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Concorda com a retirada dos Crucifixos das Escolas?

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Votação encerrada: Novembro 26, 2005, 07:38:05 pm

Crucifixos fora das escolas públicas por ordem do Governo

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fgomes

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« Responder #15 em: Novembro 27, 2005, 12:18:11 pm »
Pelo que sei a maioria das escolas não tem crucifixos, nem me lembro de ver a Igreja Católica a exigir a sua colocação. Assim ainda é mais ridículo este fundamentalismo laico e mostra a propensão deste (des)governo para abrir conflitos com toda a gente!

De qualquer modo progrediu-se muito desde a 1ª República, nessa altura incendiavam-se igrejas, como aconteceu no Bombarral, e a melhor maneira de desacreditar alguma figura pública era denunciar que freguentava a igreja.
 

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papatango

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« Responder #16 em: Novembro 27, 2005, 03:15:04 pm »
Nos primeiros dois anos do ensino primário, na minha sala de aula, estavam as fotografias de Américo Tomas, e Marcelo Caetano. Mas não havia, já naquela altura crucifixos.
Pessoalmente não identifico necessáriamente os crucifixos com aquilo que muitas vezes se identificou a igreja católica: Quantidades de padres que não fazem nada a não ser viver às custas do erário público e responsáveis em grande medida pelas vistas curtas e provincianismo dos portugueses (e que corresponda à visão da igreja do século XIX).

A igreja de hoje, é aquela que nos anos 80, teve coragem com o Bispo de Setúbal, de levantar a vós contra o governo e afirmar a Mário Soares: “Há fome sim senhor...”. Há uma distância enorme entre estas igrejas, mesmo que considerando que o então Bispo de Setúbal, era visto como um liberal dentro da igreja.

Mais uma vez, entramos neste seguidismo maçónico-espanholado, de fazer as mesmas coisas que em Espanha, porque parece bem. Estas questões colocam-se em Espanha neste momento, e alguns dos tontos que nos governam lembraram-se de fazer a mesma coisa.

A Espanha está décadas atrás de nós, no que respeita ao controlo da igreja católica, do seu poder e da sua influência. Eles não tiveram um Marquês de Pombal, não tiveram uma  guerra civil com as mesmas características da nossa (no século XIX), em que quem acabou por perder foram as forças que se apoiavam na igreja conservadora.
Eles não tiveram uma República anti-clerical, em que até parte das ruas com nomes de santos viram os seus nomes alterados. Eles não tiveram um 25 de Abril. Ao contrário, tiveram uma guerra civil, em que foi a igreja católica que ganhou. Em Espanha a igreja ganha guerras. Em Portugal perdeu-as. Por isso lá, a influência da igreja, até no sistema de ensino, continua a ser muito importante, e a igreja católica continua a manter relações “promíscuas” com o Estado.

Símbolos como as cruzes são do meu ponto de vista, símbolos cristãos, que se fundem com a própria nacionalidade. Não são necessariamente católicos.
Aliás, acho que toda a gente sabe, que símbolos como a cruz de Cristo, que está nos aviões da Força Aérea e que continua a ser um símbolo nacional, não são exactamente  símbolos católicos. :twisted:

Portanto, eu não vejo grande problema em retirar os crucifixos, mas vejo um problema com a retirada das cruzes. Concordo com o fgomes quando fala em “fundamentalismo laico”. Esse fundamentalismo é não só laico, como é irresponsável. Não sabe entender a história, não sabe lê-la, para extrair conclusões. Considera que somos apenas uma extensão da Espanha, e que por isso devemos agir da mesma forma que os espanhóis, na mesma altura em que eles agem.

Não sei se esta não terá sido uma das várias ordens que o governo da Región Autonomica Portuguesa, capitaneado por Don Rosé Socrates, terá recibido en la ultima cumbre de la Hispana ciudad de Ebora.

Saludos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
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Luso

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« Responder #17 em: Novembro 27, 2005, 03:33:25 pm »
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A igreja de hoje, é aquela que nos anos 80, teve coragem com o Bispo de Setúbal, de levantar a vós contra o governo

Não é verdade, papatango...
Não é, infelizmente.
Conheço até alguns padres, jovens, que durante poucas as homilias em que estou presente - como espectador - insultam a inteligência de todos, cultivando a crendice e superstição em vez de uma moralidade estruturada, mesmo que discutível, mas minimamente honesta. São mais actores que representam um papel que se espera que representem, baseado num preconceito.
As homilias em muitos sítios são verdadeiras perdas de tempo a menos que sirvam para conhecer ou apreciar alguma rapariga jeitosa.

Citar
Aliás, acho que toda a gente sabe, que símbolos como a cruz de Cristo, que está nos aviões da Força Aérea e que continua a ser um símbolo nacional, não são exactamente símbolos católicos.


Muito bem!
É um símbolo de civilização e concórdia (como o Espírito Santo dos Açores). E que muito dignifica a Nação. E que deve ser preservado.
A Cruz de Cristo, a dos aviões da Força Aérea e das naus e caravelas, merece o respeito de todos.
Agora a outra...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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papatango

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« Responder #18 em: Novembro 27, 2005, 03:45:28 pm »
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Não é verdade, papatango...
Não é, infelizmente.
Conheço até alguns padres, jovens, que durante poucas as homilias em que estou presente - como espectador - insultam a inteligência de todos, cultivando a crendice e superstição em vez de uma moralidade estruturada

Aquí, já teríamos que discutir as diferenças entre as várias regiões do país, e a forma que a igreja tem de chegar aos seus fiéis.

Que a igreja se transformou em força de contestação no sul do país, isso creio ser inegável, no entanto, também não me espanta nada, que continue a haver padres que têm as vistas toldadas pela névoa da beatice analfabeta, que funciona como se fosse um tumor no cérebro das pessoas que vão à missa.

Também é por isso que eu acho que provavelmente tería sido positivo que após o terramoto de Lisboa, o rei tivesse aceite o convite daquele exilado que vivia na Inglaterra (não me lembro agora do nome) para se converter ao protestantismo. Com a expulsão dos jesuitas, tinham-se morto dois coelhos de uma cajadada. :twisted:

Cumprimentos
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Luso

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« Responder #19 em: Novembro 27, 2005, 03:54:53 pm »
"Que a igreja se transformou em força de contestação no sul do país, isso creio ser inegável, no entanto, também não me espanta nada, que continue a haver padres que têm as vistas toldadas pela névoa da beatice analfabeta, que funciona como se fosse um tumor no cérebro das pessoas que vão à missa. "

Atenção: não disse que os padres são um cancro. São mais subtis: aproveitam-se da beatice para levar a sua avante.
O vigarista (vigário) tem sucesso se a vítima quiser ser vigarizada. :wink:

Vivemos realidades diferentes, Papatango. Mas estamos de acordo no essencial, pelo que me parece...
« Última modificação: Novembro 27, 2005, 04:55:23 pm por Luso »
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Yosy

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« Responder #20 em: Novembro 27, 2005, 04:46:03 pm »
Acho muito bem que a retirem. Esta cruz não é um símbolo da nacionalidade, como a cruz que está nas velas do Sagres e dos aviões da Força Aérea, mas sim um símbolo de uma religião em particular. E como neste país existe separação entre Igreja e Estado, não deve ter lugar nas escolas públicas. Nem este símbolo, nem outros de outras religiões. Apoiadíssimo.
 

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P44

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« Responder #21 em: Novembro 27, 2005, 05:03:03 pm »
Citação de: "Yosy"
Acho muito bem que a retirem. Esta cruz não é um símbolo da nacionalidade, como a cruz que está nas velas do Sagres e dos aviões da Força Aérea, mas sim um símbolo de uma religião em particular. E como neste país existe separação entre Igreja e Estado, não deve ter lugar nas escolas públicas. Nem este símbolo, nem outros de outras religiões. Apoiadíssimo.


Vá lá...haja alguém com bom senso... :twisted:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Miguel

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« Responder #22 em: Novembro 27, 2005, 05:09:39 pm »
o fundamentalismo laico, levou a França ao colapso que esta agora...
 

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Luso

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« Responder #23 em: Novembro 27, 2005, 05:21:34 pm »
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Já estou a ver que em Janeiro deve começar a circular por aqui uma petição para colocar a foto do Cavaco nas salas de aula, como no saudoso tempo da outra senhora... :twisted:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Miguel

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« Responder #24 em: Novembro 27, 2005, 05:23:27 pm »
Citação de: "Luso"
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Já estou a ver que em Janeiro deve começar a circular por aqui uma petição para colocar a foto do Cavaco nas salas de aula, como no saudoso tempo da outra senhora... :twisted:


 :twisted:  :twisted:
 

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« Responder #25 em: Novembro 27, 2005, 05:28:23 pm »
Se a Escola é realmente de Todos e para Todos, então não deverá "publicitar" qualquer simbologia que não a que represente verdadeiramente a nação: a bandeira Nacional.

Tudo o mais são apenas restícios doutros tempos....


Cumptos
« Última modificação: Novembro 27, 2005, 05:31:07 pm por p_shadow »
A realidade não alimenta fóruns....
 

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papatango

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« Responder #26 em: Novembro 27, 2005, 05:29:15 pm »
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Acho muito bem que a retirem. Esta cruz não é um símbolo da nacionalidade, como a cruz que está nas velas do Sagres e dos aviões da Força Aérea, mas sim um símbolo de uma religião em particular. E como neste país existe separação entre Igreja e Estado, não deve ter lugar nas escolas públicas. Nem este símbolo, nem outros de outras religiões. Apoiadíssimo.

É uma visão (do meu ponto de vista) muito simplista.

Em Portugal, temos destruido os simbolos, porque eles são contrários à ditadura fascista do politicamente correcto.

Retiraram o Salazar, o Caetano e o Tomaz, porque eram simbolos do regime, mas não os substituiram por nada. Retiraram a bandeira de grande parte das escolas, porque tabém era vista por certa esquerda, como insultuosa, retiram as cruzes, porque essa mesma "esquerda" se sente mal disposta.

Depois queixamo-nos porque a juventude não tem simbolos, não tem Pátria, não tem ideias e não têm ideais que não passem pela Playstation.

Depois queixamo-nos.
Mas quando é tempo de fazer alguma coisa, achamos que está muito bem.

Não há Nação Portuguesa sem o cristianismo. Ele faz parte da nossa identidade cultural. É a República, implantada pela Máfia-Maçonaria-Carbonaria, que não gosta desses simbolos, porque no fundo odeia Portugal.

A República, pode ser laica. A Nação, não o é. E já havia Nação antes de Salazar, por muito que muita gente goste de se esquecer disso, e associar o termo Nação como o Salazarismo.

Cumprimentos
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dremanu

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« Responder #27 em: Novembro 27, 2005, 05:34:41 pm »
Eu sou crente em Jesus Cristo, mas esta questão de ter ou não um crucifixo numa saula d'aula é me indiferente.

A fé nasce com o homem, é natural, não precisa de ser imposta.

Mas na minha opinião, a pior de todas as tiranias é aquela em que se procura forçar o homem em acreditar em nada.

E é precisamente esse o objetivo desses taís membros do estado laíco e "defensores" da tolerância.

E a descrença forçada não se resume à crença religiosa, mas a tudo o que natural, e essencial ao homem; Família, pátria, e para os acreditam numa força divina, deus.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Miguel

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« Responder #28 em: Novembro 27, 2005, 05:39:03 pm »
A França està a pagar o preço forte hoje dessa politica antiPatriota,

por exemplo o hino é assubiado pela comunidade magrebina, etc....
 

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Luso

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« Responder #29 em: Novembro 27, 2005, 05:40:52 pm »
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Não há Nação Portuguesa sem o cristianismo. Ele faz parte da nossa identidade cultural. É a República, implantada pela Máfia-Maçonaria-Carbonaria, que não gosta desses simbolos, porque no fundo odeia Portugal.


Atenção!
Portugal esteve/está mais sozinho do que pensas, Papatango...
Há cruzes que se combatem.
E uma é nossa.
Os outros, que querem eliminar uma delas é arraia miúda, básica, superfícial, feminina e irrelevante porque jamais perceberá certas coisas.
Como um dos nossos colegas dizia: "é preciso não tomar a nuvem por Juno".
Mas não vão por mim. Ignorem as minhas simpatias. Estudem o simbolismo.

Nao sei se a Maçonaria destestará Portugal: Creio antes que Portugal nem sequer será motivo de interesse. Os negócios retiram-lhe tempo para especulações. O que interessa mais são os... mercados.
Há semelhança de outros semelhantes.
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