, the Army tallied 22,246 active-duty recruits for fiscal 2005, exceeding the year-to-date mission by more than 100.

Isto indica que na realidade, desde o princípio do ano, o recrutamento tem acelerado; o problema que o artigo do Post aponta no seu segundo parágrafo é que pela primeira vez desde 2001, o recrutamento na sua média para o ano fiscal de 2005 (Outubro 2004 até o presente) está a 18.4%, quando a meta é de 25%.


Citar
For the first time since 2001, the Army began the fiscal year in October with only 18.4 percent of the year's target of 80,000 active-duty recruits already in the pipeline. That amounts to less than half of last year's figure and falls well below the Army's goal of 25 percent.

É verdade que o exército americano de hoje em dia tem 300 mil menos soldados do que em 1991, mas isto não é por falta de voluntários, mas sim é consequência de um limite imposto pelo congresso americano.  

O artigo do Post não indica que menos pessoas estão interessadas em entrar em contacto com as centrais de recrutamento, mas sim que estão a demorar um pouco mais que nos últimos quatro anos a concretizarem a sua decisão de assinarem o contracto:  querem falar pessoalmente com os “recrutadores,” e esperam e reflectem um pouco mais antes de se decidirem.  Vejam:

Citar
"The youngsters that are joining us are spending more time with the recruiters before they raise their right hand," [Lt. Gen. Hagenbeck] said. Today, most prospective enlistees contact the Army via the Internet, he said, asking numerous questions that require more recruiters to answer online and follow up with phone calls.

But few candidates will join up before meeting a recruiter in person and spending significant amounts of time with one, he said. "They ultimately want to see a soldier, a recruiter, and talk to them eyeball to eyeball," he said. As a result, "the recruiter who could go out and recruit two people this week might be consumed with recruiting that one."


Não me parece que mais jovens americanos estejam a “fugir” do serviço militar hoje do que anteriormente, mas sim que estão a reflectir mais seriamente antes de decidirem vestir a farda. No fim, estes recrutas talvez serão ainda mais dedicados à sua nova profissão do que aqueles que tomam uma decisão impulsiva.  Mas também é verdade que se o exército continuar a recrutar pessoal com menos rapidez que nos últimos quatro anos, eventualmente não conseguirão subsituir imediatamente, um por um, os soldados que se aposentam ou deixam a ativa.
 

*

Ricardo Nunes

  • Investigador
  • *****
  • 1256
  • Recebeu: 4 vez(es)
  • Enviou: 5 vez(es)
  • +3/-0
    • http://www.falcoes.net/9gs
(sem assunto)
« Responder #522 em: Fevereiro 22, 2005, 05:55:33 pm »
Aplaudo a sua resposta Janus.

Aqui está mais uma prova que por vezes aquilo que se lê é claramente manipulado e nem sempre corresponde à verdade. Tanto de um lado como de outro.

Cumprimentos,
Ricardo Nunes
www.forum9gs.net
 

*

Paisano

  • Especialista
  • ****
  • 901
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-0
    • http://defesabrasil.com/forum
(sem assunto)
« Responder #523 em: Fevereiro 22, 2005, 11:44:04 pm »
GNR prepara regresso

Fonte: www.defesanet.com.br

Citar
Iraque - norte-americanos elogiam portugueses

Lisboa--22 Fevereiro 2005  - Um oficial superior da GNR ( Guarda Nacional Republicana)voou ontem para a Roménia a fim de participar numa reunião de chefes das forças internacionais que operam no Iraque. Apesar do secretismo de que a agenda do MSTCI (Comando de Segurança Multinacional para a Transição no Iraque) está rodeada, o Correio da Manhã apurou que a presença do militar em Bucareste foi requerida por via da importância que as chefias militares americanas atribuem ao desempenho na GNR no Iraque.

Na reunião estarão chefes militares dos diversos países da coligação, liderados por generais americanos do CentCom(ver apoios). Forte receptividade junto das populações, baixas zero e moral elevado são atributos que os americanos reconheceram aos homens da GNR.

A participação desta força portuguesa na preparação das forças de segurança iraquianas ou a eventual operação junto à capital iraquiana conjugada com forças norte-americanas são hipóteses cada vez com mais força.

Um estudo detalhado da missão desempenhada pelos portugueses está agora a ser compilado por militares do CentCom.

Para alguns chefes militares norte-americanos, a fórmula portuguesa aplicada no Iraque é a ideal. Quer no número de homens, na distribuição por subunidades e até no tipo de equipamento escolhido. Tudo está a ser estudado. O mito de "Timor" parece agora ultrapassado. Uma fonte próxima do Comando-Geral da GNR afirmou ao CM que "a missão em Nassíria vem provar que não foi apenas a sorte conjugada com algum saudosismo que fizeram o sucesso da nossa missão em Timor".

Desde Novembro do ano passado que os norte-americanos revelam interesse pelos métodos utilizados pela GNR na sua actuação entre os rios Tigre e o Eufrates.

O bom senso, os conhecimentos militares aprendidos noutras frentes e a adaptação à realidade são os ingredientes. Tudo regado com disciplina e simpatia à portuguesa parece ser a receita para o bom desempenho dos militares da GNR.

O tempo de melhor rendimento dos militares em missão é de quatro meses. E a GNR fez as suas rotações a de acordo com esse ritmo, ao longo de vinte dias de cada vez - o que permitia a transmissão de conhecimentos dos militares que partiam para os que acabavam de chegar.

Já em Novembro foi requerido ao então primeiro-ministro português, Pedro Santana Lopes, que a GNR participasse na formação das forças políciais iraquianas.

O CM apurou ainda que a GNR já tem parte do material didáctico a postos, assim como formadores, caso haja uma eventual decisão nesse sentido tomada pelo novo primeiro-ministro, eleito ontem, José Sócrates.

Para já, encontram-se em regime de prontidão 127 militares portugueses, caso seja necessário fazer regressar a força para o território da antiga Babilónia.

SEGREDOS DE UMA MISSÃO DE SUCESSO

O Subagrupamento Alfa fez rotações de quatro em quatro meses. E logo, então, despertou o interesse militar internacional. As rotações foram feitas ao longo de vinte dias.

Os que ficavam adquiriam conhecimento no terreno com quem partia. Uma boa relação com as populações é vital a qualquer exército estrangeiro. A GNR fez chegar mantimentos às populações carenciadas. A relação foi tão positiva que há relatos de bandeiras portuguesas nos carros terem contribuído para evitar confrontos. Ao ponto de o comando militar italiano solicitar que as viaturas portuguesas não as ostentassem... No teatro de operações, os italianos tiveram 19 baixas. A GNR zero. Italianos e romenos nem inglês quiseram aprender. Os oficiais da GNR dominam inglês e muitos operacionais da força regressaram a saber frases na língua local. As viaturas blindadas, que a GNR adquiriu no estrangeiro (Protetto), foram reforçadas com adaptações, algumas a partir de material retirado dos chaimites, como a protecção do atirador. Na retaguarda, as famílias foram consideradas factor de grande valor estratégico para a moral dos militares - existindo uma comissão de acompanhamento com dois capitães, duas assistentes sociais, uma psicóloga e um padre.

MISSÃO

CENTCOM

O Centro de Controlo e Comando Operacional das forças armadas norte-americana está instalado na base de Tampa, no Estado da Florida. As unidades integradas na coligação presente no Iraque são coordenadas pelo destacamento do CentCom em Doha, Qatar

QUATRO FERIDOS

A GNR embarcou a 12 de Novembro de 2003 para o Iraque, integrando a unidade italiana MSU, que é controlada pelo comando da divisão britânica (MND). Foram 420 os militares envolvidos e apenas quatro ficaram feridos sem gravidade. A GNR desempenhou missões de ordem pública e inactivação de explosivos, entre outras.
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
_________________
Volta Redonda
_________________
 

*

Paisano

  • Especialista
  • ****
  • 901
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-0
    • http://defesabrasil.com/forum
(sem assunto)
« Responder #524 em: Fevereiro 24, 2005, 03:31:10 am »
Citação de: "Ricardo Nunes"
Aplaudo a sua resposta Janus.

Aqui está mais uma prova que por vezes aquilo que se lê é claramente manipulado e nem sempre corresponde à verdade. Tanto de um lado como de outro.

Cumprimentos,

Prezado Ricardo Nunes, o texto do Janus é bem claro ao dizer:

Citação de: "Janus"
Depois de ter lido a notícia do Washington Post a que este artigo se refere (http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/ar ... b20_2.html), reparei que o artigo da Tribuna da Imprensa tinha alguns erros.


Ou seja, o Janus firma que o artigo da Tribuna da Imprensa possuia alguns erros e não que era manipulado.

Além do mais, como já escrevi em um outro tópico: Sou leitor da Tribuna da Imprensa desde 1977 e jamais li um artigo ou reportagem desse jornal em que houvesse qualquer tipo de manipulação.

Um abraço.
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
_________________
Volta Redonda
_________________