Saudações guerreiras.
Este tipo de questões são, a meu ver, são uma das mais complexas de se discutir, salvaguardando as devidas distâncias de toda a ordem. No entanto, mesmo assim, arrisco a colocar mais umas palavras, depois da minha intervenção anterior, porque para mim, isto, também, nunca se tratou de um assunto da esfera da economia. Seja em que circunstância for, aquilo que se passa cá ou fora do meu país, mesmo que não consiga entender, afeta-me sempre.
É evidente, não somos obrigados a ser peritos nestas coisas todas e ninguém nasceu ensinado, mas talvez uma dose de perspicácia e senso comum q.b. (Quanto Baste) não ficará mal a ninguém, também, julgo eu.
Os espanhóis não só têm uma estratégia bem definida para o mundo, como também a têm para Portugal. No que diz respeito a Portugal, porque é isso que está em questão, á primeira vista, essa estratégia pode ser interpretada, puramente sob o ponto de vista económico e até semelhante aquilo que aconteceu ou tem vindo a acontecer onde eles entendem investir. Desconheço,no entanto, se têm algo especifico para Portugal, na generalidade. Porém, por conhecimento próprio, sei de várias práticas menos corretas que são incentivadas, cá em Portugal, por certas empresas espanholas, se bem que não são as únicas. Os alemães, ingleses e alguns italianos, também são frescos para assar. Curiosamente, quer nós, quer os espanhóis e mais alguns países empreendem a nível comunitário ações contra as intenções, principalmente de alemães e ingleses, contra uma eventual perda de receitas num setor económico cada vez mais importante para ambos os países. Outra curiosidade, é que se formos para Espanha fazer o mesmo tipo de coisas a que os espanhóis se prestam a fazer aqui, seria-mos logo abordados pelas autoridades. Curiosamente a última vez que interpelei um determinado elemento, responsável direto, por aquilo que estava a acontecer, de uma nacionalidade que já mencionei, fui tratado abaixo de cão e ainda por cima disse que assim era preferível não por cá mais os pés, porque éramos muitos exigentes nas regras!!! Outra curiosidade é que no país de origem dessa mesma pessoa acontece aquilo que já descrevi, sem dó nem piedade. Aqui e porque somos todos uns tipos bacanas e tal, gostamos de ser bem levados por quem nos quer bem. Isto é uma pequena amostra daquilo que vamos perdendo aos poucos, por sermos tão bons a defender aquilo que é nosso e que lhes é reconhecidamente legitimado pela lei portuguesa e comunitária. São milhões de euros de receitas que escapam ao controlo do estado e por conseguinte a todos nós, portugueses, e alguns (poucos, mas sempre bem-vindos) milhares de postos de trabalho que não se criam, com a agravante de os profissionais existentes na área terem cada vez menos trabalho ou as suas vidas e famílias estarem cada vez mais condicionadas.
Economicamente isso de aceitarmos a concorrência é sempre bem-vinda e desejável, seja de espanhóis, seja de outros países. Portugal aceita as regras do jogo que regulam estas atividades, porque os seus compromissos internacionais assim o obrigam, tal como outro país qualquer. No entanto o mesmo não significa que, lá por se reconhecer o direito e legitimidade de qualquer empresa, comprar outra noutro país, nós aqui devamos exatamente, pelos mesmos argumentos, vendê-la ou autorizar a sua compra, quando outras mais altas legitimidades se levantam e que naturalmente se sobrepõem ao poder económico, que é naturalmente a questão da soberania de Portugal muito bem denunciada e não por uma pessoa qualquer. Reparem que estamos a atravessar uma crise e isso não se resolve vendendo, porque se apetece!!! Ainda para mais, não se vislunbra num horizonte temporal razoável, algo para colmatar estas situações e contrabalançar este desequilibriu de Portugal e que por isso vamos sofrer ainda mais. Nós somos um país pequeno. Reparem no japoneses, quantos anos não têm andado a patinar, porque se recusaram a fazer o mais fácil perante a crise, ou seja, acabar com empresas pouco ou nada competitivas!! Vejam lá se não estão agora a recuperar !! Métodos pouco ortodoxos para uma dita economia de mercado, á luz daquilo que são as “nossas” doutrinas. Ou não será mais aquilo que nos querem fazer “comprar”? Será que aí não houveram outros valores substancialmente mais altos, que não o dinheiro, para os próprios japoneses darem a volta por outro lado? Venderam algo a alguém com a qual fosse imprescindível para a solução do problema japonês? Se venderam algo, foi porque não houve mesmo outra alternativa e em último recurso, o caso da Nissan (comprada pela Renault).
Olhem a questão da Eni (questão atual) na participação da GALP. Se fossemos mais cuidadosos no passado agora poderíamos fazer aquilo que nos apetecesse sem estarmos agora “entalados”, porque há uma possibilidade real da empresa ficar sem o controlo dos portugueses. É ou não é verdade? O que é que isto tem a ver com o mercado?
Reparem na atitude dos italianos para com o bbva espanhol que queria comprar aquele pequeno banco italiano. Os tipos trataram de pôr os espanhóis fora do barulho. Não por serem espanhóis, mas porque os italianos sabem muito bem o que isso significa do ponto de vista estratégico a entrada tão fácil de um grupo financeiro. (O bbva e só um dos “monstros” financeiros que os espanhóis conseguiram criar) Só mais um exemplo: a gigante Volkswagen, quantas vezes não conseguiu livrar-se de compras hostis no passado. E outros exemplos do género. E porquê? Será que os alemães não iriam recuperar facilmente, depois de uma simples compra por parte de outra estrangeira? Será? Que era verdadeiramente isso que estava em causa?
Agora, aquilo que se está a assistir, muito sinceramente, é incompreensível e cheira-me muito mal. PapaTango levanta questões que poderão escapar à maioria das pessoas, eu incluido, mas, também é certo, não é normal estas coisas estarem a acontecer. Talvez aí resida a verdadeira complexidade da questão. Assim, há que levantar outras possibilidades para que a resolução deste enigma seja viável, do ponto de vista da compreensão humana na questão da TVI. Isto lembra-me um pouco aquela série “Secret Files” (“Ficheiros Secretos”) onde as personagens principais tinham perfis de personalidades que não eram de maneira nenhuma coincidentes, mas que se complementavam e isso era muito favorável para a descoberta da “verdade”. Alerto para o prefil do “Molder” que com as suas preferências pelo paranormal conseguia também assim deslindar/desbravar por outros caminhos, coisa que a “Skuly” não o conseguir fazer, lembram-se? (peço desculpa aos fans se troquei as identidades e escrevi mal os nomes)
Será, assim, tão estapafúrdia a teoria de que a maçonaria poderá estar efetivamente envolvida nesta jogada toda? Talvez seja essa mesmo a última peça do puzzle que falta, para nos apercebermos do alcance real desta jogadas todas e que acima de tudo escapa a tudo.
Nós elegemos um governo para defender, até á exaustão, os reais interesses de Portugal. Será que é desta maneira, assim? Será que por razões puramente económicas devemos aceitar tudo que nos “dão para a boca” somente por ser o mercado a funcionar? Mas será que não haverá mais nada para além disso? Não haverá mais outros altos valores a defender? E já agora o que é feito do Sr. Presidente da República?
Mais uma reflexão, só para verem até que ponto é que isto chegou. A contradição deste “povo” e a total ausência de sentido de estado entre os mais altos dignatários da nação. Não sei se se recordam, há um, dois ou três anos atrás, as várias iniciativas que decorreram entre o governo e as forças vivas da nação onde até o Presidente da República deu o seu patrocínio, por causa, vejam só isto, dos tais Centros de Decisão estarem a desaparecer em Portugal, quando se assistia a uma debanda de industrias e não só !! Esse mesmo PR que patrocinou o cerrar de fileiras agora calou-se que nem um rato. É a economia de mercado? O que é que o mercado tem a ver com isto? Expliquem-me, por favor, porque sou muito burro!! Isto até dá para rir com a atual situação.
Há que nos adaptarmos, rapidamente a mais um desafio interno. Adaptação, para mim não significa baixar os braços e muito menos aceitar, sem sentido critico, tudo aquilo que se passa á nossa volta, mas sim procurar outra maneira de se fazerem as coisas e lutar sempre por aquilo que nos compete e sem complexos nenhuns por qualquer posição que tomemos, por mais ridícula que ela seja aos olhos dos demais. Eu estou no meu direito. Resta-ma também ser aquilo que sou e que tento, dentro das minhas possibilidades, fazer aquilo que acho ser o mais importante e, também assim, ajudar este país a andar um pouco mais e melhor, de todas as maneiras possíveis e imaginárias, por uma razão muito simples, eu identifico-me com Portugal. Vocês também são o Portugal e todos vós merecem-me também o maior respeito, apesar de muita coisa que se escreve para aí dar-me vontade de vomitar.
Não há que ter medo de tomar uma posição anti-espanhola, bem como não há que ter medo nenhum em ser anti-qualquer coisa, desde que se respeite a dignidade humana em todas as suas dimensões. Para que conste, ser anti-qualquer “coisa”, nesta situação, não quer dizer que deteste espanhóis ou outro povo qualquer, não convém generalizar até porque não gosto que associem aquilo que escrevi a certas ideologias de carácter racista e xenófobo. Conheço vários espanhóis do qual sou amigo e que tenho como clientes. Aquilo que está em causa é um principio não é um negócio.
Uns apelam á consciência e alertam. Outros brincam e ironizam com a situação. O que é certo é que ambas as situações são possíveis, mas no fundo, quer um lado, quer o outro não são desejáveis. Agora que o assunto é sério, lá isso é. Eu até arriscaria a dizer que é mesmo muito sério. Lá eles dominarem um ou outro jornal ou rádio ainda vá lá que não vá. Agora uma estação de televisão??!!! Já pensamos no poder que isso dá?? Não há maior e melhor meio para uma subtil lavagem de cérebros que a tv. Quem vê a TVI genéricamente? Serão pessoas esclarecidas ou as outras? A qual das duas é mais fácil “vender o peixe”? Não queremos exageros, pois não? Está bem. Eles podem não atentar contra os interesses de Portugal, mas o que é certo é que têm uma arma muito eficaz ao seu dispor, para o fazer, no dia em que os seus objectivos estiverem em perigo e aí a tentação poderá ser mais forte que todo o resto. Conclui-se, assim, que é só uma questão de tempo “até as comadres se zangarem” (que até têm um “M” no inicio,mas não confundir com a moirama)!! Há a questão da publicidade. Esta é também uma arma muito poderosa e de muito difícil deteção, senão quase impossível. Nem com um anti-virus. É a arma ideal para uma chantagem limpa. Não acham? Não levanta suspeitas !! Quem vai desconfiar? Só um palhaço louco!!
Não sei se o Dom Polanco é ou não aquilo que PapaTango evoca, mas, de qualquer maneira, quero manifestar também a minha solidariedade pelos seus constantes alertas. Neste caso eu também não me importo de ser um palhaço e de, mais tarde, ter uma convicção errada, “pelo bem da nação”.
Uma atitude de conformismo e resignação perante qualquer circunstância que envolva Portugal e algo a seu desfavor - caso se comprove a razão está do lado deste país -, seja ela qual for, venha ela donde vier, tenha o tempo que tiver, para mim, é como se fosse uma capitulação/traição.
Cumprimentos