Não compreendo porque a FAB não dá prioridade á modernização dos AMX sobre a dos F-5 já que os últimos serão os primeiros a ser abatidos ao efetivo aquando da chegada dos Gripens
A resposta é simples: o F-5 M, atualmente, é o único vetor supersônico da FAB e, diferentemente do AMX, ele tem como missão a interceptação de outras aeronaves.
Fora isso, o F-5 M está dotado de radar pulso Doppler Fiar Grifo F com capacidade de múltiplo engajamento e look down shot down. Este novo radar Grifo F, permite o uso de mísseis BVR (fora do alcance visual), coisa que nenhum caça da FAB possui.
No tocante ao armamento, os novos sensores (RWR - sistema de alerta radar), permitem o uso de armas ainda nunca usadas pelos caçadores da FAB como, por exemplo, o mísseis ar-ar de médio alcance como o AAM Python IV, Derby e MICA.



Resumindo, o F-5 M é voltado para o combate aéreo, enquanto o AMX-M está voltado para missões de ataque ao solo. O AMX-M é um "mini" Panavia Tornado, ou seja, sua especialidade é o ataque a alvos em solo, não a caça, interceptação e superioridade aérea.
Portanto gastar recursos (já parcos) com a modernização dos Tiger da FAB é necessário, já que a lacuna de defesa aérea dos céus brasileiros não pode ficar desguarnecida até a entrada em operação do Gripen NG.
OFF: F-5 como caça que faz a defesa aérea do Brasil é correto? Lógico que não. Mas é o meio que, lamentavelmente, a FAB dispõe para tal missão tão primordial de soberania dos ares.