Um argumento (que acabou logo com uma discussão que estava a ter com amigos sobre isto): quem vota "sim" não está a obrigar ninguém a ir abortar, está só e apenas a dar uma opção; que vota "não" está a impor uma moralidade a outros.
Esse argumento não é sério.
Imagine que estamos a discutir a despenalização dos assaltos à mão armada.
Veja, que não estamos a falar de liberalizar os assaltos à mão armada, mas sim a despenalizar.
O seu argumento era equivalente a dizer que não há problema em despealizar o assalto à mao armada, porque aqueles que não querem assaltar ninguém têm a liberdade de não assaltar.
A lei apenas servirá para aqueles que quiserem fazer assaltos à mão armada sem sofrer penalização.
= = = = =
Eu continuo a achar que nos devemos reger por principios
No século XIX, Portugal foi a primeira nação do mundo a abolir a pena de morte.
Achámos, nós, os portugueses, que até o maior dos criminosos tem o direito à vida, e o direito a defender-se das acusações.
Se nos regemos por principios morais básicos, como é que podemos aceitar negar esse direito a um ser inocente que nunca vai ter possibilidade de sequer se defender?Não é justo!
Não é moralmente aceitável!
Os principios gerais, devem sobrepor-se às necessidades de um grupo ou pessoa particular.
O Direito à Vida sobrepõe-se ao direito à privacidade
O Direito à Vida sobrepõe-se ao direito a abortar por conveniência
O Direito à Vida é o mais básico dos direitos humanos.
O Direito à Vida sobrepõe-se a qualquer outro.
É uma questão de principio.
Notar que sou favoravel a todas as ações que possam evitar a necessidade de abortar.
Sou favorável aos metodos anticoncepcionais (só hà uma nova vida depois de começar a multiplicação das células).
E embora possa parecer um contracenso, aceito o aborto em caso de malformação do feto, violação, e mesmo em caso de risco de vida para a Mãe.
Mas para esses abortos, já temos um ordenamento jurídico claro, que autoriza o aborto nessas condições.
A Lei que nos propõem, tem um objectivo: Liberalizar, tornal aceitável a ideia da morte, para que no futuro o aborto seja autorizado até imediatamente antes do nascimento.
Esta Lei, é uma Pena de Morte encapotada e disfarçada de liberalismo esquerdista e uma violação de direitos básicos e inalienaveis.
E é também uma forma de as clinicas de abortos espanholas ganharem um enorme saco de dinheiro.
O aborto é uma das industrias espanholas de maior sucesso.
E este referendo, é também, a maior oportunidade comercial que se abre à industria de abortos espanhola para abrir um novo e suculento mercado.
É uma questão comercial.
O comércio da Morte
O deverei dizer... De la muerte...