E chegou o muito esperado debate Mário Soares - Cavaco Silva.
Saores ao ataque e Cavaco Silva bastante sereno para quem não se costumava dar "bem" com debates, confirmando-se que este tipo de debates favoreceu candiatos com personalidades como a de Cavaco Silva, pouco dados à retórica política, para grande frustação de Mário Soares que bem tentou, tentou, mas não conseguiu desmontar a serenidade que Cavaco Silva demonstrou durante todo o debate.
Viram-se duas pessoas coerentes com o seu discurso de pré-campanha.
Cavaco Silva coerente, consigo próprio, demonstrando estar acima de tudo preocupado com a situação económica do país, e de não ir ser, a ser eleito, um presidente passivo, indo exercer aquilo a que ele chamou de "magistratura de influência".
Mário Soares, coerente consigo próprio também, exerceu a coerência na mais pura incoerência do seu discurso. Incoerências que começaram à um ano quando afirmou que seria absurdo ser candiato, continuando em período de pré-campanha da cada vez que afirmava que não iria atacar mais Cavaco Silva, logo na primeira oportunidade voltava a esses ataques, criticando o seu principal adversário por este, segundo a sua opinião, não dizer o que pensa, quando o único pensamento que Soares manifestou ao país, foi o seu discurso anti-Cavaco, e continuando com a sua coerência incoerente, neste debate não falou de outra coisa que não o passado e do que o oponente, Cavaco Silva, não diz,..."ele não fala, não expressa o que pretende para o país...", esquecendo-se que ele também é candidato e também deveria expôr as suas ideias, coisa que não fez, além de dizer que foi presidente durante 10 anos e que participou em Fóruns Sociais (ao lado deFrancisco Louçã) e pouco mais.
Mário Soares na sua incoerência coerente além de se manifestar
anti-cavaquista, só falou de passado, em especial do passado de Cavaco Silva, e suprema das incoerências manifestou ser importante estar atento à complicada situação económica portuguesa.
E a campanha ainda não começou.