E esse é o problema principal.
Em Espanha criou-se a ideia de que a imprensa deve ser militante e deve tomar partido. Ou seja, um jornal deve mostrar apenas a visão que acha a correcta, ignorando a da daqueles com que não concorda.
Esse tipo de aproximação está incorrecto, e deve ser profundamente rechaçado.
Pina Moura, nas suas entrevistas à TV e aos jornais, foi muito claro nos seus propósitos.
Ele quer transformar a TVI num orgão de comunicação social à espanhola, com posição politica, defendendo um ponto de vista político (no caso o do PS).
Esse comportamento pode ser normal no país do Pina Moura, mas em Portugal não.
A TVI, é uma concessão do Estado Português para a utilização do espaço radioelectrico.
Se começar a ter o tipo de comportamento indigno que é típico da comunicação social espanhola só restará uma opção à Entidade Reguladora da Comunicação Social:
Cancelar a concessão de exploração que a Média Capital tem.
O problema, é que evidentemente isto é uma negociata.
O nosso amigo Sócrates deixa os espanhois abocanhar o espaço radioelectrico português, e em contrapartida o PS pode designar o presidente da TVI.
É uma negociata, demonstrativa do avacalho a que chegou a sociedade portuguesa.
O que insulta, é a facilidade com que esta gente já faz as negociatas à vista de todos, sem o mais pequeno pudor ou pouca vergonha.
O Sócrates afirmou na Assembleia da República que não sabia do negocio PRISA/TVI, como se alguém neste planeta acreditasse que há algum negocio deste tipo feito em Portugal sem ter o beneplácito do governo.
Foi vendida parte da soberania nacional.
Aos cidadãos só resta o boicote às emissões da TVI, ou então às empresas que façam publicidade na TVI.
Mas o país está provavelmente adormecido...
Mortalmente adormecido.