O luis está cheio de razão, o que precisamos é de OPV baratos para controlar a nossa ZEE. Não existem "turraboats" armados até aos dentes e para os que eventualmente possam existir hipoteticamente no futuro, os 40 mm chegam e sobejam.
E se as empresas de segurança, que se estão a transformar em exércitos privados, passarem a contar com navios armados - mesmo que sejam apenas pequenos navios, rápidos, que possam utilizar meios mais sofisticados... ?
E se um qualquer governo contratasse os serviços de uma qualquer agência de segurança privada para efectuar acções de soberania em nome desse governo, por exemplo durante seis meses ?
É que como as coisas estão, o cenário não está exactamente para "turraboat". Para já os barcos de emigrantes são o problema, mas não sabemos o que vai acontecer no futuro...
Umaginem uma situação em que uma empresa de segurança é contratada para proteger os caçadores de tesouros em águas por exemplo de Cabo Verde...
As respostas devem sempre ser proporcionais.
De qualquer forma, eu também concordo que um patrulha é um patrulha. Os NPO não têm velocidade suficiente para serem corvetas, o que em principio implicaria capacidade para superar os 25 nós.
Fico com a impressão de que os problemas com os NPO são aliás resultado da questão que estamos aqui a referir.
Responsáveis da marinha afirmaram já há bastante tempo, que o NPO deveria ser aproveitado para outras funções, o que poderia implicar a sua utilização como navios melhor armados.
Quando a marinha diz que os atrasos são de responsabilidade dos ENVC, e quando os próprios estaleiros afirmam que já se esqueceram de como se fazem navios militares, como é que se pode interpretar isto quando o NPO é praticamente um navio civil, parecido com um Iate privado sem qualquer tecnologia adicional além dos sistemas de comunicações, os quais até podem ser instalados numa traineira de pesca ?
O que é que a marinha queria que estivesse nos NPO que os estaleiros não fizeram?
O que é que faltou na construção do NPO?
Será que o NPO da forma como foi construíudo, poderá servir como plataforma para "crescer" como já tinha sido referido no passado por entidades da marinha ?
E crescer para onde?
< start mayonese mode>
O que é que os estaleiros fizeram de tão grave, que levou a este atraso?
E tratando-se de uma empresa com experiência em construir navios relativamente complexos, o que é que tem o NPO de mais complexo que um dos navios de transporte de gás dos ENVC?
Uma das possibilidades que creio que já aqui foi referida, são as cablagens sem possibilidade de redundância.
E se fosse isso, para que é que seria a redundância?
Normalmente isto é necessário em navios de guerra, para quando o navio é atingido, haver forma de comunicar com os vários postos do navio...
Mesmo numa corveta...
<end mayonese mode>
Para terminar, também acho que a necessidade de "artilhar" os NPO's passou para segunda linha quando foi confirmada a aquisição das duas fragatas Karel Doorman.
A necessidade dos NPO como corveta era maior se a marinha ficasse reduzida a três fragatas. Com cinco unidades, dá para ter um minimo de segurança. Ter um navio permanentemente destacado, ter outro em manutenção e dispor de um que pode ser enviado para qualquer lado em caso de emergência ou necessidade, mantendo ainda alguma capacidade operacional no continente e ilhas.
Cumprimentos