Votação

Preferências eleitorais dos membros do Fórum

ALEGRE, Manuel
9 (14.1%)
LOUÇÃ, Francisco
4 (6.3%)
MARTINS, José M.
3 (4.7%)
SOARES, Mário
2 (3.1%)
SILVA, Cavaco
42 (65.6%)
SOUSA, Jerónimo de
1 (1.6%)
Ourtros candidatos
3 (4.7%)

Votos totais: 62

Votação encerrada: Outubro 04, 2005, 06:44:14 pm

Presidênciais 2006

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Moi

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« Responder #120 em: Novembro 22, 2005, 11:58:14 am »
tomkat

«Talvez por estas e por outras é que o Soares diz que saber de econnomia não é importante, o que é preciso é saber de filosofia, de história e ter uma cultura transcendental, com se a minha carteira vivesse disso.»

 :arrow:  Se calhar foi precisamente para não estar colado a um governo e a um partido que ele não foi, visto que a sua candidatura pretende ser  apartidária.

Ainda ao tomkat

«Estes socialistas são uma maravilha.»
«Cada vez mais anedóticas algumas figuras (ou figurões) socialistas.»

 :arrow: Baptista Bastos
Ele é o mesmo de sempre


Os defensores de Cavaco Silva tentam inculcar-nos a ideia de que ele melhorou consideravelmente - e, hoje, é outro. Não é. A prova foi-nos dada pela entrevista de Constança Cunha e Sá na TVI.
A lógica de certas vidas políticas, assim como a lucidez racional e o realismo da prática, que transformam a experiência em consciência, permitem-nos chegar a algumas conclusões. Os defensores de Cavaco Silva tentam inculcar-nos a ideia de que ele melhorou consideravelmente - e, hoje, é outro. Não é. A prova foi-nos dada pela entrevista de Constança Cunha e Sá na TVI.

A genealogia do antigo primeiro-ministro foi, de novo, exposta: demasiado mecânica e excessivamente linear. Cavaco não está à vontade quando o contraditam. Vem à superfície o seu carácter autoritário, a marca indelével do magister dixit, que transporta consigo a verdade irretorquível, inadmitindo toda e qualquer diferença formal.

A jornalista da TVI não alterou a combatividade incisiva demonstrada com os outros candidatos. E Cavaco Silva, pouco dado a situações desta natureza, foi titubeante, embaraçou-se, a sua fisionomia traiu os tormentos que o inquietavam, e não conseguiu dizer senão castas banalidades.

Ele ainda não entendeu, e os seus conselheiros não o advertiram, que a democracia não se limita a uma teia de relações formais e de estruturas económicas mas, sobretudo, consubstancia-se em conteúdos culturais e políticos que nos relacionam uns com os outros. A entrevista foi penosa para ele e extremamente enfadonha para nós. Notou-se, pela crispação do rosto, pelo árduo movimento das mãos, pela secura da boca o infortúnio por que passava, ante a insistência de Constança Cunha e Sá no querer saber as opiniões, e no pretender desvendar as enormes contradições contidas no discurso do candidato.

A presença de Cavaco na TVI foi suficiente para assinalarmos nele um homem inseguro, cheio de fragilidades, temente talvez a Deus mas mais, muito mais, ao debate com os homens. Foi uma linguagem redonda e melancólica na qual, por vezes, aflorava a irritação e o desconforto. Nada de nada. E a obstinação dele, em afirmar a sua «independência», longe dos partidos, e, propositadamente, de característica «nacional», constituiu impressionante manifestação de hipocrisia. Assim como a imposição da ideia de que, com ele em Belém, o Governo seria outro, porventura melhor. Pequenos truques de efeitos perversos. O candidato sabe que a Constituição impõe limites à acção do Presidente; e, a não ser que provoque um golpe de Estado constitucional, nada poderá fazer que contrarie as disposições da Carta.

Mário Soares, imbatível na discussão pública, não perde um instante em que não persevere na ideia de o desafiar para o debate. Pode-se gostar ou não do seu estilo. Não se lhe pode negar o estofo do tribuno e a argúcia do político. Aprendeu que a História está sujeita a leis do acaso e a pretextos acidentais e desenvolve-se através de vias contraditórias e aleatórias. E sabe que, em diálogo, Cavaco chega a atingir uma debilidade e uma apoquentação assustadoras. É da associação dessas componentes emocionais, intelectuais e sociais; desse perigoso conjunto de ambiguidade ideológica com uma natureza articulada no conceito empírico - que nascem os mais tenazes autoritarismos.

Aliás, num artigo inserto no «Público» (3. Nov.º), Pacheco Pereira escreve: «Percebe-se medo, não de qualquer deriva presidencialista, mas de uma presidência forte». Isso mesmo. Uma «presidência forte» faz antever quê? O próprio conteúdo da expressão não permite outro significado, e aplica-se, por inteiro, à índole do homem que foi primeiro-ministro durante dez anos, a década perdida, a década mais taciturna da história da Segunda República, a década durante a qual o dinheiro de Bruxelas entrou de roldão - e foi malbaratado.

Já o escrevi, mas repito: Cavaco mete medo, mas Cavaco tem medo. Medo das palavras, medo das interpelações, medo das perguntas, medo do debate, medo do diálogo, medo das multidões, medo das mudanças. Sobretudo medo daqueles que podem comprovar as suas medíocres qualidades para desempenhar um cargo com tradições humanísticas, intelectuais, filosóficas e culturais. Ele é o mesmo de sempre. Nunca deixou de o ser, nunca se converteu num outro.

E Constança Cunha e Sá foi a medianeira dessa terrível demonstração.

APOSTILA - Dilecto: para ajudar a perceber o mundo em que vivemos sugiro-lhe um admirável estudo, editado pela Campo das Letras: «A Santa Aliança - Cinco Séculos de Espionagem do Vaticano», de Eric Frattini, jornalista peruano, que procedeu a uma minuciosa investigação sobre os caminhos secretos da Santa Sé. Elucidativo e perturbador, como todos os grandes livros.
 

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Luso

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« Responder #121 em: Novembro 22, 2005, 01:46:56 pm »
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Já o escrevi, mas repito: Cavaco mete medo, mas Cavaco tem medo. Medo das palavras, medo das interpelações, medo das perguntas, medo do debate, medo do diálogo, medo das multidões, medo das mudanças. Sobretudo medo daqueles que podem comprovar as suas medíocres qualidades para desempenhar um cargo com tradições humanísticas, intelectuais, filosóficas e culturais. Ele é o mesmo de sempre. Nunca deixou de o ser, nunca se converteu num outro.


Balelas. Bem falantes já tivemos muitos.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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NotePad

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« Responder #122 em: Novembro 22, 2005, 01:48:51 pm »
Cavaco à Presidencia! :banana:  :bye:
 

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Moi

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« Responder #123 em: Novembro 22, 2005, 01:54:18 pm »
Citação de: "Luso"
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Já o escrevi, mas repito: Cavaco mete medo, mas Cavaco tem medo. Medo das palavras, medo das interpelações, medo das perguntas, medo do debate, medo do diálogo, medo das multidões, medo das mudanças. Sobretudo medo daqueles que podem comprovar as suas medíocres qualidades para desempenhar um cargo com tradições humanísticas, intelectuais, filosóficas e culturais. Ele é o mesmo de sempre. Nunca deixou de o ser, nunca se converteu num outro.

Balelas. Bem falantes já tivemos muitos.


E o que pode fazer um Presidente da República Portuguesa pelos poderes que a Constituoção lhe confere, além de aconselhar, aprovar ou desaprovar leis, mandá-las para o Tribunal Constitucional e ser o responsável máximo pelas FA?

O Presidente da República Portuguesa não governa o país, não se pode votar em Cavaco a pensar que ele vai governar o país, porque ele não vai, não pode. Governar cabe ao Primeiro-Ministro e não ao Presidente da República Portuguesa.

Ao Presidente da República Portuguesa cabe aquilo que o BB disse e não o que o Cavaco é. Mas isto, é claro, é a minha opinião, imutável, tendo em conta de quem falamos.
 

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TOMKAT

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« Responder #124 em: Novembro 22, 2005, 02:14:21 pm »
Citação de: "Moi"
tomkat

«Talvez por estas e por outras é que o Soares diz que saber de econnomia não é importante, o que é preciso é saber de filosofia, de história e ter uma cultura transcendental, com se a minha carteira vivesse disso.»

 :arrow: Mas ainda estás nesta fase de achar que tudo o que é mau vem do outro lado?
...



Moi tem muito a haver com a minha carteira, quanto mais não fosse porque vive como Presidente à custa dos meus...e dos teus impostos.

Tem a haver com a minha carteira porque tem o poder de derrubar governos e dissolver parlamentos.

Tem a haver com a minha carteira quando pelas declarações de M.Soares que justificaram o meu post, um candidato a presidente que se proclama conhecedor das necessidades do povo, declara que não importa que uma obra pública custe 100,200 ou 300, que custe 3 ou 4 vezes o preço estimado, o que interessa é que ficou uma grande obra, para previligiado usufruir.
Tem a haver com a minha carteira porque essas obras são feitas com a contribuição dos MEUS impostos e quando vejo um candidato a presidente afirmar que perceber de economia não é importante, em especial partindo essas declarações de uma pessoa que à dezenas de anos vive à conta do orçamento público, fico com a desagradável sensação que dali só vem "mais do mesmo".

Este país para dar um passo em frente precisa de medidas corajosas da parte do governo, medidas essas essencialmente de cariz económico
com evidentes repercussões sociais.
Um Presidente que não perceba nada de economia pode cair no facilitismo
ignorante de responder positivamente aos protestos dos descontentes, que os haverá certamente.

Como vez "a minha carteira" tem uma forte opinião a dar.

Quanto ao "achar que tudo o que é mau vem do outro lado", num post doutro tópico já afirmei sem rodeios que me considero um socialista desiludido, graças a um tal de Guterres, desilusão maior das minhas convicções políticas.
Neste Governo, até prova em contrário, só falta o Guterres para a fotografia ser igual, e os exemplos até agora não são nada abonatórios.
Se estiver enganado cá estarei para reconhecer o engano.

ps.Já agora como consideras a atitude de M. Maria Carrilho acerca do assunto que levou à minha declaração por ti citada?
É que não basta contestar frases retiradas do contexto, para se entender a tua maneira de entender as coisas, não te limites a isso,...opina também.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Luso

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« Responder #125 em: Novembro 22, 2005, 02:35:08 pm »
E a resposta está no exemplo dos 10 anos de Sampaio. Falam por si.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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JoseMFernandes

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« Responder #126 em: Novembro 22, 2005, 02:45:16 pm »
Pessoalmente votarei em Cavaco.Nao sou seu apoiante ou admirador incondicional,( num post antigo, lembrei Ernani Lopes, por ex.) mas limito-me a ter de escolher entre os candidatos que se apresentam.Cada um vota como entende ser melhor para Portugal, mas esta escolha é talvez a mais importante que se faz nas ultimas décadas em Portugal, senao da sua historia democratica .Por razoes que todos conhecem, a crise presente e futura nao pode ser de certo modo banalizada como Soares quase deixa entender.Estamos perante uma encruzilhada, caminhos dificeis se apresentam...e o pior seria tentar ver o futuro PR nas mesmas condiçoes dos anteriores.A sua actuaçao vai ser extremamente exigente e o seu posicionamento perante os diversos grupos politicos e sociais portugueses, mais que ser consensual,  tera que ser pacificadora é certo, mas também firme e disposta a enfrentar populismos faceis.Nao sera por acaso que Medina Carreira, um observador e critico lucido da situaçao,( e quanto nao seria mais facil 'pairar' acima da 'politica no terreno) escolheu o lado de Cavaco.Penso que as suas razoes, nao as conheço, mas nao serao muito diferentes das minhas.
Mas obviamente cada um tem o direito de pensar e interpretar tudo o que
se passa de modo diferente...é normal aceitarmos isso.
 

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Moi

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« Responder #127 em: Novembro 22, 2005, 04:19:44 pm »
Tomkat...

Continuo a dizer que a tua carteira não tem nada a ver com o cargo de Presidente da República.

Primeiro embrenhaste num conjunto de justificatíveis de carácter genérico que na prática nada querem dizer. Que os teus impostos vão custear as despesas do PR. E depois? É assim que é e é assim em muita coisa desta nossa República, os teus impostos pagam os carros da PJ, o ordenado dos homens que apanham o lixo, do Primeiro-Ministro, dos incentivos fiscais que o Governo dá às empresas privadas e o diabo a quatro...

Depois preocupas-te por ele (Soares) ter dito que um deslize financeiro não é importante, o que importa é a obra feita. E O QUE FEZ CAVACO COM O CCB?

(Aliás seria interessante lerem como há muita gente que diz que ele não é tão bom economista como o pintam. A celebre desvalorização do escudo não o levou à demissão num governo de Sá Carneiro?)



A um Presidente da República espera-se que represente Portugal, o país, a população, que tenha as tais características que o Baptista Bastos aponta... que tenha visão do que é o país no mundo, a sua função, o seu caminho, as suas qualidades, limitações humanas, culturais, históricas... que tenha Visão.

Na altura de escolher um presidente é isso que conta no candidato num regime de semi-presidencialista, não é o que ele pode fazer pelo teu bolso, pois não lhe cabe a ele essa função.  


E o que pensa Cavaco sobre a presença das tropas portuguesas no Afeganistão, e da tentativa da Austrália em dominar o petróleo timorense, e da entrada da Turquia na União Europeia??? Nada, não sabemos, ele não disse, nunca disse ao longo dos 10 anos de exilio.


Não se pede Presidente que se meta na economia, nunca se pediu, em 30 anos nunca aconteceu, porque carga-d'água é que devia meter-se?
Serve isto para Cavaco serve Soares. A isso acontecer seria mau para o país, para o clima económico. Teríamos um país a ser governado à espera da última palavra do presidente, que com a sua opinião contrária inveabilizaria o cumprimenrto de um orçamento, eventualmente chegaríamos a um ponto em que o Governo diria, pois bem... agora governa tu...

É precisamente por isso que o Sassa Mutema (Cavaco Silva) não vai Salvar a Pátria. Nem ao presidente se pede isso. Pede-se que seja o Presidente da República Portuguesa, não mais outro contabilista.


Não gosto do Soares, detesto o Cavaco, mas ao primeiro reconheço
muito mais qualidades de Presidente da República do que a Cavaco. Embora, não vá votar em nenhum deles.

 
Quanto ao Manuel Maria Carrilho. É apenas mais um episódio, de um político, comum em vários lados. Foi uma promessa que o vento levou, como muitas outras, serve para denegrir, sabe-se lá com que provas efectivas, como a questão da casa de banho que custou não sei quanto. Pouca gente sabe ou nenhuma que ele MM Carrilho pôs o jornal em Tribunal por causa dessa notícia e que não só o diário não conseguiu provar o custo das obras noticiado, como ainda teve de pagar a respectiva indemnização... Mais do mesmo? espero para ver, mas já agora como todos os partidos têm telhados de vidro não atiro pedras aos outros....

Quanto ás tuas convicções socialistas que se esboroaram com o Guterres... Eu, se fosse socialista, da maneira como penso, só me agradaria o facto de ele pensado no país, que este não merecia ser governado com orçamentos limianos...
Agora se fosse Socialista à maneira de Soares (que o detesta) diria que ele só fez mal ao partido, pois entregou a governação à direita...
Não me digas que são coincidentes nisto? Vai na volta...

Quanto ao Luso

Os 8 anos de Sampaio à frente da Presidência foram bastante positivos e só justificam a existência da nossa República. E não pensa em casar os filhos/netos com herdeiras recem-nascidas, o que é sempre bom para a sanidade com que os outros nos vêem.

Opinei.
 

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PereiraMarques

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« Responder #128 em: Novembro 22, 2005, 04:46:21 pm »
Citação de: "Moi"
Tomkat...

Continuo a dizer que a tua carteira não tem nada a ver com o cargo de Presidente da República.

Primeiro embrenhaste num conjunto de justificatíveis de carácter genérico que na prática nada querem dizer. Que os teus impostos vão custear as despesas do PR. E depois? É assim que é e é assim em muita coisa desta nossa República, os teus impostos pagam os carros da PJ, o ordenado dos homens que apanham o lixo, do Primeiro-Ministro, dos incentivos fiscais que o Governo dá às empresas privadas e o diabo a quatro...

Depois preocupas-te por ele (Soares) ter dito que um deslize financeiro não é importante, o que importa é a obra feita. E O QUE FEZ CAVACO COM O CCB?

(Aliás seria interessante lerem como há muita gente que diz que ele não é tão bom economista como o pintam. A celebre desvalorização do escudo não o levou à demissão num governo de Sá Carneiro?)



A um Presidente da República espera-se que represente Portugal, o país, a população, que tenha as tais características que o Baptista Bastos aponta... que tenha visão do que é o país no mundo, a sua função, o seu caminho, as suas qualidades, limitações humanas, culturais, históricas... que tenha Visão.

Na altura de escolher um presidente é isso que conta no candidato num regime de semi-presidencialista, não é o que ele pode fazer pelo teu bolso, pois não lhe cabe a ele essa função.  


E o que pensa Cavaco sobre a presença das tropas portuguesas no Afeganistão, e da tentativa da Austrália em dominar o petróleo timorense, e da entrada da Turquia na União Europeia??? Nada, não sabemos, ele não disse, nunca disse ao longo dos 10 anos de exilio.


Não se pede Presidente que se meta na economia, nunca se pediu, em 30 anos nunca aconteceu, porque carga-d'água é que devia meter-se?
Serve isto para Cavaco serve Soares. A isso acontecer seria mau para o país, para o clima económico. Teríamos um país a ser governado à espera da última palavra do presidente, que com a sua opinião contrária inveabilizaria o cumprimenrto de um orçamento, eventualmente chegaríamos a um ponto em que o Governo diria, pois bem... agora governa tu...

É precisamente por isso que o Sassa Mutema (Cavaco Silva) não vai Salvar a Pátria. Nem ao presidente se pede isso. Pede-se que seja o Presidente da República Portuguesa, não mais outro contabilista.


Não gosto do Soares, detesto o Cavaco, mas ao primeiro reconheço
muito mais qualidades de Presidente da República do que a Cavaco. Embora, não vá votar em nenhum deles.

 
Quanto ao Manuel Maria Carrilho. É apenas mais um episódio, de um político, comum em vários lados. Foi uma promessa que o vento levou, como muitas outras, serve para denegrir, sabe-se lá com que provas efectivas, como a questão da casa de banho que custou não sei quanto. Pouca gente sabe ou nenhuma que ele MM Carrilho pôs o jornal em Tribunal por causa dessa notícia e que não só o diário não conseguiu provar o custo das obras noticiado, como ainda teve de pagar a respectiva indemnização... Mais do mesmo? espero para ver, mas já agora como todos os partidos têm telhados de vidro não atiro pedras aos outros....

Quanto ás tuas convicções socialistas que se esboroaram com o Guterres... Eu, se fosse socialista, da maneira como penso, só me agradaria o facto de ele pensado no país, que este não merecia ser governado com orçamentos limianos...
Agora se fosse Socialista à maneira de Soares (que o detesta) diria que ele só fez mal ao partido, pois entregou a governação à direita...
Não me digas que são coincidentes nisto? Vai na volta...

Quanto ao Luso

Os 8 anos de Sampaio à frente da Presidência foram bastante positivos e só justificam a existência da nossa República. E não pensa em casar os filhos/netos com herdeiras recem-nascidas, o que é sempre bom para a sanidade com que os outros nos vêem.

Opinei.


E eu assino por baixo, todos os comentários do Moi...se bem que este último comentário vai deixar o Luso com as orelhas a arder... :bombeiro:

Cumprimentos
B. Pereira Marques
 

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« Responder #129 em: Novembro 22, 2005, 05:55:32 pm »
Ó meu caro Moi,

Para evitar observações como as que fiz, bastava ao deputado Manuel Alegre suspender o mandato parlamentar logo que tomasse a decisão de se candidatar a PR, não acha? Não estou a ser razoável?
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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« Responder #130 em: Novembro 22, 2005, 05:59:49 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
E eu assino por baixo, todos os comentários do Moi...se bem que este último comentário vai deixar o Luso com as orelhas a arder... :bombeiro:
B. Pereira Marques


Minimamente... :wink:
 8)
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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« Responder #131 em: Novembro 22, 2005, 06:03:18 pm »
Não concordo com nada do que o Moi disse apenas num ponto! Abaixo a monarquia!  :D
 

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« Responder #132 em: Novembro 22, 2005, 07:44:20 pm »
Citação de: "Normando"
Ó meu caro Moi,

Para evitar observações como as que fiz, bastava ao deputado Manuel Alegre suspender o mandato parlamentar logo que tomasse a decisão de se candidatar a PR, não acha? Não estou a ser razoável?


Porquê? É obrigatório?
Pelo que sei, ele até esteve na assembleia mas não foi à votação. Escolheu não ir.
Qual a diferença entre suspender o mandato e depois retorná-lo, ou não, depois?

Talvez, pela sua óptica, fosse mais correcto, mais limpo. Não pego por aí. É-me indiferente.
 

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« Responder #133 em: Novembro 22, 2005, 08:46:07 pm »
Já estão definidos os debates para as presidenciais e as estações que transmitem. Ver http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais ... nciais.htm

Por falar nisso, acho que esta quantidade de debates é dispensável. As entrevistas (como as da TVI) e um debate a três (Alegre, Cavaco e Soares) bastavam. Só devem ser relevantes estes 3 candidatos para efeito de debates televisivos. Senão, só se gera ruído e com nada se contribui para a decisão das pessoas. Se acharem que há lugar para debates entre 5 (Alegre, Cavaco, Jerónimo, Louçã e Soares) então também devem aceitar a comparência de todos os outros candidatos (menos mediáticos e completamente desconhecidos) por questões de igualdade de armas e paridade eleitoral.

Qual a diferença entre José Maria Martins e Fancisco Louçã ou Jerónimo de Sousa? Nenhuma. Qualquer um deles sabe que não tem a mínima hipótese de vencer. Com a agravante de Louçã e Jerónimo terem já um compromisso com os portugueses por via das eleições legislativas. Basicamente concorrem a tudo o que é eleição menosprezando os compromissos firmados com os portugueses. Para além disso, ambos são apenas armas de arremesso contra Cavaco (dado como vencedor pelas sondagens) tentando desgastá-lo pela evocação de um suposto passado; por outro lado, ambos enfrentam um teste: quem vale mais? O PCP ou o BE? É isto que lhes interessa, não o cargo de Presidente de República.

Para que servem os múltiplos debates? Para pouco. Isto não são umas Legislativas. Os candidatos não podem ter muito para prometer se ganharem a presidência: não pedem antecipadamente dizer que vão exercer as competências previstas na Constituição neste ou naquele sentido. Isto não é como nas Legislativas em que um partido diz que vai descer o IVA em 2% ou que vai construir 5 novos hospitais. Não vamos ouvir um candidato dizer "ah, prometo demitir o governo..." ou "vou dissolver o governo regional das Açores..." ou "vou vetar esta proposta de lei..." ou "vou enviar pró TC aquela outra lei...". Para se discutir a fundo as competências de um PR só se os candidatos entrassem no campo da especulação teórica. Portanto, o que um candidato faz ou deixa de fazer uma vez eleito, depende das circunstâncias concretas que se colocarem na altura.

Obviamente, nas conversas, nos debates ou nos comícios, um candidato pode dar a conhecer as suas opiniões, as suas sensibilidades e as suas tendências de pensamento relativamente a inúmeros temas. Por aqui os eleitores podem ficar com uma ideia. Agora, o que eu acho é que Louçã e Jerónimo só vão fazer barulho, partidarizar as coisas ("é a direita, fujam, fujam") e rebuscar o passado (designadamente os tempos de Cavaco enquanto PM). O discurso e a retórica de Louçâ e Jerónimo num debate presidencial é o mesmo que usado nos debates para as autárquicas, que por sua vez é o mesmo usado para as legislativas.

Ou seja, em minha opinião são debates a mais e com pseudo-candidatos. Devia-se reservar o tempo televisivo para debates a três (com Alegre, Cavaco e Soares) mais sérios, lúcidos e esclarecedores. O que vai ser decisivo é o estilo, a postura, o tom e a forma, e não tanto as ideias e o conteúdo. Repare-se que os 3 principais candidatos vão (àparte dos fait-divers do "político profissional" e do embarço das 2 candidaturas da área do PS) dizer o mesmo: querem ser parte da solução e não parte do problema, querem colaborar com o Governo para ultrapassar a crise e querem garantir estabilidade para enfrentar o futuro.

Ainda não decidi em quem vou votar.
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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« Responder #134 em: Novembro 22, 2005, 08:57:23 pm »
Meu caro Moi:

Seria mais benéfico ao Alegre suspender o mandato, uma vez que ele faltou à votação para não ser associado ao PS e porque foi à embaixada de Cabo Verde receber um prémio qualquer (isto é campanha porque dá visibilidade ao candidato Alegre). Ao suspender o mandato, ele estaria a dizer ao povo português: "elegeram-me deputado pelas cores do PS, mas agora tomei a decisão de me candidatar a PR fora do âmbito do PS, pelo que não seria eticamente correcto permanecer na AR na bancada socialista enquanto decorre a campanha". Seria a escolha acertada e não daria azo a polémicas.

Ver http://www.portugaldiario.iol.pt/notici ... div_id=291
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner