Ora o resultado desse erro está à vista neste conflito, como os foguetes lançados pelo hezbollah são demasiado pequenos, o sistema de defesa anti-míssil Patriot não consegue ser eficaz... ... ... quanto mais F-16 para interceptarem estes foguetes... ... ...
Israel e todos os países que se interessem pela sua defesa (inclusivamente Portugal) devem ver aqui oportunidade para repensarem estes conceitos e reínvestir em sistemas do tipo Gepard, vulcan, Phalanx etc...
Caro Artícife, estive a ler com atenção a sua opinião, e tenho os seguintes comentários a fazer:
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Do meu ponto de vista temos que estabelecer em primeiro lugar uma diferença entre foguetes e mísseis.
Aquilo que O Hezbollah tem feito, é utilizar foguetes de artilharia de curto e médio alcance.
Estas armas, são por definição muito baratas, mas do ponto de vista militar são absolutamente irrelevantes, da forma como estão a ser utilizadas.
O bombardeamento com foguetes é eficaz quando se efectua utilizando a táctica da saturação.
Ou seja:
Se conhecemos uma posição inimiga (normalmente uma unidade ou ponto de concentração de onde pode partir um ataque), pode-se utilizar a artilharia para um ataque de saturação com foguetes.
O numero de vitimas e as baixas não são o mais importante. O que o ataque vai provocar é a completa desorganização da força inimiga. Os carros de combate só por milagre serão atingidos, mas tudo o que estiver fora deles terá graves problemas, desde os bidons de combustível, aos contentores da comida para os soldados, nenhum destes equipamentos é blindado, e sem combustível ou sem comida, nenhum exército moderno vai a lugar nenhum.
Da forma como o Hezbollah os utiliza, os foguetes como os FAJR-5, são completamente irrelevantes como arma de guerra, servindo apenas, unica e exclusivamente como arma psicológica.
O mais devastador dos FAJR-5 que cairam ontem em Israel, não é o estrago que eles provocaram, mas sim as notícias de que o Hezbollah tinha disparado o poderoso missil "Alah não sei das quantas".
Sem o efeito de saturação, que só pode ser conseguido com o lançamento de centenas de foguetes ao mesmo tempo sobre o mesmo alvo, o efeito é nulo do ponto de vista militar.
= = =
Os mísseis anti-missil como os Patriot, são equipamentos absurdamente caros que não foram sequer pensados para a defesa contra os foguetes e muito menos contra ataques de foguetes de artilharia em ataques de saturação.
Se o Hezbollah tem 12.000 foguetes, não há dinheiro no mundo para fabricar 12.000 Patriot.
A defesa contra os projecteis deste tipo pura e simplesmente tem que ser passiva e não activa, porque não foi inventado nada para os evitar.
Só há duas coisas que se podem fazer contra os FAJR-5 ou contra os ZELZAL-2, que vão ser o próximo passo ***
- A primeira é fugir para um abrigo e rezar para que caia longe
- A segunda é tentar encontrar os pontos de lançamento.
A questão da defesa anti-missil coloca-se para os mísseis e não para os foguetes (não há misseis anti-foguete).
Ao contrário dos foguetes, que nãosão guiados, os mísseis são muito mais complicados.
Pode-se lançar 1000 foguetes contra um alvo e falhar, mas pode-se acertar nesse mesmo alvo com um míssil guiado, que tem grande probabilidaes de acertar.
Portanto, os Patriot só servem para evitar que misseis atinjam o solo.
Neste momento, os Patriot estão onde os israelitas mais temem que seja efectuado um ataque.
No deserto do Negev, num lugar chamado Dimona, onde está a única central nuclear de Israel.
É nesse tipo de alvo que é vantajoso utilizar um missil caríssimo.
Sobre Portugal, vou ter que falar mais tarde porque as autoridades estão a intimar-me para ir almoçar

Cumprimentos
*** Quando ouvirem que caiu um foguete em Haifa com uma ogiva calculada em 500Kg, foi um Zelzal.