Se os Alouettes ainda voam até que ponto não seria viável manter os puma activos? Ou utiliza-los noutro tipo de cenários? Incêndios, transporte de doentes, etc..?
Foi uma questão de custos? Operacionalidade? Ou cunhas para manter alguns milhões nalguns privados?
São as três coisas. Privados a evitar que o governo expanda a missão e as capacidades da FAP para o combate a incêndios e no apoio ao INEM/MEDEVAC. O que resulta na falta de meios e vontade para apoiar a FAP.
Os EH-101 vieram trazer um grande aumento em capacidade (por exemplo: SAR de longo alcance, nível de segurança de voo e 100x melhor capacidade de operar em más condições e à noite). Portanto não faz sentido manter mais uma frota de aeronaves só para fazer, por exemplo, transporte de doentes nas ilhas quando os EH-101 o podem fazer facilmente sem colocar problemas na execução da missão principal: SAR.
Há que também que ter em atenção que tivemos apenas 12 helicópteros Puma e estes foram utilizados em situações que causaram um elevado desgaste das fuselagens (principalmente a exposição ao sal em voos constantes sobre o mar). Em contraste chegamos a operar ~142 Alouette III, o que facilitou manter a actual frota a operar até hoje ao canibalizar as fuselagens e motores, e estas aeronaves foram utilizadas em grande parte apenas no continente.
No meu ver não existe vantagem em modernizar/recuperar estes Puma para a FAP quando se trata de um número tão pequeno e que já teve um uso intensivo. As missões que estamos aqui a sugerir para os Puma "reactivados" (combate a incêndios e MEDEVAC) poderiam ser facilmente executadas por helicópteros ligeiros (substituto do Alouette III) modernos que hoje em dia têm a capacidade necessária. Portanto, seria mais vantajoso a nível de custos de aquisição, manutenção e logística simplesmente adquirir novos helicópteros ligeiros para substituir os Alouette III do que reactivar os Puma.
Cumprimentos,