Esse é um exemplo em termos de operações, mas há os problemas relativamente aos dados fornecidos pelos fabricantes russos de equipamentos.
Como eles não seguem nenhum padrão pré estabelecido tendem a "dobrar" normas e a ser muito criativos.
Por exemplo: Eles costumam dar numeros relativamente a alcances, baseados no valor máximo estimado a partir das experiências.
Um caso um bocado anedótico, é o de um míssil americano, que tem um alcance X (vamos supor 10km). Esse alcance é baseado numa garantia do fabricante e em testes que têm que ser certificados.
Já os russo disparam o míssil e vão ver onde ele caiu. Para os russos, esse é o alcance máximo do míssil.
Isto tem muito a ver com a tradição russa de desenvolvimento de sistemas.
Faz-se um avião e vai-se colocando o avião no ar.
Até morrerem dez pilotos de provas em acidentes, estuda-se o acidente, altera-se, estuda-se a aerodinâmica e lançam-se um novo modelo.
Se o piloto seguinte não morrer no voo, o modelo é aprovado.
Quando morre o décimo piloto de teste, abandona-se o projecto.
Isto pode parecer ridiculo, mas em grande medida é assim. Foi assim com o programa espacial, foi assim com vários dos MiG e dos Sukhoi.
Como os russos partem do principio de que é natural morrerem os pilotos de teste, não há grande problema.
Desde o tempo da URSS que os pilotos de teste eram os mais bem pagos.
E não só foi assim, como esta aproximação ao problema tem dado bons resultados.
É também por isso que os russos raramente lançam um novo modelo, preferindo sempre lançar uma modernização. É por isso que a suspensão dos actuais T-90, ainda tem raízes na do T-34.