Pinochet foi um grande homem, um grande líder, dos melhores que a América Latina alguma vez já teve.
Pois eu, na minha opinião pessoal, acho que o Pinochet, não passou de uma bandido, e do típico ditador de meia tigela. Um assassino, ladrão e totalmente corrupto, como mais recentemente se veio a verificar.
Talvez fosse interessante não só visitar o Chile, como ver as estatísticas para ver em que posição o Chile estava antes de 1973, e em que posição se encontrava em 1983, dez anos depois de Pinochet ter chegado ao poder.
A ideia da competência de Pinochet e de que o sucesso do Chile (em termos de América Latina) tem alguma coisa a ver com ele, é um «cuento» - mais um - extremamente mal contado.
O Chile, com o choque económico que se seguiu a 1973, foi um país em vias de sub-desenvolvimento, onde ficou absolutamente demonstrada a impossibilidade de aplicar as teorias da chamada “escola de Chicago” na América Latina. Havia gente a morrer de fome nas estradas entre Santiago a Iquique, e o desemprego atingiu níveis inimagináveis. Não se notava na região de Santiago onde se concentra grande parte da população mas era visível em muitos outros lugares do país. Mas claro, no Chile como na URSS ou na China comunista, a censura também tem as suas vantagens: Permite esconder a incompetência.
Em 1970, o Chile tinha uma renda idêntica à da Argentina, e em 1981 essa renda era de apenas 65% da Argentina, com a agravante de que os ricos estavam muito mais ricos e os pobres eram indigentes que morriam literalmente de falta de comida. Os programas «sociais» de que o Dremanu fala, devem ser os mesmos que foram preparados de emergência, para impedir uma catástrofe.
A recuperação da economia chilena pouco ou nada tem a ver com o período de Pinochet, mas sim com a recuperação que se seguiu à saída do ditador.
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Mas como se isso não fosse suficiente, Pinochet transformou-se no imprescindível aliado do comunismo internacional.
Ao se fazer coincidir a política de um criminoso depravado e genocida, com as receitas da economia liberal (que têm dificuldade em funcionar sem liberdade) Pinochet transformou-se numa arma de arremesso do comunismo internacional, que o mostra (com alguma razão, há que dize-lo) como exemplo da economia de mercado.
Pinochet, é uma vergonha para a raça humana, e isto, para aqueles que o consideram gente, o que não é o meu caso, que considero que Pinochet, não foi mais que um miserável animal pestilento.
Fidel Castro, os neo-sovieticos, deveriam erguer estatuas a Pinochet, porque a sua política a sua forma de actuação só serviram os comunistas, e só lhes serviram para justificar as suas políticas igualmente genocídios e criminosas.
Mas se isso não fosse suficiente, haveria ainda outro argumento.
Não podemos, por uma questão de principio aceitar a violação mais miserável dos direitos das pessoas, com base na possibilidade de essa violação poder dar no futuro uma vida melhor às pessoas.
O bem estar de uma sociedade, não se pode basear no assassínio na violação e na morte de uma parte dessa mesma sociedade.
Se homenageamos Pinochet, por causa das suas grandes capacidades como governante (que são um mito) então por uma questão de honestidade, teremos pela mesmíssima ordem de razões, que homenagear Hitler, Estaline ou Mao Tsé-tung.
E isso, eu não vou fazer nem nesta nem na próxima vida.
Cumprimentos