U209PN

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SSK

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« Responder #855 em: Março 07, 2009, 11:45:18 am »
Não esquecer que as células de combustível não carrega as baterias. O que elas fazem é produzir energia para fazer rodar o permasyn.

O Closed Cycle Diesel seria 3/4 geradores a produzir rápidamente energia para carga de uma bateria. O que para missões do tipo das nossas seria o mais apropriado e barato.

Nós não andamos dias e dias na costa do inimigo. Se tivermos situações de aperto são sempre coisas momentâneas e sempre em águas oceânicas. Assim, sempre que tivermos situações de aperto lá se gastam milhões para fugir a algo e com limite de velocidade com as células de combustível. O gasóleo é barato e pode ser reabastecido no mar o Hidrogénio nem é barato nem se pode reabastecer no mar...

O silêncio é algo de relativo, principalmente quando existem condições oceanográficas, para quem anda por baixo, que permitem contornar o motor a diesel a trabalhar.
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
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nelson38899

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« Responder #856 em: Março 07, 2009, 11:54:58 am »
boas

Como está a correr as provas do submarino??

Já passaram perto da nossa costa, ou os testes são só no mar do norte
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AC

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« Responder #857 em: Março 07, 2009, 03:10:54 pm »
SSK,

há aí um detalhe importante: também tem de re-abastecer de oxigénio para poder queimar esse diesel enquanto submergido. E para conseguir armazenar oxigénio suficiente dentro do submarino, tem de estar no estado líquido, a uma temperatura inferior a 183 ºC.
A produção e transporte de oxigénio líquido é mais complicada.
E uma vez mais: um motor a diesel ia requerer mais oxigénio para a mesma quantidade de energia produzida.

Já o hidrogénio, nos submarinos alemães, é armazenado em matrizes de hidretos metálicos, que permitem temperaturas e pressões relativamente simples.
E neste caso, pode ser obtido com alguma facilidade localmente, a partir da electrólise da àgua ou conversão de etanol. O sistema pode ser compacto q.b.:
- Os S-80 usam células de combustível e fazem a conversão de etanol para hidrogénio dentro do próprio submarino.
- A Air Products criou uma estação de abastecimento de hidrogénio para a marinha alemã do tamanho de um contentor standard (daqueles que são transportados de camião).

Como você diz, os nossos submarinos não andam dias a fio perto da costa. Qual é a possibilidade de esconder o ruido dos geradores diesel quando o submarino está em mar alto, com o fundo oceânico a uma profundidade maior do que a que o submarino pode atingir?
 

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MERLIN

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« Responder #858 em: Março 07, 2009, 05:13:37 pm »
O principal problema do AIP é o custo do hidrógenio e da complexidade de carregar o mesmo. Só à uma empresa (holandesa) que o faz, por isso o custo de utilização do AIP nos nossos U209PN vai ser altíssimo. E com os orçamentos actuais....
Cumptos
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antoninho

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« Responder #859 em: Março 07, 2009, 05:58:36 pm »
Mas olhem que as ultimas descobertas têm sido animadoras, menos para a industria do petróleo....

Descoberta forma de produzir hidrogênio sem gasto de energia.

5 de fevereiro de 2009

Cientistas descobriram uma nova forma de produzir hidrogênio, considerado o combustível do futuro por ser capaz de gerar eletricidade em células a combustível sem gerar qualquer tipo de poluente. A nova técnica produz hidrogênio puro sem consumir energia.

Produção de hidrogênio

Hoje, praticamente a totalidade do hidrogênio é produzido a partir do gás natural, um combustível fóssil como o petróleo, o que anula seus benefícios ambientais, além de sair caro demais.

Os pesquisadores das universidades Penn State e Virginia, nos Estados Unidos, descobriram como produzir hidrogênio mergulhando aglomerados de átomos de alumínio em água. Os aglomerados quebram as moléculas de água, produzindo hidrogênio e oxigênio.

A quebra da molécula de água também pode ser feita por meio de eletrólise, mas o processo consome mais energia do que produz.

Aglomerados de alumínio

Os pesquisadores descobriram que, além das propriedades eletrônicas dos aglomerados de alumínio, o seu formato é essencial na reação com a água.

"Nossas pesquisas anteriores sugeriam que eram as propriedades eletrônicas que governavam tudo sobre esses aglomerados de alumínio, mas este novo estudo mostrou que é o arranjo dos átomos no interior dos aglomerados que faz com que eles quebrem as moléculas de água," explica o professor A. Welford Castleman Jr.

Reação espontânea

A molécula de água liga-se entre dois pontos do aglomerado de alumínio, com um dos pontos funcionando como um ácido de Lewis - um centro positivamente carregado que aceita um elétron - e o outro ponto funcionando como uma base de Lewis - um centro negativamente carregado pronto para ceder um elétron.

O alumínio ácido de Lewis liga-se ao oxigênio da molécula de água e o alumínio base de Lewis dissocia o átomo de hidrogênio. Se o processo ocorrer uma segunda vez, envolvendo dois outros átomos de alumínio, restarão dois átomos de hidrogênio, que se ligarão para formar uma molécula de hidrogênio na forma de gás (H2).

Produção de hidrogênio sem gasto de energia

O hidrogênio é produzido a temperatura ambiente. "A capacidade para produzir hidrogênio a temperatura ambiente é importante porque significa que nós não usamos nenhum tipo de calor ou energia para disparar a reação," afirmam os pesquisadores.

A descoberta é importante não apenas para a produção de hidrogênio, mas também por abrir caminho para uma nova abordagem na produção de catalisadores, que poderão ser desenvolvidos para quebrar outras moléculas.

Reciclagem dos aglomerados de alumínio

Agora os pesquisadores querem descobrir como reciclar os aglomerados de alumínio para que eles possam ser reutilizados continuamente, abrindo a possibilidade de uso prático da nova tecnologia.

A reciclagem consistirá em uma forma para retirar o grupo hidroxila (OH-) que fica ligado aos aglomerados de alumínio depois que a molécula de hidrogênio é liberada.

fonte: Inovação Tecnológica

retirada de http://www.portalh2.com.br/prtlh2/noticias.asp?id=596
 

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AC

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« Responder #860 em: Março 07, 2009, 06:19:29 pm »
Citação de: "MERLIN"
Só à uma empresa (holandesa) que o faz,


Há diversas empresas que fornecem equipamento de produção e abastecimento de hidrogénio.
Até ver, a HDW tem fornecido aos clientes equipamento da Air Products, uma empresa americana.
 

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Daniel

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« Responder #861 em: Março 07, 2009, 06:22:34 pm »
MERLIN
Citar
O principal problema do AIP é o custo do hidrógenio e da complexidade de carregar o mesmo. Só à uma empresa (holandesa) que o faz, por isso o custo de utilização do AIP nos nossos U209PN vai ser altíssimo. E com os orçamentos actuais....
Cumptos


Sabendo isto me pergunto, porque é que os alemães sabendo dessas dificuldades, custo do hidrógenio, uma empresa somente capaz de fazer o trabalho, constroem tais submarinos com essa complexidade, então, e os submarinos gregos, e os da coreia do sul, não falo tanto do preço do hidrógenio, mas sim de uma empresa só para fazer o serviço, toda essa logística, não poderá levar a algumas dificuldades de operação :roll: c34x
 

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« Responder #862 em: Março 07, 2009, 06:33:01 pm »
Há uma coisa errada no que o Merlin escreveu: não há só uma empresa a fornecer equipamento para a produção e abastecimento de hidrogénio.

Com esta questão das energias alternativas há diversas empresas no negócio.
 

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MERLIN

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« Responder #863 em: Março 07, 2009, 09:10:26 pm »
Eu nao falei em produzir hidro. mas sim em poder abastecer os sub, e nesse caso só os holandeses o fazem. Quanto a questão da HDW, esta rem acordos com a empresa holandesa via a damen-Royal Schelde.

Cumptos
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Padrea Antonio Vieira
 

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« Responder #864 em: Março 07, 2009, 09:44:42 pm »
O abastecimento dos submarinos é feito pelas respectivas marinhas, nas suas bases.

O equipamento para o fazer é fornecido pela própria HDW e feito pela Air Produtcs. A marinha alemã, pelo menos, dispõe de equipamento móvel montado num atrelado de camião.

A fonte de hidrogénio tem sido empresas locais.

Alguns press releases:
http://www.airproducts.com/PressRoom/Co ... ul2007.htm
http://www.airproducts.ie/news/2007-07-12.htm
http://www.airproducts.ie/news/2006-08-23.htm

http://www.h2daily.com/index.php/200707 ... arine.html

Honestamente, não encontro nenhum vestígio de envolvimento da  Damen-Royal Schelde nem de nenhuma empresa holandesa, a não ser que o equipamento seja da subsidiária holandesa da Air Products.
 

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SSK

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« Responder #865 em: Março 10, 2009, 09:58:35 pm »
CAro AC,

Relativamente ao oxigénio para o CCD pode bem ser ar comprimido, visto não ser necessário Oxigénio no estado liquido.
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
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P44

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« Responder #866 em: Março 13, 2009, 04:16:08 pm »
Citar
08 Março 2009 - 22h00

Defesa: Donativos recebidos pelo CDS-PP em 2004 estão sob suspeita
Negócio investigado


A Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC) está a ser um dos alvos principais das investigações do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) à compra dos dois submarinos, cujo custo ascende a 973 milhões de euros com juros incluídos. E um dos pontos altos das diligências ocorreu em Julho do ano passado, quando foram feitas buscas à CPC, uma acção que permaneceu em completo segredo, para encontrar o contrato original das contrapartidas da aquisição dos navios.

'O DCIAP e a Polícia Judiciária já foram várias vezes à CPC para averiguar e consultar a documentação, e andaram à procura do contrato original das contrapartidas dos submarinos', garantiu ao CM fonte próxima da CPC. O próprio presidente da CPC, embaixador Pedro Catarino, não esconde a acção das autoridades: 'A única coisa que posso dizer é que as indicações das minhas duas tutelas [Economia e Defesa] vão no sentido de dar toda a colaboração e abrir tudo o que aqui temos à Procuradoria-Geral da República, e é isso que temos feito.'

Para já, as autoridades investigam se o depósito de quase 1,1 milhões de euros em donativos nas contas do CDS-PP em Dezembro de 2004, quando Paulo Portas era ministro da Defesa, terá sido um benefício do CDS-PP por via do negócio dos submarinos. E apuram também se a comissão superior a 30 milhões de euros paga à Escom, empresa do Grupo Espírito Santo que representou o consórcio vendedor, terá gerado pagamentos de comissões ilícitas.

PROJECTOS POUCO EXECUTADOS

A menos de quatro anos do termo da execução do contrato de contrapartidas dos submarinos, 'formalmente, só está executado 25 por cento [do valor total]', afirma o presidente da CPC.

Como o contrato de contrapartidas ascende a 1200 milhões de euros (em regra, o valor dos projectos oferecidos pelo vendedor é pelo menos igual ao valor da compra do equipamento), significa que só estão executados 300 milhões de euros. Falta aprovar outro tanto que já foi apresentado. Pedro Catarino diz que  'o contrato dos submarinos é talvez o programa mais problemático, e é uma boa lição para o futuro.'

DEPÓSITO ELEVADO EM DEZEMBRO

Entre 27 e 30 de Dezembro de 2004, dois meses antes das eleições legislativas de 2005, foram depositados nas contas do CDS-PP donativos de quase 1,1 milhões de euros.

O partido liderado por Paulo Portas já garantiu que foram passados recibos referentes a todos os donativos. Entre os cerca de seis mil recibos passados, está um em nome de Jacinto Leite Capelo Rego. Em 2004, o CDS-PP angariou em donativos quase 1,3 milhões de euros, quase tanto como em 2001, 2002 e 2003.

SAIBA MAIS

ENTIDADE RESPONSÁVEL

A CPC é responsável pelo acompanhamento da execução dos projectos económicos oferecidos a Portugal pelos vendedores de equipamento militar.

973

milhões de euros é o custo da aquisição dos dois submarinos ao German Submarine Consortium (GSC), grupo alemão, com juros incluídos.

3

era o número de submarinos que estava inicialmente previsto comprar para a Marinha. A escolha do vencedor do concurso internacional gerou polémica.

António Sérgio Azenha


http://www.correiodamanha.pt/noticia.as ... 0000000181
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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AC

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« Responder #867 em: Março 13, 2009, 07:46:19 pm »
Citação de: "SSK"
CAro AC,

Relativamente ao oxigénio para o CCD pode bem ser ar comprimido, visto não ser necessário Oxigénio no estado liquido.


Caro SSK,
Nenhum sistema AIP, incluindo as células de combustível, necessita de oxigénio em estado líquido.

A opção (em todos os sistemas de AIP) pelo oxigénio em estado líquido deriva de que oxigénio 99,9% puro em estado líquido é a forma mais compacta de armazenar oxigénio e de, em todos os sistemas AIP, o oxigénio ser sempre o factor limitativo.

Em qualquer sistema AIP conhecido, o oxigénio vai sempre acabar antes do hidrogénio/diesel/etanol, simplesmente porque é mais fácil aumentar a quantidade de hidrogénio/diesel/etanol que se transporta do que a quantidade de oxigénio.
 

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JLRC

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« Responder #868 em: Março 13, 2009, 08:50:41 pm »
Citação de: "P44"

Entre os cerca de seis mil recibos passados, está um em nome de Jacinto Leite Capelo Rego.


Só pode ser brincadeira de mau gosto. Jacinto Leite Capelo Rego=Já sinto o leite cá pelo rego. Era uma anedota que correu há uns tempos atrás sobre o portinhas.
 

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Lancero

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« Responder #869 em: Março 13, 2009, 09:19:32 pm »
Esse não era um dos doadores fantasmas do CDS?
Deu muito barulho há dois anos.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito