Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa

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LM

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« Responder #900 em: Julho 07, 2007, 07:07:10 pm »
Pelo que entendi podemos listar uma serie de capacidades de utilização de um helicóptero por parte de um navio, helicóptero esse que pode ser ligeiro / médio / pesado e também dependendo estado do mar:

a) Não ter capacidade alguma
b) Ter capacidade de "interacção" a pairar
c) Ter capacidade de reabastecimento a pairar
d) Ter capacidade de aterrar
e) Ter capacidade de aterrar com reabastecimento
f) Ter hangar extensível (que não terá a mesma qualidade de protecção de um fixo?)
g) Ter hangar fixo, sendo "orgânico" do navio

Estou certo? O NPO terá c) para qualquer um e d) para ligeiros / médios, até estado do mar X?
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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lurker

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« Responder #901 em: Julho 07, 2007, 07:36:22 pm »
O Canadá opera ou operava helicópteros Sea King a partir de navios de 2800 toneladas como a classe St Laurent, em condições meterológicas adversas, utilizando um sistema chamado "Bear Trap".

http://www.alexisparkinn.com/photogallery/Videos/2006-7-7_Sea_Kings_on_Deck.wmv
Não sei em que classes de navios vão utilizar o ligeiramente mais pesado S-92.

Note-se que:
a) os NPO são mais bastante mais pequenos que um navio da classe St Laurent
b) os EH-101 pesam o dobro de um Sea King (um Lynx ou NH-90 pesam sensivelmente o mesmo que um Sea King)
c) o sistema requer treino das tripulações, tanto do navio como da aeronave, que provavelmente só se justifica para um helicóptero orgânico.
 

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luis filipe silva

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« Responder #902 em: Julho 07, 2007, 08:34:06 pm »
LM escreveu:
Citar
a) Não ter capacidade alguma
b) Ter capacidade de "interacção" a pairar
c) Ter capacidade de reabastecimento a pairar
d) Ter capacidade de aterrar
e) Ter capacidade de aterrar com reabastecimento
f) Ter hangar extensível (que não terá a mesma qualidade de protecção de um fixo?)
g) Ter hangar fixo, sendo "orgânico" do navio

Estou certo? O NPO terá c) para qualquer um e d) para ligeiros / médios, até estado do mar X?

Correcto. Em termos do estado do mar, também possui estabilizadores.


eu por lapso não deixei o link para a imagem com o hângar extensível.
Do facto as minhas desculpas:
http://www.naval-technology.com/projects/lupo/
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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LM

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Patrulhões a ver navios nos Estaleiros de Viana
« Responder #903 em: Julho 08, 2007, 11:27:44 am »
Citar
A Armada portuguesa vai continuar a operar, pelo menos até 2008, com navios cuja vida útil expirou há mais de cinco anos devido ao atraso na entrega dos novos navios de patrulha oceânica (NPO), esperados desde 2006 para a substituição da frota de corvetas que há mais de 35 anos presta serviço naquele ramo.

A entrega dos NPO, cuja construção foi encomendada aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) pelo então ministro da Defesa Paulo Portas, continua a esbarrar em problemas de projecto. O da casa das máquinas do primeiro par de navios é, agora, o entrave principal, dadas as alterações pretendidas pela comissão de acompanhamento, constituída por elementos do Ministério da Defesa Nacional (MDN) e Marinha.

Antes, durante mais de um ano, foram problemas nos motores, fornecidos por uma empresa dinamarquesa, a protelar os trabalhos. Nesta altura, apurou o DN junto da empresa vianense, "há interesse" da nova administração dos Estaleiros Navais empossada em Abril, e do próprio Ministério da Defesa, em concluir este processo, que continua a embaraçar todas as partes envolvidas.

O primeiro par está na água desde 2005, mas as complicadas exigências de equipamento e instalações interiores continuam a condicionar a sua entrega. Contactada pelo DN, fonte da Armada reconheceu que a construção dos navios de patrulha "infelizmente tem acumulado atrasos" e que nesta altura "não é possível, com rigor, determinar a data de entrega".

Abril de 2008 continua a ser a única altura admitida para a entrega, apesar de não estar garantida. Certo é que a situação obriga a "esticar", por mais um ano, a vida dos navios a substituir, as corvetas que navegam desde os anos 70. "Tinham um ciclo de manutenções e abate já estabelecido em função da entrega dos navios de patrulha, mas que tivemos a necessidade de alterar, obviamente com um acréscimo de custos", acrescentou outra fonte da Marinha. Em termos de operação, as corvetas custam mais 30 por cento do que os navios de patrulha.

Enquanto os Estaleiros Navais de Viana não entregam os navios de patrulha contratados, a Marinha terá que manter operacionais as sete corvetas que ainda navegam, três da classe Baptista Andrade e as restantes quatro da classe João Coutinho, lançadas à água entre 1970 e 1973. "Já não são navios combatentes, asseguram missões de socorro e fiscalização no mar. Mas são navios que tinham uma vida de trinta anos e que importa substituir", defende a Marinha.

No âmbito do programa de reequipamento da Marinha, definido em 2004, os Estaleiros deveriam construir até 2012 um total de 12 navios-patrulhas, cada um com um custo que varia entre 35 a 40 milhões de euros. No entanto esse número foi sendo revisto, sucessivamente, e prevê agora um total de seis na versão típica de navio de guerra e fiscalização costeira, e mais dois equipados para o combate e tratamento à poluição marítima.

Combate à poluição comprometido Os atrasos na entrega do primeiro par, NRP Viana do Castelo e NRP Figueira da Foz, estão ainda a condicionar a construção do segundo par, de combate à poluição, cujo desenvolvimento só poderá avançar depois de concluídos todos os projectos. "É necessário garantir qualidade dos navios, porque vão servir a Marinha nos 30 anos e é um projecto fundamental para o País", afirma a Armada.

Para além dos NPO, os ENVC estão a desenvolver os projectos para a construção de oito lanchas de fiscalização Costeira, com um custo unitário de 25 milhões de euros. Por adjudicar, à empresa vianense, continua a construção do navio polivalente logístico, um negócio superior a 250 milhões de euros, o qual servirá os três ramos das Forças Armadas.|


Fonte: DN 8 Jul 07
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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zocuni

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« Responder #904 em: Julho 08, 2007, 12:35:29 pm »
Tudo bem,

Pelo que li,na minha opinião a principal lacuna desse NPO é não ter deck de pouso para um helicóptero ligeiro.
Compararei com um exemplo concreto.A base da USCG(Guarda Costeira dos Estados Unidos) em Houston 8ºDistrito,tem uma frota de 4 HH-65A Dolphin,e sua área de atuação se concentra no canal de Houston,Baía de Galveston e o Golfo do México,utiliza as ambarcações "Cutter"(uma embarcação que vai de 20 a 120m,instalações para as tripulações e com capacidade de longos parídos no mar,e com área de vigilância desde o rio Colorado até Louisiana e extendendo-se a 300 Km,em pleno oceano Atlântico),muito parecido com nossas actividades.Têm como missões de busca e salvamento,patrulhamento,protecção ao meio ambiente e um forte tráfego ligado às plataformas petroliferas do Golfo do México.
Ora muito bem,onde quero chegar.Os nossos NPO de 1600t,poderiam e deveriam ter uma plataforma de pouso,mas penso que ao invés de utilizarmos os EH-101,os Sea-King,os NH-90 poderia ter visto uma opção ligeira do tipo,HH65A Dolfhin,sei lé até os Kamov-60 pois além de serem leves possuem sistema fenestron,diminuindo consideravelmente o ruído.
Era esta opinião que queria passar.

Abraços,
zocuni
 

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luis filipe silva

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« Responder #905 em: Julho 08, 2007, 01:53:50 pm »
Zocuni escreveu:
Citar
Ora muito bem,onde quero chegar.Os nossos NPO de 1600t,poderiam e deveriam ter uma plataforma de pouso,mas penso que ao invés de utilizarmos os EH-101,os Sea-King,os NH-90 poderia ter visto uma opção ligeira do tipo,HH65A Dolfhin,sei lé até os Kamov-60 pois além de serem leves possuem sistema fenestron,diminuindo consideravelmente o ruído.
Era esta opinião que queria passar.


Caro Zocuni

os patrulhas da classe Viana do Castelo têm plataforma para helicóptero Lynx, não têm é hângar que lhes permita ter um helicóptero embarcado permanentemente.
Quanto ao tipo de helicóptero, sempre preconizei que fossem adquiridos alguns (poucos) ligeiros sem armamento e equipados apenas com sensores IR e câmaras fotográficas. Teriam também de possuir um guincho.
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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luis filipe silva

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« Responder #906 em: Julho 08, 2007, 02:13:06 pm »
citação:
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A entrega dos NPO, cuja construção foi encomendada aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) pelo então ministro da Defesa Paulo Portas, continua a esbarrar em problemas de projecto. O da casa das máquinas do primeiro par de navios é, agora, o entrave principal, dadas as alterações pretendidas pela comissão de acompanhamento, constituída por elementos do Ministério da Defesa Nacional (MDN) e Marinha.

Antes, durante mais de um ano, foram problemas nos motores, fornecidos por uma empresa dinamarquesa, a protelar os trabalhos. Nesta altura, apurou o DN junto da empresa vianense, "há interesse" da nova administração dos Estaleiros Navais empossada em Abril, e do próprio Ministério da Defesa, em concluir este processo, que continua a embaraçar todas as partes envolvidas.

O primeiro par está na água desde 2005, mas as complicadas exigências de equipamento e instalações interiores continuam a condicionar a sua entrega. Contactada pelo DN, fonte da Armada reconheceu que a construção dos navios de patrulha "infelizmente tem acumulado atrasos" e que nesta altura "não é possível, com rigor, determinar a data de entrega".


Pois é, meus caros colegas. Por mais tinta que se gaste por aqui a defender a Direcção de navios os engenheiros navais e outros, o que eu chamo a isto é INCOMPETÊNCIA. Pena é que esta situação se verifique numa simples classe de patrulhas.
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Luis Filipe Silva
 

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Helis
« Responder #907 em: Julho 08, 2007, 02:16:46 pm »
Tudo bem,

Obrigado,Luis Filipe Silva pela clarificação sobre a limitação aparente dos nossos NPO.Agora entendi a sutileza e estou mais descansado.
Agora,se nós não temos sequer possibilidade em reequipar com Lynx,as nossas fragatas,pois temos um modelo salve o erro que já não é fabricado e com isso dificuldades operacionais.Na minha modesta opinião seria mais aconselhável para nossos NPO,os modelos acima citados com fenestron,e usarmos os Lynx sómente em fragatas onde precisamos dele para missões anti-submarino.Você lembrou muito bem tais helicópteros possuirem guincho,para situações SAR,sendo uma mais valia para os NPO,pois de vez em quando temos catástrofes naturais nos Açores.
De uma forma geral,estou gostando desse conceito dos NPO.Acho muito interessante,estou muito curioso (todos nós) para vermos o resultado.

Abraços,
zocuni
 

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lurker

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« Responder #908 em: Julho 08, 2007, 02:51:30 pm »
Infelizmente não está prevista na LPM a aquisição de nenhum helicóptero do género.
 

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luis filipe silva

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« Responder #909 em: Julho 08, 2007, 03:03:21 pm »
Lurker escreveu:
Citar
Infelizmente não está prevista na LPM a aquisição de nenhum helicóptero do género.

Mesmo que viesse a ser previsto numa LPM ou numa alteração à dita, sem hângar para os proteger das intempéries e para os manter operacionais durante uma comissão de serviço, eles eram inúteis, porque depressa se degradavam.
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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zocuni

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Ponto de vista
« Responder #910 em: Julho 08, 2007, 05:53:00 pm »
Tudo bem,

Quando vi,nosso projecto de NPO.Visualizei uma ideia algo distinta do que vejo.Para mim seria uma plataforma logistica para chegar num objectivo mais abrangente que postarei em seguida.Quanto a não ter Hangar,não vejo como uma questão essencial,me perdoem os especialistas,vejo em operar para fins civis e não tanto militares,isso é o que penso.Contudo com finalidades mais amplas e de acordo com nossas reais necessidades maritimas,o trazer para a sociedade civil a importância de tais meios,aliás um conceito muito moderno de tudo isto.Quando vi esses NPO(não corvetas),e seu conceito me reportei para nossas reais necessidades,o prestarmos operações SARou C-SAR,a nossas populações insulares,e continentais uma vez que Lisboa está assente numa placa de alta probabilidade sísmica.Sinceramente e de tudo que tenho visto e revisto,penso ser nesse contexto que se estão a construir nossos NPO.E verdade seja dita,na minha opinião muito bem,pois devemos estar preparados para isso,isso sim nos atestará uma eficácia de soberania.O Luker diz e muito bem,que não está na nossa LPM(os helicópteros fenestrn),tudo bem,aí eu pensei e entrei no meu conceito será que está no orçamento de nossa Adiministração Interna,pois tem mais haver com isso e com isso o orçamento de nossa marinha se dedicará exclusivamente a atribuições suas e não de SNPCB.Claro que é uma suposição,mas nós portugueses temos uma tendência para deitar abaixo em antes de ver.Veja-se a aquisição dos Orion P-3,as lanchas rápidas de fiscalização.Tudo tem haver.Concordo no atraso,mas creio ser político e não dos estaleiros em si,pois já constríram embarcações mais complexas.
Enfim esta é a visão do que deve ser nossa fiscalização marítima.E,penso a menos que muito me engane que a concepção original é.

http://www.aoptero.org/downloads/Ptero-2006.swf


Abraços,
zocuni
 

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Get_It

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Re: Ponto de vista
« Responder #911 em: Julho 08, 2007, 06:42:02 pm »
Citação de: "zocuni"
Contudo com finalidades mais amplas e de acordo com nossas reais necessidades maritimas,o trazer para a sociedade civil a importância de tais meios,aliás um conceito muito moderno de tudo isto.Quando vi esses NPO(não corvetas),e seu conceito me reportei para nossas reais necessidades,o prestarmos operações SARou C-SAR,a nossas populações insulares,e continentais uma vez que Lisboa está assente numa placa de alta probabilidade sísmica.Sinceramente e de tudo que tenho visto e revisto,penso ser nesse contexto que se estão a construir nossos NPO.

Para prestar apoio às populações em caso duma catástrofe desse tipo deveria ser o NAVPOL o principal meio a prestar apoio e não os NPO.

As principais missões do NPO devem ser o SAR e a fiscalização da nossa ZEE. Quanto à capacidade orgânica, seria mais uma capacidade, mas não a acho necessária devido ao alcance e à autonomia de voo dos EH-101. Mas fica aqui uma ideia - que duvido que tão cedo seja implementada. Para fiscalização os NPO podiam ser dotados dum UAV. Penso que até que o actual "deck" seria suficiente, o mais difícil seriam as instalações de controlo e uma oficina.

Agora, para um país pequeno como o nosso, e de forma a poupar recursos é claro que é necessário e inteligente incluir outras capacidades (capacidade de transporte de fuzileiros - até mesmo para efectuar as missões de fiscalização -, combate à poluição, etc.) neste mesmo projecto.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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zocuni

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« Responder #912 em: Julho 08, 2007, 07:09:12 pm »
Tudo bem,

Get_it.Se você viu o video que sugeri,aliás no (Coast Guard Channel),tem óptimos videos,sobre tal conceito que defendo.Você tem razão em afirmar que um NAVPOL,é muito mais eficaz também concordo,mas também quando afirma que somos um país "pequeno"(na sua definição,não tanto quanto no seu conceito,em relação ao pequeno),e termos prioridades.Mas é nesse conceito que começo a fechar meu puzzle,me parece claro que no futuro tais operações serão a nível SNBPC,até para deixarmos a nossa Marinha com o que se deve ou deveria preocupar.Mas junte as informações e verá que se eu estiver errado,até admito estar profundamente errado nada disto terá sentido.Penso neste conceito.Quanto ao NAVPOL,estivemos muito tempo parados,não se pode ir a todo lado ao mesmo tempo,ainda por cima termos séria restrições orçamentais,mas chegaremos lá,cada vez estou mais convicto disso,estamos a pensar de forma estruturante e não populista,agora tudo isto demora tempo,e inclusive pode não dar certo,infelizmente ou felizmente vivemos num sistema político que muda a quatro anos,com alternância entre PS e PSD,e o que uns projectam quando os outros assumem,modificam todos esses projectos por pura vaidade,até os bons.
Sinceramente estou dando o benefício da dúvida,certo que tanto eu como todos nós pretendemos uma reestruturação que nos coloque num estágio superior.Veja a modernidade,hoje as missões são mediáticas e sobretudo de cariz humanitário,não seria muito mais eficaz por exemplo,em vez de mandarmos a Corveta Honório Barreto,para a Guiné-Bissau mandarmos uma ambarcação de apoio humanitário,mas primeiro temos de nos respaldar,é por aí que vejo tudo isto,se não tudo isto é triste tudo isto é fado.

Abraços,
zocuni
 

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PereiraMarques

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« Responder #913 em: Julho 08, 2007, 11:21:28 pm »
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Patrulhões a ver navios nos Estaleiros de Viana

PAULO JULIÃO
HERNÂNI PEREIRA-ARQUIVO DN (imagem)    
 
A Armada portuguesa vai continuar a operar, pelo menos até 2008, com navios cuja vida útil expirou há mais de cinco anos devido ao atraso na entrega dos novos navios de patrulha oceânica (NPO), esperados desde 2006 para a substituição da frota de corvetas que há mais de 35 anos presta serviço naquele ramo.

A entrega dos NPO, cuja construção foi encomendada aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) pelo então ministro da Defesa Paulo Portas, continua a esbarrar em problemas de projecto. O da casa das máquinas do primeiro par de navios é, agora, o entrave principal, dadas as alterações pretendidas pela comissão de acompanhamento, constituída por elementos do Ministério da Defesa Nacional (MDN) e Marinha.

Antes, durante mais de um ano, foram problemas nos motores, fornecidos por uma empresa dinamarquesa, a protelar os trabalhos. Nesta altura, apurou o DN junto da empresa vianense, "há interesse" da nova administração dos Estaleiros Navais empossada em Abril, e do próprio Ministério da Defesa, em concluir este processo, que continua a embaraçar todas as partes envolvidas.

O primeiro par está na água desde 2005, mas as complicadas exigências de equipamento e instalações interiores continuam a condicionar a sua entrega. Contactada pelo DN, fonte da Armada reconheceu que a construção dos navios de patrulha "infelizmente tem acumulado atrasos" e que nesta altura "não é possível, com rigor, determinar a data de entrega".

Abril de 2008 continua a ser a única altura admitida para a entrega, apesar de não estar garantida. Certo é que a situação obriga a "esticar", por mais um ano, a vida dos navios a substituir, as corvetas que navegam desde os anos 70. "Tinham um ciclo de manutenções e abate já estabelecido em função da entrega dos navios de patrulha, mas que tivemos a necessidade de alterar, obviamente com um acréscimo de custos", acrescentou outra fonte da Marinha. Em termos de operação, as corvetas custam mais 30 por cento do que os navios de patrulha.

Enquanto os Estaleiros Navais de Viana não entregam os navios de patrulha contratados, a Marinha terá que manter operacionais as sete corvetas que ainda navegam, três da classe Baptista Andrade e as restantes quatro da classe João Coutinho, lançadas à água entre 1970 e 1973. "Já não são navios combatentes, asseguram missões de socorro e fiscalização no mar. Mas são navios que tinham uma vida de trinta anos e que importa substituir", defende a Marinha.

No âmbito do programa de reequipamento da Marinha, definido em 2004, os Estaleiros deveriam construir até 2012 um total de 12 navios-patrulhas, cada um com um custo que varia entre 35 a 40 milhões de euros. No entanto esse número foi sendo revisto, sucessivamente, e prevê agora um total de seis na versão típica de navio de guerra e fiscalização costeira, e mais dois equipados para o combate e tratamento à poluição marítima.

Combate à poluição comprometido Os atrasos na entrega do primeiro par, NRP Viana do Castelo e NRP Figueira da Foz, estão ainda a condicionar a construção do segundo par, de combate à poluição, cujo desenvolvimento só poderá avançar depois de concluídos todos os projectos. "É necessário garantir qualidade dos navios, porque vão servir a Marinha nos 30 anos e é um projecto fundamental para o País", afirma a Armada.

Para além dos NPO, os ENVC estão a desenvolver os projectos para a construção de oito lanchas de fiscalização Costeira, com um custo unitário de 25 milhões de euros. Por adjudicar, à empresa vianense, continua a construção do navio polivalente logístico, um negócio superior a 250 milhões de euros, o qual servirá os três ramos das Forças Armadas.|

Fonte: http://dn.sapo.pt/2007/07/08/nacional/p ... viana.html
 

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SSK

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« Responder #914 em: Julho 09, 2007, 12:10:50 am »
Sempre que saem noticias dos NPO até me arrepio... :?  :?
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo