Não sei se os Knud Rasmussen são realmente um grande exemplo do sucesso "modular".
A Dinamarca, que tem colónias e é rica, só construiu 3, e não são muito armados mas "capazes de serem" armados com módulos especializados. Mesmo quanto ao canhão, o que não falta são fotos das ditas sem ele, o que cá dá sempre um escândalo, cabelos arrancados e gritos de "só neste país". Pelo google, custaram pouco menos de 80 milhões cada, contra os 50/60 dos NPOs, o que também não sei se rende.

Estas coisas modulares são muito bonitas para o pessoal das fotos, mas de resto não tem grande utilidade.
Faz lembrar as motherboards dos computadores quando começaram a incluir sockets destinados a fazer um upgrade.
O problema, é que quando chega a altura do upgrade, os processadores já evoluiram tanto que a motherboard não é compativel com os novos sistemas.
Esta modularidade é limitada à tecnologia existente na altura do projeto e/ou da construção.
É uma ideia ótima para os estaleiros, porque permite a configuração inicial dos navios com os sistemas que o cliente quiser, mas quando se trata de mudar os módulos...
É de rir à gargalhada. As mudanças são complexas e mesmo mudanças simples demoram tempo e representam um risco de acidentes durante a alteração.
Aquilo não é a mesma coisa que tirar um DVD e colocar outro e voltar a ouvir música, embora os estaleiros queiram convencer as opiniões publicas disso.
Os politicos gostam, e inicialmente até as fragatas MEKO eram vendidas com esse fito, modularidade ...
A realidade é que, quando chega a altura de mudar os módulos, até os conectores podem ser outros. É como comprar um sistema modular e quando se instala o novo modulo percebe-se que agora há um conector USB em vez do RGB, porque a tecnologia é outra.
Depois os módulos estão assentes em rails e sistemas de contenção que enferrujam e apodrecem e entortam, e quando se tenta ver sequer se é possível colocar lá outra coisa, percebe-se que há material podre, ferrugento, e que para o substituir o navio tem que ir para o estaleiro... e PIOR, esses navios modulares foram feitos a pensar na troca dos módulos e por isso o resto é mais difícil de aceder e fazer intervenções a outros níveis prova ser absolutamente caro demais.
As marinhas compram estes navios em segunda mão por 10 e depois percebem que para de facto funcionarem, precisam gastar mais 30. Não nos novos módulos, mas nos sistemas onde eles deveriam encaixar...
A realidade, é uma coisa chata ...