Rangers, Comandos, Paras, etc

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Lightning

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« Responder #450 em: Janeiro 06, 2009, 07:40:10 pm »
E agora é os Pára-quedistas :lol:
 

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Portucale

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« Responder #451 em: Janeiro 06, 2009, 11:08:30 pm »
Excelentes informações lightning....... :)

Tenho uma dúvida, quais são as companhias de cada um dos batalhões para-quedistas?
As do 1ºbatalhão começam por 1 e as do 2ºbatalhão por 2?
Eis aqui
quase cume da cabeça da Europa toda
O Reino Lusitano
onde a Terra se acaba
e o Mar começa.

Versos de Camões
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #452 em: Janeiro 07, 2009, 10:49:28 am »
Sim.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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ShadIntel

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« Responder #453 em: Janeiro 15, 2009, 12:58:53 pm »
Citação de: "JaCinTo"
Boas gostava que me esclarecessem algumas duvidas se possível.

Desde pequeno que me interessei pelas forças armadas, e agora com 17 estou a pesquisar e a tentar informar-me de quais as opções.

Se Fuzileiro na Marinha ou se Ranger (Operações Especiais) no exercito?!

Estou indeciso pois até a pouco tempo tinha uma inclinação pelos Rangers, mas a pouco tempo vi um vídeo no youtube sobre os Fuzileiros DAE (Destacamento de acções especiais) e fiquei de “boca aberta” pois são muito parecidos com os Navy Seals e vi também que só os melhores dos melhores conseguem para lá entrar…

Por isso se houver alguém que me possa explicar mais pormenorizadamente, quais as actividades e tipos de missões dos Rangers e Fuzileiros DAE eu agradecia pois iria ajudar-me muito a decidir e preparar-me…

Obrigado  :P

Citação de: "Dead_Corpse"
Desde já te posso informar que só depois de concluido o curso de fuzileiro é que podes concorrer ao CAOEMAR que é o que neste momento dá acesso ao Destacamento.
 

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André

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« Responder #454 em: Fevereiro 18, 2009, 05:16:25 pm »
Desculpem o aparte mas o site brasileiro Tropas de Elite fez recentemente alguns artigos sobre forças especiais portuguesas, entre as quais o DAE, Comandos, Rangers e Fuzos ...

 :arrow: http://www.tropasdeelite.cjb.net/

 

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Lightning

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« Responder #455 em: Fevereiro 25, 2009, 07:44:59 pm »
Ao longo do tempo assisti várias vezes a discussões do género:

 - Os Pára-quedistas conseguem fazer o trabalho dos Comandos.
 - Os os Comandos conseguem fazer o trabalho dos Pára-quedistas.
 - Os Comandos conseguem fazer o trabalho dos Fuzileiros.
 - Os Comandos conseguem fazer o trabalho dos Rangers.
 - Os Fuzileiros são como os Comandos mas na Marinha.
 - Os Rangers conseguem fazer tudo :lol:

 - Pára-quedistas fazem assaltos mas podem fazer raids.
 - Comandos fazem raids, podem fazer assaltos se integrados com outras forças de apoio e talvez possam fazer algumas operações especiais de combate, mas não as operações especiais indirectas de reconhecimento e instrução.
 - Operações Especiais podem fazer todo o expectro das Operações Especiais e podem fazer Raids.

O que eu aqui quero dizer é, não é por uma certa missão ser feita por equipas de operações especiais que é uma Operação Especial, ou se for feita por Comandos é raid ou se for feita por Pára-quedistas é assalto, pode e deve haver capacidade de fazer outras missões caso a força especifica para aquela missão estiver incapaz.

Caso alguém tenha algo mais a informar ou corrigir agradeço :wink: .
 

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FoxTroop

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« Responder #456 em: Fevereiro 25, 2009, 08:21:08 pm »
Infantaria ligeira de assalto, penso eu que é assim que as três forças de elite (não confundir com as Operações Especiais) são designadas.

Não conheço os cursos de paraquedista nem de comando, apenas os que camaradas pertencentes a essas forças contam.

A ideia que tenho é que os paras neste momento são mais uma força de infantaria com capacidade para operações aero-transportadas portanto mais classicas em linha com as congéneres europeias que distinguem paras de aero-transportados. Penso que a capacidade dos paras portugueses em golpes de mão, infiltrações, sabotagens, reconhecimento etc, é muito limitada.

Os Comandos também parecem estar muito longe da capacidade dos tempo antigos mais me parecendo uma força de choque e também com capacidade limitada no que referi para os paras.

Os Fuzileiros além das oprações anfibias, dispunham de uma boa capacidade para a realização de golpes de mão, sabotagens etc, etc, mas com esta coisa do COEMAR e todas as mudanças na instrução sinceramente já não sei se a mantem ou se isso está delegado no COEMAR. Penso que já foi perdida e que actualmente não passam de infantaria anfibia.

Isto é a minha opinião, claro.  :)
 

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Lightning

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« Responder #457 em: Fevereiro 25, 2009, 08:30:09 pm »
Citação de: "FoxTroop"
Infantaria ligeira de assalto, penso eu que é assim que as três forças de elite (não confundir com as Operações Especiais) são designadas.

O Exército designa Infantaria Ligeira as especialidades Pára-quedista, Comando e Operações Especiais, e a Infantaria "normal" é designada Infantaria Motorizada/Mecanizada.
http://www.exercito.pt/portal/exercito/ ... sp?stage=2

Os fuzileiros como são uma unidade da Marinha não tem designação em conjunto com as tropas do Exército, mas concordo que seja uma unidade de Infantaria Ligeira especializada missões de assalto anfibio.

Citar
A ideia que tenho é que os paras neste momento são mais uma força de infantaria com capacidade para operações aero-transportadas portanto mais classicas em linha com as congéneres europeias que distinguem paras de aero-transportados. Penso que a capacidade dos paras portugueses em golpes de mão, infiltrações, sabotagens, reconhecimento etc, é muito limitada.

Então só considera as missões de assalto aerotransportado e não os raids.

Citar
Os Comandos também parecem estar muito longe da capacidade dos tempo antigos mais me parecendo uma força de choque e também com capacidade limitada no que referi para os paras.

Isso é que já é mais grave visto que os golpes de mão deviam ser a especialidade dos Comandos :wink: .
O COEMAR é um curso e não uma unidade, a unidade é o DAE e não estou muito bem a ver 30 tipos (por muito bons que eles sejam) a fazer um raid tipo Operação Mar Verde :lol: .
 

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FoxTroop

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« Responder #458 em: Fevereiro 25, 2009, 08:48:29 pm »
Sim não considero que os paras tenham capacidade para golpes de mão (raids).

Os comandos actuais têm pouco ou nada a ver com os antigos Comandos. Mais uma vez afirmo que tudo o que ouvi deles me fazem crer que são uma boa força de choque mas com capacidades limitadas na função que lhe dá nome. Infelizmente para a sua mistica não passam de uma quinta do poderoso lobby comando dentro do exercito que tenta justificar a sua existencia em missões que pouco têm a ver com o que deveria ser a sua real função. Até ao momento não vi nem ouvi nada que me fizesse pensar o contrario.

Até cerca de 1999/2000 os exercicios dos FZ's eram quase todos em termos de golpes de mão (raids) infiltrações, contra-guerrilha em ambiente de mato/selva, reconhecimento avançado, etc. Depois de repente isso mudou para treinos enfatizando a vertente de missão humanitaria e consequente banalização.

Sobre os Rangers, se o treino psico-fisico não foge muito ao que é ministrado nas forças de elite a doutrinação e emprego é outra. A sua base são as operações irregulares e juntamente com o DAE são as unicas forças que em Portugal realmente cumprem os requesitos de Operações Especiais. Como os efectivos DAE são reduzidos e com uma enorme dificuldade em arranjar formandos entre o pessoal FZ, que estava a levar a um assustador aumento da idade media dos seus membros e consecutivo desgaste. Devido á vontade da Marinha em aumentar os efectivos de operações especiais a nivel de companhia foi criado o COEMAR que eu considero um escalão intremédio entre FZ e DAE.
 

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Lightning

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« Responder #459 em: Fevereiro 25, 2009, 09:27:01 pm »
Citação de: "FoxTroop"
Sim não considero que os paras tenham capacidade para golpes de mão (raids).
Citar
Até cerca de 1999/2000 os exercicios dos FZ's eram quase todos em termos de golpes de mão (raids) infiltrações, contra-guerrilha em ambiente de mato/selva, reconhecimento avançado, etc. Depois de repente isso mudou para treinos enfatizando a vertente de missão humanitaria e consequente banalização.

Existe então um paralelismo entre os Pára-quedistas e os Fuzileiros, ambos eram forças de contra-guerrilha que se transformaram em forças de assalto mais convencionais, mas isso tem lógica, não temos colonias nem existe guerra colonial, onde é que essas forças de contra-guerrilha irão operar? E no caso de existir uma necessidade de resgate de refugiados ou coisa do género num pais flagelado pela guerra não temos capacidade de ocupar um aeroporto ou um porto de mar porque essas forças de Pára-quedistas ou Fuzileiros não sabem operar em unidades maior que Companhia e não possuem armamento anti-carro, morteiros, anti-aéreo, etc.

Mas acho que era importante reter esses conhecimentos de contra-guerrilha, golpes de mão, etc, mas não me parece que seja algo fundamental actualmente todos esses militares saberem, poderia sim ser um curso tirado mais tarde, ou um curso que tivesse de ser tirado por pessoal que fosse para o Afeganistão por exemplo.

Citar
Os comandos actuais têm pouco ou nada a ver com os antigos Comandos. Mais uma vez afirmo que tudo o que ouvi deles me fazem crer que são uma boa força de choque mas com capacidades limitadas na função que lhe dá nome. Infelizmente para a sua mistica não passam de uma quinta do poderoso lobby comando dentro do exercito que tenta justificar a sua existencia em missões que pouco têm a ver com o que deveria ser a sua real função. Até ao momento não vi nem ouvi nada que me fizesse pensar o contrario.


Então os Comandos se não servem para  golpes de mão não servem para mais nada, mais valia acabar com eles outra vez :lol: )
 

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Lancero

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« Responder #460 em: Fevereiro 25, 2009, 10:08:13 pm »
Citação de: "FoxTroop"
Os comandos actuais têm pouco ou nada a ver com os antigos Comandos. Mais uma vez afirmo que tudo o que ouvi deles me fazem crer que são uma boa força de choque mas com capacidades limitadas na função que lhe dá nome. Infelizmente para a sua mistica não passam de uma quinta do poderoso lobby comando dentro do exercito que tenta justificar a sua existencia em missões que pouco têm a ver com o que deveria ser a sua real função. Até ao momento não vi nem ouvi nada que me fizesse pensar o contrario.


Então acabe-se com todas as unidades de infantaria ligeira, já que o País não está em guerra e nenhuma cumpre as funções para que foram criadas (a guerra).
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Lightning

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« Responder #461 em: Fevereiro 25, 2009, 10:22:41 pm »
Citação de: "Lancero"
Então acabe-se com todas as unidades de infantaria ligeira, já que o País não está em guerra e nenhuma cumpre as funções para que foram criadas (a guerra).


Então pode-se acabar com todas as Forças Armadas :lol: .
 

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Lancero

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« Responder #462 em: Fevereiro 26, 2009, 12:00:16 am »
Lightning, maroto ;)

PS - O mesmo podia ter escrito sobre os páraquedistas, ok cabeça?  :twisted:
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Cabeça de Martelo

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« Responder #463 em: Fevereiro 27, 2009, 10:17:27 am »
Citação de: "Lancero"
Lightning, maroto ;)

PS - O mesmo podia ter escrito sobre os páraquedistas, ok cabeça?  :lol:  :wink:
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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« Responder #464 em: Fevereiro 27, 2009, 12:05:10 pm »
Sim, eu sou da opinião que a recriação dos Comandos foi um erro. Uma duplicação se forcas sem sentido, apenas mais uma quinta para satisfazer um lobby. A politica das quintinhas que grassa as nossas FA.

Quanto aos Páras e Fuzileiros passarem a outro tipo de  missões e treino considero isso um erro monumental. Descaracterizaram os páras ao ponto de serem simples infantaria aerotransportada com muito pouco a ver com o que eram antes, mas isso até não estava mal se lhe estivesse atribuída uma doutrina de emprego no geral das FA. Qual a sua missão? Onde devem ser utilizadas unidades pára-quedistas, em que ambiente, etc, etc? É que me parece que são empregues ao sabor da corrente. Tipo "olha uma missão, isto é para nós, bora lá" independentemente das especificidades da mesma. O resultado está à vista.

Os Fuzileiros também parecem andar à deriva. Sem um doutrina que lhes diga o que são e para que servem sem ambiguidades. Querem que seja uma força de contra guerrilha, que seja capacitada para operações de carácter irregular e ao mesmo tempo uma unidade para combate urbano e execute missões de carácter humanitário!!!!!!!!  

As missões apenas têm servido para banalizar as nossas melhores unidades de combate. Com a necessidade de recrutar homens para assegurar as rotações nos teatros, levou a uma selecção de pessoal e a um nível de instrução e treino que fazem arrepiar os cabelos. São falhas gravíssimas que vão passando enquanto isto forem missões deste tipo de carácter. Porque no caso de virar torto a sério alguem vai ter de prestar contas.