Votação

O que deveria fazer Portugal?

Esperar para ver o evoluir da situação
3 (13%)
Caso a situação se agrave, solicitar a ajuda e apoio da Austrália
2 (8.7%)
Fazer avançar desde já uma fragata com um corpo de fuzileiros
9 (39.1%)
Enviar a fragata e 2 C-130H para ponte entre Dili e Darwin
9 (39.1%)

Votos totais: 22

Votação encerrada: Maio 09, 2006, 10:51:27 am

Crise em Timor - o que pode fazer Portugal?

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Rui Elias

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Crise em Timor - o que pode fazer Portugal?
« em: Maio 09, 2006, 10:51:27 am »
Dada a situação de crise militar e politica em Timor, e dado o facto de nesse território residirem diversos portugueses, o que poderia a esta distância fazer Portugal para garantir a segurança dos seus nacionais?

Portugal já teve essas experiências, através de intervençõees de resgate, em Luanda em 1992 e em Bissau em 1998.

Timor fica substancialmente mais longe que qualquer um dos países atrás referidos, pelo que a deslocação de meios para garantir a segurança durante o processo de resgate pode ser demorada.

Se o resgate pode ser feito com recurso a aviões civis fretados, há que garantir corredores de segurança, caso a situação militar descambe para um caos profundo, com ausência de poder militar no pequeno país.

Nessa situação, e dado que ontem o nosso Minsitro da Defesa afirmou que as FA's portuguesas estariam em condições de intervir nesse sentido, com que meios e em que tempo útil poderiam actuar?

Mais uma vez se nota em Portugal uma efectiva carência na capacidade de projecção de forças por meios aéreos, para que uma intervenção seja rápida.

Daí este questinário:

Portugal pode ficar parado, ou fazer avançar desde já para Timor, uma fragatas (sabendo-se que a duração dessa viagem representa um mês)?
 

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Marauder

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« Responder #1 em: Maio 09, 2006, 01:25:26 pm »
Até que a fragata chegue lá ui...

 Se querem meter meios navais na zona, que se peça às nações amigas - Austrália e Nova Zelandia. Um mês é demasiado tempo, quando em algumas horas a Austrália pode meter uma fragata lá. A austrália já veio a público afirmar que se for preciso manda mais tropas. Outros países demostraram estar atentos, como a China hoje.  

 Eu defendo forças (C-130s e companhia de fuzileiros, ou paraquedistas etc) em prevenção em Portugal caso a situação piore.

 Porque não reforçar temporariamente a posição em Timor, sobre a ONU é claro. Um reforço temporário da segurança lá.
 

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pedro

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« Responder #2 em: Maio 09, 2006, 02:29:59 pm »
Alguem poderia dizer me o nivel das relacoes entre Portugal e a Australia?
Cumprimentos :lol:
 

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Shar[K]

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« Responder #3 em: Maio 09, 2006, 03:10:21 pm »
Claro que a China e Australia mandam logo tropas e bens e afins... aquilo tem petroleo!

Uma fragata com um corpo de fuzileiros foi o que votei, no entanto não é a opção logica, errei. Uma fragata demorava 1mes a lá chegar, depois tinha de ser uma da classe Vasco Da Gama, pois é sem duvida preciso Helis visto que as João Belo não teem landing pad.
Depois temos 3 Vasco da Gama, uma está no swordfish, a outra em manutenção...e a restante é a tal que leio nos foruns que ta sempre parada ou a ir patrulhar barcos de pesta (dizem que se passa qualquer coisa com a fragata).

O ideal seria enviar um C-130 com tropas para proteger cidadãos portugueses em caso de evacuação de emergencia. Os cidadãos vinham por meio de aviões civis/fretados.
 

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Jorge Pereira

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« Responder #4 em: Maio 09, 2006, 05:18:49 pm »
Portugal não pode nem deve avançar – salvo se a situação tomar contornos incontroláveis – sem um pedido claro do governo timorense ou – o que seria ideal – do Presidente Xanana Gusmão.

Qualquer tentativa de intervenção neste momento sem o aval de alguma destas entidades timorenses correria o risco de ser interpretada como uma intromissão da potencia colonial num pais soberano.

Se o pedido de ajuda vier de facto a consumar-se, penso que uma força como a da GNR que esteve no Iraque seria suficiente e talvez a mais vocacionada para esta missão.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Nuno Bento

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« Responder #5 em: Maio 10, 2006, 12:51:03 am »
Do conhecimento que tenho da realidade timorense penso que a medida ideal seria enviar já por um avião um pelotão +- 30 soldados da GNR (os timorenses so de ouvirem o nome GNR ficam logo com medo), até o ramos horta ontem disse na TV, quando estava a falar dos policias mortos e feridos ,  que o melhor era virem uns quantos GNR e que os mesmos estiveram no Iraque e não tiveram baixas.
Tal contigente seria o suficiente para fazer a segurança dos Portugueses, e  preparar a eventual evacuação possivelmente em aviões fretados.
 

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Rui Elias

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« Responder #6 em: Maio 10, 2006, 10:28:54 am »
Efectivamente já há no território alguns responsáveis politicos locais que pediram a Portugal a disponibilização de uma compahia da GNR para ajudar a polícia local a controlar os distúrbios, e para eventual reforço da segurança.

O que me parece, e agora vou dar a minha opinião, é a seguinte:


Um país quando vê os seus cidadãos em perigo não precisa, à luz do direito internacional de pedir permissão ao país em crise para resgatar os seus cidadãos.

Isso acontece frequentemente com vários países ocidentais em África.

Por isso, e se a a situação se se agravar a ponto de se verificar que os portugueses lá correm sérios riscos de segurança, Portugal teria 2 caminhos:

Solicitar à Austrália a ajuda para a protecção da comunidade estrangeira lá, o que incluiria os portugueses ou tentar na medida das suas possibilidades fazer avançar para lá uma força militar e/ou militarizada para proteger as instalações de concentração dos nacionais, assegurar um corredor de segurança, e a partir daí, embarcar as pessoas em aviões fretados.

O que eu preconizaria era desde já o envio de uma fragata VdG, que até poderia atracar em Moçambique, um país amigo, e que fica sensivelmente a meio caminho, e a partir daí, avaliar a situação.

Se a coisa acalmasse, a fragata regressaria a Portugal, ou faria uma visita a Timor num ambiente mais calmo, como a que a NRP Corte Real fez recentemente a alguns dos PALOP's (para mostrar bandeira).

É que mais uma vez, Portugal, e todos nós estamos cientes das distâncias envolvidas e dos poucos recursos que temos, não pode ficar de cócoras, como ficou em 1999, em que mau grado o brilhante trabalho diplomático que efectuaou, no terreno adoptou a triste figura do "vá lá um de nós, que eu fico aqui", chegando a nossa Vasco da Gama a Timor um mês depois dos primeiros C-130 australianos terem aterrado em Dili.

Muito pouco, para quem se diz interessado, e tem responsabilidade sobre os seus nacionais.

Por isso, o que eu preconizaria era isso:

Partida desde já de uma fragata e 2 Linx's para território mais perto, avaliação constante da situação e depois, se esta relamente descambasse para um processo de violência que colocasse em risco a integridade e segurança dos muitos portugueses no local, fazer avançar a fragata, com os fuzileiros, e mais 2 C-130 que aterrariam em Baucau.

Nesses 2 C-130, também 2 pelotões de operações especiais, ou Comandos e 2/3 viaturas tácticas para apoio.

O que não seria incompatível com o auxílio da Áustrália.

Mas Portugal manteria e marcaria a sua presença lá, e deixaria de ser tão dependente.

Se temos tropas para o Kososvo e Afeganistão, porque nos "cortamos" relativamente a Timor?
« Última modificação: Maio 10, 2006, 11:00:19 am por Rui Elias »
 

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luis filipe silva

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« Responder #7 em: Maio 10, 2006, 10:45:22 am »
In Noticias Luzófonas:

Citar
«Se necessário, portugueses sairão via Austrália», diz Embaixador
[ 9-May-2006 - 15:22 ]

Em caso de necessidade, a retirada da comunidade portuguesa em Timor-Leste, cerca de 500 pessoas, será feita por via aérea através da Austrália, informou hoje o embaixador de Portugal, João Ramos Pinto.
-----------------------------
saudações:
Luis Filipe Silva
 

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ricardonunes

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« Responder #8 em: Maio 10, 2006, 02:04:46 pm »
Artigo do Diário Digital.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=227069

Mais uma vez estamos sem dinheiro :(
Potius mori quam foedari
 

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Nuno Bento

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« Responder #9 em: Maio 11, 2006, 12:27:14 am »
Citação de: "Rui Elias"



Por isso, o que eu preconizaria era isso:

Partida desde já de uma fragata e 2 Linx's para território mais perto, avaliação constante da situação e depois, se esta relamente descambasse para um processo de violência que colocasse em risco a integridade e segurança dos muitos portugueses no local, fazer avançar a fragata, com os fuzileiros, e mais 2 C-130 que aterrariam em Baucau.

Nesses 2 C-130, também 2 pelotões de operações especiais, ou Comandos e 2/3 viaturas tácticas para apoio.





Porque Baucau e não Dili? cerca de 80% da comunidade portuguesa vive em dili e a distancia baucau dili leva cerca de 2H 30 m a ser percorrida. E o Aeroporto de Dili tem capacidade para a aterragem de c-130  eu proprio ja os vi aterrar e descolar varias vezes.
 

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Rui Elias

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« Responder #10 em: Maio 11, 2006, 09:38:19 am »
Eu sei, Nuno.

Todos nós vimos pela TV os primeiros C-130 australianos a aterrar em Dili.

Mas para aviões de mauior porte, o de Baucau é melhor para retirar as pessoas.

Imaginemos que seriam necessários aviões a jacto para essa retirada.

Os C-130 aterravam em Baucau, com 2 pelotões de comandos e uma viatuiras pafra asegurar o comando do aeroposto, e asseguravam um perimetro de segurança à volta do aéroporto para que depois, através do corpo de fuzos da Armada, com a fragata acostada em Dili, se pudesse fazer ao corredor de seguraça entre as 2 cidades.

Porque para retirar toda a quela gente seriam necessária muitas viagens de C-130 entre Dili ou Baucau e Darwin.

Ora com o fretamento de um jacto de passageiros, bastariam 2 ou 3 viagens para que os mais de 500 portugueses que quisessem regressar o pudessem fazer.
 

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TOMKAT

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« Responder #11 em: Maio 11, 2006, 09:50:25 pm »
Parece que as duas OHP da Marinha Portuguesa já vão a caminho de Timor...

E vão lá chegar rapidamente,... à velocidade dum pensamento...

Já têm montado o novo sistema Stealth que lhes confere uma verdadeira invisibilidade... ninguém as consegue ver,.... nem nós.

Os nossos inimigos que se cuidem.... :roll:
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Nuno Bento

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« Responder #12 em: Maio 11, 2006, 11:55:51 pm »
Citação de: "Rui Elias"
Eu sei, Nuno.

 2 pelotões de comandos e uma viatuiras pafra asegurar o comando do aeroposto, e asseguravam um perimetro de segurança à volta do aéroporto
.


O Batalhão de Infantaria de Baucau, o unico actualmente operacional das FDTL tem o seu quartel no Aeroporto de Baucau. Se eles se manifestassem hostis(o que eu não acredito)  não eram 2 pelotões que iriam assegurar o controlo do Aeroporto.
« Última modificação: Maio 11, 2006, 11:58:07 pm por Nuno Bento »
 

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luis filipe silva

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« Responder #13 em: Maio 11, 2006, 11:57:51 pm »
Sem fazer grandes filmes como o Rui Elias que julga que somos uma potência, já há muitos dias deviamos ter um C 130 em Darwin.Em poucas viagens punham os Tugas em segurança, e não pedíamos favores a ninguém.No entanto os governos português e australiano têm um plano de evacuação estudado em caso de necessidade.É assim que funciona entre nações civilizadas. Simples, não?
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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Nuno Bento

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« Responder #14 em: Maio 12, 2006, 12:24:08 am »
O que vale é que eu penso que isto tudo não passa de jogadas politicas com uns ajustes de contas pelo meio(o povo maubere é muito vingativo), pelo que nunca será necessário uma evacuação. O que Portugal tem a fazer e respondendo ao apelo do governo de timor leste é enviar uma companhia da GNR para ajudar na pacificação. Porque a policia local ainda esta muito verdinha, vejam la que o policia que foi esfaqueada ate a morte, o foi, porque quando foram chamados para resgatar o Secretario de estado que estava raptado os raptores disseram que so deixavam a policia aproximar-se se fosse desarmada. E assim a policia foi desarmada, escusado será dizer que os raptores quando viram a policia desarmada carregaram com catanas sobres os policias Matando um e esfaqueando mais dois.