Acho que devemos ter alguma calma e reflexão antes de opinarmos sobre estas matérias. Ora temos o aspecto humano, onde me parece unânime que a criança deve ficar sob tutela dos pais adoptivos, mas temos o aspecto judicial, pelo qual a justiça deve ser cega, mas à boa maneira Portuguesa tínhamos de ser diferentes em alguma coisa e lá na assembleia da republica a justiça tem e olhos e aparentemente bastante grandes. Cabe a um juiz fazer cumprir as leis em vigor com imparcialidade e rigor. No meu entender foi isto o que a juíza em causa fez. Não foi parcial e cedeu o direito paternal a quem por direito da lei o detém, e é isso o que lhe cabe fazer independentemente das suas convicções pessoais, pressões externas ou mediatismo da situação. Daí continuar a achar que a justica deveria estar de olhos vendados pois aqui podemos observar todo o niilismo pela qual se rege. Não devemos por em causa a forma como a justiça foi aplicada nesta situação pois foi bem aplicada. Nem mesmo o niilismo que a faz funcionar. Devemos por antes em causa os mecanismo da lei, o poder executivo e legislativo que tem por obrigação criar leis funcionais e justas para todos. Temos também de questionar os serviços do estado que demoram 5 anos ou mais a completar um processo de adopção. Isto é vergonhoso no século XXI, fala-se em abortos quando é preciso é massificar a distribuição e ensino sobre contraceptivos, bem como a adopção de crianças, para tornar o aborto desnecessário. Ora esta visto que o processo de adopção não funciona... resta saber se daqui para a frente o senhor Sócrates também vai começar a furar os preservativos e trocar as pílulas abortivas por placebos! Também não é com simplex's que se resolvem situações com este grau de complicadex. Á bela maneira Portuguesa observamos mais uma vez a escolha pelo intermédio de dois males, sem se tentar resolver e eliminar a causa dos males. Nõ podemos culpabilizar uma juíza por seguir e aplicar à risca um lei. Têm-se é que criar leis mais adequadas à realidade em que vivemos. Devemos questionar os poderes executivos e legislativos por não fazerem a sua função em vez de condenar o judicial que apenas tem a obrigação de implementar o que o legislativo e executivo decidem. Para terminar, acho lamentável a forma como a senhora Maria Barroso interveio nesta situação, tentando assumir o protagonismo de um movimento de cidadãos livres e que se não elegeram um líder ou porta voz, certamente é por tal não ser necessário. Este é mais um dos cancros que assolam a nossa sociedade, o protagonismo e brilhantismo acima dos valores morais e sociais, que apenas são respeitados e mencionados quando convém para mais tarde caírem no esquecimento. E assim termino, que já tou com uma estala....weee
LEGALIZE!!!