[Lancero]

Portugal procurado por classe média europeia

Comunidade estrangeira irá aumentar dez por cento este ano

Sabia que são os jovens europeus do Norte que mais procuram Portugal? E que, de ano para ano, aumenta a comunidade estrangeira residente em Portugal, sobretudo trabalhadores da classe média-alta com mais poder de compra.

Estes são os resultados de um estudo realizado pelo jornal de língua inglesa The Portugal News junto dos estrangeiros que vivem em Portugal e que prevê, para 2007, um crescimento da comunidade estrangeira a rondar os oito a dez por cento.

Segundo a sondagem, revelada hoje, que teve em conta 600 inquiridos, o nosso país é cada vez mais procurado por jovens do norte da Europa que vêm em busca de novas oportunidades.

Apesar da vizinha Espanha ter dez vezes mais estrangeiros inseridos na sua comunidade, Paul Luckman, director do jornal, afirma que isto é «positivo para Portugal», visto que quem procura o nosso país «são jovens e trabalhadores da classe média-alta com mais poder de compra».

Aos inquiridos foram pedidas as suas opiniões sobre a relação destes com o Governo português, com o comércio e com os serviços nacionais que utilizam.

Educação

O campo da educação é para Paul Luckman o ponto mais importante desta análise e os resultados para este são «extremamente positivos», pois cerca de «60 por cento dos filhos dos estrangeiros, residentes em Portugal, frequentam escolas portuguesas, o que permite uma integração completa nesta sociedade».

Economia, governo, burocracia e negócios
Em relação à economia grande parte mostra-se optimista, e cerca de 50 por cento consideram que esta está a melhorar ou está estável, assim como o Governo.

Mas na burocracia as opiniões são negativas, sendo que 36 por cento pensam que esta está a piorar e só 15 por cento conseguem observar melhorias.

Sobre a implementação de negócios em Portugal, só 2,19 por cento consideram que esta é fácil contra os 39 por cento que responderam que é um processo difícil e demorado.

Saúde

No campo da saúde os estrangeiros consideram que o Serviço Nacional de Saúde está a melhorar, mas aqui muitos não manifestaram opinião visto que usufruem de seguros de saúde privados.

Instituições e sector automóvel
No sector das instituições bancárias, o Millenium BCP continua na liderança, mas relativamente ao ano passado tem vindo a perder terreno para outras instituições.

Renault, Volswagen, Honda e Ford são as marcas de automóveis que lideram a tabela de preferências dos europeus e cerca de 42 por cento dos inquiridos mostraram intenção de comprar um carro nos próximos dois anos.

Desta sondagem pode-se concluir que, segundo a comunidade estrangeira, Portugal é um bom país para viver, trabalhar e constituir familia.

Fonte

[JoseMFernandes]

Um semánario economico belga da passada semana, num 'dossier' dedicado a fiscalidade, indicava um total de cerca de 28 000 habitações em Portugal  propriedade de  contribuintes belgas e 'declaradas oficialmente' ao fisco belga.Um numero bem expressivo e proporcionalmente  superior as 48 000 declaradas em Espanha ( seu destino tradicional de férias)  e França.Parece estar a haver um interesse crescente no interior,  zona do Douro e Beiras  além do Alentejo, e agora mais secundáriamente o Algarve.Nao tenho indicações recentes referentes ao número de cidadãos belgas com instalação  definitiva no nosso país mas por notícias e reportagens avulsas que tenho visto, a transferencia e  fixação parecem estar a aumentar razoávelmente.
Julgo que os holandeses poderão  estar numa situação semelhante, mas nao possuo indicações precisas a esse respeito.
Cumprimentos

[Lancero]

JoseMFernandes: Não serão, maioritariamente, emigrantes?

[JoseMFernandes]

JoseMFernandes: Não serão, maioritariamente, emigrantes?

boa questão... está apenas especificado que se tratam de ´contribuintes belgas´
... o numero de emigrantes portugueses que optaram pela nacionalidade belga parece-me,   desprezivel no conjunto da comunidade portuguesa  ( hoje entre 60 a 70 000... dos quais muitos em situação irregular) actual.Relembro que o 'peso fiscal' directo e indirecto sobre o trabalho na Bélgica é  mais elevado que o português...que os direitos de transmissão doem a sério !,  mesmo que mais brando que a França, por ex. no que diz respeito a rendimentos patrimoniais ...
Se existem  vantagens para alguns portugueses emigrantes e  pensionistas se manterem no pais de acolhimento, será sem dúvida porque os  idosos e reformados tem efectivamente boas condições de assistência médica e social( e os desempregados  fundo de desemprego vitalicio  
Nao tenho pois razoes para crer que emigrantes portugueses tenham interesse em deter patrimonio em Portugal e sujeita-lo a fiscalidade (belga neste caso) admitindo que tal seja possivel.A fiscalidade europeia sobre os   rendimentos da 'poupança', ja em vigor, é outra historia evidentemente...
A titulo pessoal, esclareço que embora vivendo, (boa parte do  tempo)  há 18 anos na Belgica, sou considerado aqui um 'não-residente',  não tendo portanto a experiencia  fiscal directa do  emigrante normal...apenas sei o que apreendo pessoalmente... e por isso, com honestidade, não posso garantir integralmente a minha informação...
Cumprimentos