Cunhas arrajam-se sempre, se fores empreiteiro ou fores familiar de algum à quem a Câmara deve favores.
Quanto aos Planos, o que sucede é a Câmara ter técnicos à altura, da terra e com o conhecimento do terreno e, no entanto, prefere-se constantemente gente de fora, teóricos que se recusam a conhecer pessoalmente o terreno e sem a mínima competência técnica (ah aqueles anos do PREC!). Só que são professores universitários e enganam os parolões eleitos (e as chefias formadas durante o PREC!). Esses vão ganhar o dinheiro e nós vamos ficar a resolver os problemas que eles deixarem quando se forem embora - se se forem embora, porque para acabar as coisas implica a materialização de opções, algo que assusta o espírito cobarde dos eleitos.
Não é à toa que planos que deveriam demorar 8 meses a serem executados demoram estão há 8 anos para serem executados. Isto diz tudo.
E ainda para mais quando eles nunca se interessam por nada, a não ser aqueles jeitinhos particulares a este e aquele.
E depois acho graça a uma coisa: esses teóricos das universidades advogam verdades políticamente correctas, de "transparência, "ganhar a confiança das pessoas com vitórias pequenas mas sucessivas", "integrar as pessoas no processo de decisão", "responsabilização" - ou como eles gostam de dizer "accountability" a verdade diz o contrário: negam-se a assumir as suas posições, querem o segredo e projectam megalomanias completamente desligadas da realidade económica e da capacidade de execução dos municípios.
Fujam desses tipos!
Teóricos do políticamente correcto e das verdades de La Palisse são vigaristas.
Avisa quem sabe.
Está agora o senhor contribuinte a ver onde vai para o seu dinheiro?
Esse dinheiro serve para uns senhores endireitarem as bananas que outros entortaram.
E mal.
Por lutar constatemente contra isto e constantemente perder, ganhei o direito de ser péssimista. Não me venham, portanto, com cantigas.