Efectivamente já há no território alguns responsáveis politicos locais que pediram a Portugal a disponibilização de uma compahia da GNR para ajudar a polícia local a controlar os distúrbios, e para eventual reforço da segurança.
O que me parece, e agora vou dar a minha opinião, é a seguinte:
Um país quando vê os seus cidadãos em perigo não precisa, à luz do direito internacional de pedir permissão ao país em crise para resgatar os seus cidadãos.
Isso acontece frequentemente com vários países ocidentais em África.
Por isso, e se a a situação se se agravar a ponto de se verificar que os portugueses lá correm sérios riscos de segurança, Portugal teria 2 caminhos:
Solicitar à Austrália a ajuda para a protecção da comunidade estrangeira lá, o que incluiria os portugueses ou tentar na medida das suas possibilidades fazer avançar para lá uma força militar e/ou militarizada para proteger as instalações de concentração dos nacionais, assegurar um corredor de segurança, e a partir daí, embarcar as pessoas em aviões fretados.
O que eu preconizaria era desde já o envio de uma fragata VdG, que até poderia atracar em Moçambique, um país amigo, e que fica sensivelmente a meio caminho, e a partir daí, avaliar a situação.
Se a coisa acalmasse, a fragata regressaria a Portugal, ou faria uma visita a Timor num ambiente mais calmo, como a que a NRP Corte Real fez recentemente a alguns dos PALOP's (para mostrar bandeira).
É que mais uma vez, Portugal, e todos nós estamos cientes das distâncias envolvidas e dos poucos recursos que temos, não pode ficar de cócoras, como ficou em 1999, em que mau grado o brilhante trabalho diplomático que efectuaou, no terreno adoptou a triste figura do "vá lá um de nós, que eu fico aqui", chegando a nossa Vasco da Gama a Timor um mês depois dos primeiros C-130 australianos terem aterrado em Dili.
Muito pouco, para quem se diz interessado, e tem responsabilidade sobre os seus nacionais.
Por isso, o que eu preconizaria era isso:
Partida desde já de uma fragata e 2 Linx's para território mais perto, avaliação constante da situação e depois, se esta relamente descambasse para um processo de violência que colocasse em risco a integridade e segurança dos muitos portugueses no local, fazer avançar a fragata, com os fuzileiros, e mais 2 C-130 que aterrariam em Baucau.
Nesses 2 C-130, também 2 pelotões de operações especiais, ou Comandos e 2/3 viaturas tácticas para apoio.
O que não seria incompatível com o auxílio da Áustrália.
Mas Portugal manteria e marcaria a sua presença lá, e deixaria de ser tão dependente.
Se temos tropas para o Kososvo e Afeganistão, porque nos "cortamos" relativamente a Timor?