Portugal é um dos países com mais analfabetismo informático

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Marauder

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Portugal é um dos países com mais analfabetismo informático

Mais de metade dos portugueses não tem quaisquer conhecimentos básicos de informática, tornando Portugal um dos países da União Europeia (UE) com uma taxa mais elevada de «analfabetismo informático», indica um estudo hoje divulgado em Bruxelas.


O estudo levado a cabo pelo Eurostat, o gabinete oficial de estatísticas da UE, e referente a 2005, revela que 54% dos portugueses não têm os chamados conhecimentos básicos de informática e 09 por cento têm um nível de conhecimento considerado «baixo», enquanto 22% têm conhecimentos de informática «médios» e apenas 13% «elevados».

O inquérito sobre a «sociedade da informação» demonstra ainda que 53% dos portugueses nunca usaram um computador na vida e que uma grande maioria - 72% - não acede regularmente à Internet.

Entre os 17 Estados-membros sobre os quais há dados disponíveis, Portugal é um dos seis países em que o «analfabetismo informático» afecta mais de metade da população, sendo o quarto com um valor mais elevado, em conjunto com o Chipre, e apenas superado por Grécia (65%), Itália (59) e Hungria (57).

No extremo oposto da lista encontram-se a Dinamarca e a Suécia, onde apenas 10 e 11% da população, respectivamente, não têm conhecimentos informáticos básicos, sendo a média comunitária de «analfabetismo informático» de 37%.

O estudo sublinha que se registam grandes diferenças a nível de conhecimentos informáticos em função da idade e do nível de instrução.

Em Portugal, o «fosso» é particularmente visível em função do grau de instrução da população: o «analfabetismo» atinge 69% da população com um nível de instrução baixo e apenas 5% da população com habilitações superiores, sendo que apenas um por cento dos estudantes não têm quaisquer conhecimentos básicos de como utilizar um computador.

Diário Digital / Lusa

20-06-2006 12:25:00


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=68573

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PereiraMarques

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« Responder #1 em: Junho 20, 2006, 11:54:32 pm »
Quando há professores universitários que nem sequer querem aprender porque têm sempre uma "legião" de assistentes, pseudo-assistentes, investigadores, etc., que lhes fazem tudo, desde escrever um textozinho no word ou um gráfico no Excel... :?
 

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Azraael

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« Responder #2 em: Junho 21, 2006, 04:10:51 pm »
Se fosse so analfabetismo informatico ate que nem seria muito mau...
 

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pedro

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« Responder #3 em: Junho 21, 2006, 06:27:41 pm »
Esta noticia nao me espanta nada. :?
Cumprimentos
 

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Luso

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« Responder #4 em: Junho 21, 2006, 10:08:16 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Quando há professores universitários que nem sequer querem aprender porque têm sempre uma "legião" de assistentes, pseudo-assistentes, investigadores, etc., que lhes fazem tudo, desde escrever um textozinho no word ou um gráfico no Excel... :crit:
E o mestrado :shock:
Desenvolvimento mas da carteira dele e dos amigos!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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PereiraMarques

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« Responder #5 em: Junho 21, 2006, 11:28:42 pm »
Então ó mafarrico também andas a fazer mestrado na área do Desenvolvimento Regional? :oops:  :roll: )...

Se precisares de um capítulo sobre Distritos Industriais Marshallianos/Clusters/Sistemas Produtivos Locais, etc., vendo baratinho... :wink:

Cumprimentos
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Luso

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« Responder #6 em: Junho 22, 2006, 12:12:13 am »
Anda lá perto e é na Universidade de Aveiro.
Apesar de ficar a saber umas coisas novas sobre economia e inovação aprecebi-me que aquilo é que é enganar a gente nova!
O curso é ministrado sobretudo por professores de "Planeamento Regional e Urbano": que treta pegada. Uma vigarice e os alunos depois de sair e terem que enfrentar a realidade ficam tramados por é um curso só de blábláblá dado por gente sem o mínimo contacto com a realidade. Políticos, futuros políticos ou gente a fazer-se ao tacho.
Uma vergonha.

Mas graças aos conhecimentos adquiridos sobre economia agora digo: um mestrado é um método para reduzir os custos fixos de uma universidade (professores mal ocupados, salas vazias, etc).

Não é à toa que sou cínico e péssimista...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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PereiraMarques

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« Responder #7 em: Junho 22, 2006, 12:20:16 am »
Suponho que um dos professores tenha sido o Artur Rosa Pires, que foi Secretário de Estado do Durão Barroso
http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Go ... aPires.htm

E para um arquitecto não deve dar mais jeito o Planeamento Regional e Urbano do que a Economia? (Por acaso com a história da Declaração de Bolonha a Licenciatura em PRU ai de Aveiro desapareceu...)

Cumprimentos
BPM
 

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Luso

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« Responder #8 em: Junho 22, 2006, 12:36:42 am »
Não escolhi esse curso porque - com franqueza - já não me acreditava (nem acredito) que me fossem capazes de ensinar grande coisa de novo. Era mastigar banalidades. Depois há muito para melhorar e um sem fim de inovações a introduzir. Para que se possa escapar deste maramo, originado em parte pela sabedoria dos senhores professores dos outros cursos, inclusive da minha licenciatura.

Mas era capaz de lhes dar umas aulas :twisted:
O problema é que eles não querem saber querem é outra coisa...
Sim, Rosa Pires foi meu "professor".
Que personagem interessante e reveladora!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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PereiraMarques

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« Responder #9 em: Junho 22, 2006, 12:43:24 am »
Olha, olha não me digas que trabalhas num departamento/divisão de Urbanismo/Ordenamento/Planeamento duma CM...não arranjas para ai uma revisão de PDM, ou um PU ou PP para a empresa onde o jê trabalha...não custa nada tentar arranjar umas "cunhas" :wink:

Cumprimentos
BPM
 

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Luso

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« Responder #10 em: Junho 22, 2006, 11:44:12 pm »
Cunhas arrajam-se sempre, se fores empreiteiro ou fores familiar de algum à quem a Câmara deve favores.
Quanto aos Planos, o que sucede é a Câmara ter técnicos à altura, da terra e com o conhecimento do terreno e, no entanto, prefere-se constantemente gente de fora, teóricos que se recusam a conhecer pessoalmente o terreno e sem a mínima competência técnica (ah aqueles anos do PREC!). Só que são professores universitários e enganam os parolões eleitos (e as chefias formadas durante o PREC!). Esses vão ganhar o dinheiro e nós vamos ficar a resolver os problemas que eles deixarem quando se forem embora - se se forem embora, porque para acabar as coisas implica a materialização de opções, algo que assusta o espírito cobarde dos eleitos.
Não é à toa que planos que deveriam demorar 8 meses a serem executados demoram estão há 8 anos para serem executados. Isto diz tudo.
E ainda para mais quando eles nunca se interessam por nada, a não ser aqueles jeitinhos particulares a este e aquele.
E depois acho graça a uma coisa: esses teóricos das universidades advogam verdades políticamente correctas, de "transparência, "ganhar a confiança das pessoas com vitórias pequenas mas sucessivas", "integrar as pessoas no processo de decisão", "responsabilização" - ou como eles gostam de dizer "accountability" a verdade diz o contrário: negam-se a assumir as suas posições, querem o segredo e projectam megalomanias completamente desligadas da realidade económica e da capacidade de execução dos municípios.
Fujam desses tipos!
Teóricos do políticamente correcto e das verdades de La Palisse são vigaristas.
Avisa quem sabe.

Está agora o senhor contribuinte a ver onde vai para o seu dinheiro?
Esse dinheiro serve para uns senhores endireitarem as bananas que outros entortaram.
E mal.

Por lutar constatemente contra isto e constantemente perder, ganhei o direito de ser péssimista. Não me venham, portanto, com cantigas.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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alfsapt

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« Responder #11 em: Junho 23, 2006, 10:37:28 am »
Realmente é uma questão de cultura. Enquanto outros (países/povos) procuram acolher todo o tipo de evolução tecnológica, o Tuga só o faz quando pessoalmente lhe convém.

Por experiência própria sei que "aprender" a enviar Emails num ambiente de escritório é algo muito complexo de implementar que obriga investimentos em "formação", "infraestruturas", "capacidades" entre tudo o que fôr possível de "impingir" para ultrapassar inúmeras dificuldades desde a interpretação dos imcompreensíveis clientes de Email à necessidade de imensa habilidade na coordenação dos olhos com os movimentos da mão que utiliza o rato...

...sendo os que apresentam mais dificuldades os mesmos que alimentam as correntes de Email com anedotas, filmes e fotos!

Acho ainda mais piada por estas mesmas pessoas tentarem convencer os técnicos de informática (que sabem que fazem a gestão dos emails) das suas inultrapassáveis "dificuldades"! Pergunto-me se isto é apenas característico dos Tugas?!

Que fazer? Talvez como às crianças, o mesmo que o Governo está a tentar fazer com a venda exclusiva do selo (imposto de circulação?) pela internet; obrigar!
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma."
Padre Antonio Vieira