Ontem vi a entrevista do Marcelo Reberlo de Sousa na RTP e achei-a bem equilibrada relativamente a este caso.
Ele, como eu, acho os cartoons em questão meio xenófobos ao tomar a parte pelo todo, e ao dar a entender que os muçulmanos são todos potencialmete terroristas, e ao dar a entender que o terrorismo e extremiso islamico é de inspirado pelas palavras do Profeta.
Ora em nenhuma passagem do Corão se apela à intolerância au ao terrorismo.
Nem me convenço com a história de que o ocidente não se dever colocar de cócoras perante os protestos dos árabes e outros muçulmanos.
O ocidente invadiu e ocupou um país árabe baseado em mentiras, apoia Israel que ocupa territórios há decadas, portanto, aqui se há alguem que está a ser espezinhado e humilhado não é o ocidente.
Os povos árabes vivem também eles espezinhados por ditaduras pró-ocidentais corruptas, o que dá terreno para que os islamistas mais radicais recrutem cada vez mais gente nas fileiras das populações.
Tradicionalmente o islamismo é bem tolerante, e ainda na actualidade há imensas comunidades de judeus e cristãos a viver pacificamente em países árabes e islâmicos.
Marcelo chamou a atenção para o facto do jornal dinamarquiês ser da extrema direita xenófoba e é nesse contexto que teriamos que compreender o contexto em que foram feitas.
Claro que o sagrado princípio da liberdade de exressão não serve para tudo.
Se alguém fizesse a caricatura da mãe do cartoonista a prostituir-se na rua, provavelmente ele não iria gostar.
E não é a melhor altura para deitar mais achas para a fogueira.