Só faltou dizer, que o que os comunistas russos treinaram, foi a étnia guerreira conhecida como "povo Balanta" que se traduz (a tradução é contestada) por "povo guerreiro", "povo que vai à guerra" ou "povo que resiste" (esta última foi alegadamente inventada por ser mais conveniente).
Numa etnia guerreira como os Balanta, os rapazes para poderem casar, precisam de mostrar a sua masculinidade e coragem. Nestes casos a solução nas étnias guerreiras, é a guerra e a demonstração de coragem em luta contra outras tribos.
A maioria do PAIGC era Balanta, mais de 80%...
Creio que não é preciso fazer grandes contas para perceber que os russos também entenderam que ajudar os rapazes a mostrar a sua virilidade, é um bom negócio.
É claro que, os Balanta não eram a maioria em toda a Guiné, e em muitos lugares existiam étnias onde havia uma organização tribal à volta do líder religioso muçulmano (leste da Guiné) e étnias mais ocidentalizadas como os "Pápel" (às vezes referidos como papéis).
E havia também cabo-verdianos, embora muito poucos, mas que eram mais cultos (caso de Amilcar Cabral).
A étnia Balanta era uma étnia guerreira e a educação não era prioritária.
Havia no entanto elementos da étnia Pápel no PAIGC, o mais conhecido dos quais foi conhecido como Nino Vieira...
Curiosamente, assassinado pelos Balanta num golpe de estado.
A independencia da Guiné foi proclamada pelos Balanta em 24 de Setembro de 1973, depois de terem assassinado o cabo-verdiano Amilcar Cabral em 20 de Janeiro do mesmo ano.
O mito da nação guineense a lutar contra os colonialistas, é o que sempre foi, um mito e uma mentira histórica inventada por gente mal intencionada, mas muito esperta.