Ziguezagues Políticos

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ricardonunes

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« Responder #15 em: Junho 07, 2007, 05:13:33 pm »
Citação de: "papatango"
Creio que nos devemos desviar das noticias e das alegações relativas a expeculação imobiliaria.

Ela vai existir sempre que houver noticias sobre a construção de um aeroporto (qualquer aeroporto).

Não é isso que está em questão. Qualquer das regiões terá os seus lobbies.


Desviar porquê? Não será esse o fulcro da questão?
E já agora, não são noticias nem alegações, são actos administrativos publicados em DR :!:

Por mim pouco me importa se o dito aeroporto é feito a Norte do Tejo ou a Sul, sei que é preciso um novo.
Mas o que mais me dana e espanta é a palhaçada em redor da questão.
Isto tudo porque os acérrimos contestatários da OTA já governaram este país (XV Governo Constitucional e XVI Governo Constitucional), e a única coisa que fizeram foi continuar com o projecto.
Potius mori quam foedari
 

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papatango

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« Responder #16 em: Junho 07, 2007, 06:57:45 pm »
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Desviar porquê? Não será esse o fulcro da questão?
Não! O fulcro da questão não é a especulação que ocorre sempre em qualquer obra do Estado, e mesmo sem ser do Estado.

O fulcro da questão é o interesse do país, e o desejo de construir um aeroporto, num lugar onde se sabe que ele não vai poder crescer.

Citação de: "ricardonunes"
Onde andaram esses "especialistas" durante estes anos todos?
Tantos anos de estudos que convergiram para a OTA, como sendo a melhor solução

O problema é simples ricardo nunes:

O problema é que é exactamente ao contrário. Como se pode ver pelo último (e esclarecedor) programa na TV sobre o assunto (e devia haver mais programas daqueles) todos os estudos que foram feitos, já desde os anos 70 apontavam para um aeroporto na margem sul e não na margem norte do Tejo.

A solução "Ota" é uma solução que aparece apenas no final dos anos 90, depois de uma pressão por parte dos ecologistas no famoso episodio das "Gravuras não sabem nadar" em que o governo Guterres se viu forçado a cancelar a construção de uma barragem, por causa da pressão de alguns sectores da sociedade.

Infelizmente Guterres confundiu "Dialogo" com cedência e quando os mesmos ecologistas do anti-Foz Coa começaram a fazer barulho por causa das cegonhas de Rio Frio, de repente o aeroporto foi "varrido" para a Ota, porque Guterres não queria problemas com os ecologistas.

Não houve estudos, não houve trabalhos preparatórios, não houve NADA a apontar a Ota como a melhor solução.
As cegonhas foram (e ainda hoje são) a única razão objectiva válida do ponto de vista técnico para mudar o aeroporto de um lugar para o outro.

Não há nem nunca houve estudos a considerar a Ota, a única coisa que houve foram estudos a dizer que em Rio Frio desaparecem as cegonhas. E são esses estudos - que colocariam o governo em posição desconfortável perante os ecologistas - que levaram o aeroporto de Lisboa para a Ota. Não há nem nunca houve mais nada.

E é por causa dessas mesmíssimas Cegonhas que o ministro Lino vem dizer que isso é "MORTAL".
E é por causa das cegonhas que o ministro Lino convocou até há pouco tempo organizações ecologistas que mais uma vez defenderam os mesmos pontos de vista de Lino.
Os ecologistas estão preocupados em poupara as cegonhas, e em nome das cegonhas, deve-se construir o aeroporto na Ota.

O problema é que as cegonhas acabam por ter que sair, porque a Ota é uma solução provisória e depois da Ota, vai ser necessário construir na margem sul outra vez.

A «Estória» da Ota é das mais mal contadas dos últimos tempos, e começa a ser óbvio para toda a gente, porque é que o próprio governo omitiu e escondeu relatórios e análises que demonstravam claramente a desvantagem da Ota.

De um lado estão as cegonhas a empurrar o aeroporto para a Ota.
Do outro lados estão as montanhas que condicionam a segurança
Do outro lado está a orografia que impede o aumento do aeroporto
Do outro lado está uma autoestrada que vai ficar entupida sem que haja possibilidade de a alargar
Do outro lado está uma linha de TGV que tem tão pouco espaço que até se fala em faze-la passar primeiro para sul do Tejo, porque não há espaço.

Enfim:

Os estudos podem dizer o que quiserem, mas o bom senso continua a ser o bom senso.

Quando os estudos vão contra o mais básico bom senso, então ou os estudos explicam muito bem as razões do absurdo, ou então são os estudos que estão mal feitos.

O caso da Ota, é neste momento uma questão de bom senso.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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ricardonunes

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« Responder #17 em: Junho 07, 2007, 11:33:48 pm »
Assim me calo, não convencido, mas observador c34x
Potius mori quam foedari
 

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Cabecinhas

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« Responder #18 em: Junho 08, 2007, 01:41:14 am »
Reformular as pistas do aeroporto da Portela e Figo Maduro com aeroporto principal e usar um outro para voos Low-Cost  a meu ver é a opção mais racional em termos de euros e impacto ambiental. Mas isto sou eu um simples curioso a falar
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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p_shadow

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« Responder #19 em: Junho 08, 2007, 03:52:11 am »
Citação de: "papatango"
- Na margem sul estamos a destruir um dos últimos "habitat's" de cegonhas que existe no país.

Não conheço o estudo que foi feito sobre isto mas não posso concordar de maneira nenhuma. Qualquer vale de um afluente do Tejo, onde normalmente podemos encontrar inúmeros arrozais, possui bastantes populações de cegonhas.

Poderá essa zona ser um grande centro de nidificação, mas até ser dos últimos habitats... completamente falso.

Atenção à data deste estudo.
Em finais de 80, princípios dos 90 a situação desta espécie em Portugal era realmente preocupante, mas graças a algumas medidas do governo da altura (provavelmente o inginheiro Sócrates) as coisas melhoraram. Duvido que continue a ser uma espécie ameaçada hoje.


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

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TOMKAT

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« Responder #20 em: Junho 09, 2007, 12:37:16 am »
Citação de: "p_shadow"
Citação de: "papatango"
- Na margem sul estamos a destruir um dos últimos "habitat's" de cegonhas que existe no país.
Não conheço o estudo que foi feito sobre isto mas não posso concordar de maneira nenhuma. Qualquer vale de um afluente do Tejo, onde normalmente podemos encontrar inúmeros arrozais, possui bastantes populações de cegonhas.

Poderá essa zona ser um grande centro de nidificação, mas até ser dos últimos habitats... completamente falso.

Atenção à data deste estudo.
Em finais de 80, princípios dos 90 a situação desta espécie em Portugal era realmente preocupante, mas graças a algumas medidas do governo da altura (provavelmente o inginheiro Sócrates) as coisas melhoraram. Duvido que continue a ser uma espécie ameaçada hoje.

Cumptos

Subscrevo o texto do p_shadow.

Actualmente, para além de uma clara recuperação da população de cegonhas em Portugal, assiste-se a uma "deslocação" para norte das áreas de alimentação e nidificação dessas aves.

Na área onde habito (S.Martinho do Porto) aves que tradicionalmente faziam parte da paisagem alentejana, tais como cegonhas e garças, são hoje comuns nos campos agricolas da região.
Há um ninho de cegonha a poucas centenas de metros de minha casa.

À 20 anos atrás, era um acontecimento raro a observação destas aves, tão a norte do Tejo (pelo menos por aqui era!). Hoje as garças boieiras são às centenas. Cegonhas nem tanto, mas já são aves comuns por aqui.

Citar
NÚMERO DE CEGONHAS EM PORTUGAL

- 15 368 aves recenseadas.

- 7684 ninhos de casais ‘estabelecidos’ no País.

- 1000 colónias, no mínimo, embora se julgue haver mais.

- 147 casais residentes em todo o distrito de Aveiro.

- 99 casais de cegonhas que fazem ninho no Baixo Vouga Lagunar.

- 11 casais recenseados na Murtosa.

*último Censo em 2004

http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=195710&idCanal=10
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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comanche

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« Responder #21 em: Junho 09, 2007, 01:32:09 am »
Tem havido um aumento de cegonhas um pouco por todo o país, um dos principais factores é a mudança de clima, com invernos mais suaves, hà cegonhas que já não chegam a migrar, já passam cá o inverno.
 

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ricardonunes

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« Responder #22 em: Setembro 26, 2007, 12:26:20 pm »




Potius mori quam foedari
 

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Lancero

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« Responder #23 em: Setembro 26, 2007, 05:52:17 pm »
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JUSTICA Corrupção entre funcionários públicos e políticos em Portugal aumentou no último ano - Transparency Internacional  



    Lisboa, 27 Set (Lusa) - A corrupção entre funcionários públicos e políticos em Portugal aumentou no último ano, colocando o país em 28º lugar num ranking de 180 nações analisadas no relatório de 2007 da organização não-governamental Transparency Internacional divulgado hoje.  

     

    Portugal desceu dois lugares em relação ao relatório do ano passado, passando de 26º para 28º lugar, de acordo com o Índice de Percepção de Corrupção (IPC) da Transparency Internacional (TI), que classifica os países segundo o eventual grau de corrupção no sector público, tendo por base informações recolhidas e tratadas nos dois últimos anos por diversas instituições independentes.
     

    Apesar da TI alertar para o facto de a descida no ranking poder não significar um eventual aumento de corrupção, até porque este ano o estudo avaliou mais 17 países do que no ano passado, a verdade é que a classificação atribuída a Portugal também baixou.  

     

    Numa pontuação de zero (altamente corrupto) a dez, Portugal passou de 6,6 para 6,5, de acordo com as "informações obtidas em sondagens a especialistas e empresas realizadas por 12 instituições independentes e creditadas", refere o documento disponível desde hoje na Internet.  

     

    Também os três países do topo da lista (os menos corruptos) tiveram pontuações mais baixas no relatório deste ano: Finlândia, Islândia e Nova Zelândia estão no topo do ranking de 2007, todas com 9,4 pontos.  

     

    No ano passado, os três primeiros - Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia - tiveram uma pontuação de 9,6.  

     

    A organização não-governamental explica que o Índice de Percepção de Corrupção pretende demonstrar o nível de abuso do serviço público para benefício particular, através de práticas como subornos a funcionários públicos, pagamentos irregulares nas contratações públicas ou a solidez de políticas anti-corrupção administrativa e política.  

     

    Segundo a TI, é cada vez mais flagrante a diferença dos níveis de percepção de corrupção entre os países ricos e os países pobres: "É patente a forte relação entre corrupção e pobreza".  

     

    Quarenta por cento dos países com uma pontuação inferior a três (sinal de corrupção desenfreada) estão classificados pelo Banco Mundial como nações de baixos recursos.  

     

    Advertindo para o facto de não se poder falar em "país mais corrupto do mundo", uma vez que foram analisadas apenas 180 das 200 nações soberanas, a TI coloca no fim da lista, com 1,4 pontos, Myanmar (antiga Birmânia) e Somália, país analisado pela primeira vez este ano.  

     

    Além da Somália, a listagem deste ano avalia outros 16 novos países, entre os quais três africanos de língua oficial portuguesa (PALOP): Cabo Verde (4,9), São Tomé e Príncipe (2,7) e Guiné-Bissau (2,2).  

     

    Consciente de que as baixas pontuações do IPC "indicam que as instituições públicas estão expostas a graves perigos", a TI defende a necessidade de melhorar a transparência na gestão financeira e de pôr fim à impunidade dos funcionários corruptos.  

     

    No dia da divulgação do relatório, a presidente da TI manifestou a sua preocupação com o facto de "a corrupção implicar uma enorme fuga de recursos vitais para a educação, saúde e infra-estruturas".  

     

    Apesar de, em muitos casos, se tratar de países habituados historicamente ao clientelismo e ao nepotismo, a TI acusa também alguns responsáveis de multinacionais de utilizarem a corrupção de funcionários públicos de países pobres como "uma estratégia empresarial legítima".  

     

    Do outro lado da barricada, estão os países considerados menos corruptos, "na sua maioria situados na Europa, Ásia Oriental e América do Norte".  

     

     
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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ricardonunes

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« Responder #24 em: Setembro 27, 2007, 11:24:48 am »
Campanha do PSD chega à Amazónia e Menezes diz que vai até ao fim



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"O doutor Salazar não faria melhor." Foi nestes moldes que Luís Filipe Menezes criticou ontem o que adjectivou de "escândalo da emigração", em torno da acesa polémica em torno das quotas, não se conformando com o facto de em 24 horas o número de militantes do PSD, com quotas pagas, ter disparado de 80 para 1200. Mas sempre admitiu que possa ter surgido uma ajuda de peso dada pelos "índios yanomani". O candidato à liderança social-democrata aludiu ontem em Évora a uma "recôndita cidade da Amazónia, de que ninguém ouviu falar", mas que terá 200 militantes, mostrando-se agastado com a saída das listas dos seus apoiantes, com quotas em dia, e os pagamentos "fraudulentos de quotas, como aconteceu na emigração".

Já antes, em Portalegre, Luís Filipe Menezes tinha garantido aos jornalistas que independentemente da decisão de Manuela Ferreira, presidente da mesa do congresso do PSD em relação às quotas dos militantes, não vai desistir da luta pela liderança do partido. " Não desisto. Quem deveria de ter desistido desta luta era o Dr. Marques Mendes no dia 15 de Julho, eu vou em frente e sei que vou ganhar porque tenho comigo os militantes de base", garantiu.

O candidato que falava naquela cidade alentejana com militantes do partido, criticou ao longo do seu discurso a actuação de Marques Mendes na oposição, considerando que não houve um trabalho sério, uma verdadeira oposição.

"Em vez de efectuar uma oposição dura e séria, limitou-se a perseguir e a retirar confiança política a certos e determinados autarcas", sublinhou.

Mas os ataques a Marques Mendes surgiam em cada frase que proferia. Menezes não se conforma, por exemplo, com o pacto de regime que o PSD fez com o Governo na área da Justiça. "O partido está amordaçado", frisava indignado.

"O PSD definhou, as sedes estão vazias, os militantes não se sentem motivados", alertava ainda o candidato, sem antes referir que a candidatura de Marques Mendes ofendeu-o ao longo dos últimos dias, "mas aguento, pois existe uma crise grave no nosso partido". "Em democracia o discurso tem que ser duro, temos que chamar os bois pelos nomes, não podemos ter medo de dizê-lo. A actual atitude de Marques Mendes é de medo, pois tem receio de debater, tem atitudes tiranas ao não querer que os militantes votem nestas eleições", acusou de seguida. Perante uma panóplia de situações que considera "inadmissíveis na gestão corrente do partido, por parte de Marques Mendes, o candidato à liderança do PSD considera que existem dois partidos num só. |

DN
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