2ª Esquadra F-16 / Esq. 301

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NVF

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« Responder #270 em: Março 20, 2006, 08:01:21 pm »
Citação de: "Hélder"
Hoje num jornal dizia que o PCP queria que o governo vende-se 10 F-16.
 :evil:  não é ideia que me agrade.


A serem verdade os rumores de que so' iriamos ficar com 20 MLU e os 19 OCU nao iriam ser modernizados, entao ficar com 30 MLU parece-me melhor — salvo erro era esta a proposta do PC: vender 10 aparelhos para arranjar finaciamento para a modernizacao dos restantes.

Mas continuo com uma duvida: se a FAP ja' adquiriu os 40 kits MLU, entao como e' que se pode equacionar nao os utilizar na totalidade?
Talent de ne rien faire
 

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José Matos

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« Responder #271 em: Março 20, 2006, 08:17:51 pm »
Balbúrdio

Esta discussão está a ser interessante, mas penso que há aqui uma série de ideias erradas que convém esclarecer neste debate. Eu próprio falo contra mim, pois não conseguiu ser sempre claro nos meus argumentos nem os explanei sempre da forma mais acertada.

Mas tu próprio tens ideias feitas que não correspondem à realidade e que eu não posso deixar passar em branco.  

É um facto que a FAP está admitir pessoal a menos na AFA, mas não é pelas razões que tu referes.

Como já te tinha dito a FAP abre as vagas para PILAV na academia em função das necessidades que tem. Portanto, não são abaixo das necessidades como tu dizes, nem são reduzidas por falta de dinheiro. O que tem acontecido na verdade é que essas vagas não têm sido preenchidas na totalidade, não só pela abertura de cursos fora da AFA que “roubam” potenciais candidatos à AFA, como também devido ao elevado nível de exigência nas provas de selecção que eliminam muita gente como também pelo fraco nível de atractividade da carreira militar. Portanto, das vagas para PILAV desde 1996, que se verifica um problema sério em preencher a totalidade das vagas disponíveis, o que provoca problemas no fornecimento de pilotos à FAP. Depois é preciso também ver que mesmo entre os candidatos admitidos nem todos conseguem terminar o curso com sucesso, portanto, os que chegam ao fim são poucos. Juntando a isto o assédio cíclico de que os pilotos aviadores são alvo por parte das companhias civis temos o problema que actualmente vivemos.

Por outro lado, a formação de pilotos no sector civil não satisfaz obviamente as necessidades do mercado aeronáutico senão as companhias não iam buscar pilotos à FAP. E a sangria não é pequena como se julga. Um exemplo bastante citado nas notícias há anos atrás (1999 para ser mais preciso) era uma lista famosa de 32 pilotos da FAP que nesse ano queriam sair da força aérea como candidatos em listas às eleições legislativas. Foram, entretanto, criados mecanismos para reduzir a possibilidade de saída de pilotos usando esse “truque”, mas isso não impede completamente que deixem a FAP por outros processos.
Sempre que abre um concurso na TAP para pilotos lá vão mais alguns.

Para teres um ideia, desde 2001 que já saíram cerca de 30 pilotos, número que representa quase um terço do actual défice de 100 pilotos que integram o quadro permanente. Existem cerca de 300 pilotos no quadro permanente, mas a FAP devia ter 400. Portanto, o problema é grave.

Por outro lado, a saída compensa sempre. Na TAP um piloto comandante pode ganhar 10 mil euros/mês, enquanto um não comandante recebe 3500 euros. Já na Força Aérea, um Tenente e um Capitão recebem entre 2000 a 2500 euros mensalmente. Portanto, compensa sair.

Depois demora muito a repor estas perdas pois, um piloto demora 4 anos a formar. Portanto, a FAP tem um problema sério cuja resolução passaria obviamente por tornar mais atractiva a carreira militar de forma a conseguir mais candidatos e a preencher o número de vagas que abre todos os anos.

A nível de restrições na saída talvez não fosse má ideia passar o actual mecanismo de abate, que permite aos pilotos com 8 anos de serviço saírem da FAP para 10 anos e aumentar a indemnização à dar à FAP em função dos anos de serviço. É claro que isto pode ter efeitos contraproducentes que é o de diminuir ainda mais a atractividade da carreira de PILAV na FAP. Portanto, o caso não tem solução fácil.

E já agora deixa-me que te diga que na FAP PILAV é curso superior e no ISEC também.

Um abraço

 

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Marauder

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« Responder #272 em: Março 20, 2006, 08:28:19 pm »
Citação de: "Hélder"
Hoje num jornal dizia que o PCP queria que o governo vende-se 10 F-16.
 :evil:  não é ideia que me agrade.


 Felizmente que o PCP não é governo. Anyway...provavelmente o dinheiro da venda serviria para construir hospitais (sem que tenhamos médicos suficientes...problema principal de Portugal).
 

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Miguel Silva Machado

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« Responder #273 em: Março 20, 2006, 09:01:13 pm »
Citação de: "Hélder"
Hoje num jornal dizia que o PCP queria que o governo vende-se 10 F-16.
 :evil:  não é ideia que me agrade.


Aqui vai um resumo do "press-briefing" do PC. Goste-se ou não das propostas note-se que não me lembro de outro partido ter tomado a iniciativa de fazer propostas públicas sobre as FFAA. Note-se ainda que o PC continua muito bem informado sobre o que se passa no MDN e FFAA.
Aqui vai:
Sobre Defesa Nacional e Forças Armadas
Conferência de Imprensa com Rui Fernandes, da Comissão Política do PCP
17 de Março de 2006
A prática do governo nestes meses, em que o mal-estar existente teve menor expressão pública, ao não manifestar interesse em dialogar com as associações representativas dos militares nem as integrar, tal como a lei obriga, nos grupos de trabalho constituídos no Ministério da Defesa e as notícias que dão conta de punições de militares por participarem numa vigília, tornam evidentes as concepções intolerantes que invadem este governo. Aliás relativamente a estas punições importa registar dois factos: primeiro a coincidência delas ganharem um novo fôlego, com a passagem do Tenente-General Carvalho dos Reis para a chefia da Casa Militar do PR; segundo, depois de um longo silêncio que sugeria o seu arquivamento os processos voltaram à ribalta naquilo que se assemelha mais a uma gestão política intimidatória dos militares, do que à aplicação das regras da disciplina castrense.

De facto, o Governo não parece muito preocupado com a especificidade da condição militar e tudo o que ela projecta na instituição militar e na sociedade.

A ver vamos o que nos vai trazer a execução da “nova política de emprego na Administração Pública” e se a redução dos quadros do regime geral e especial, onde se incluem os militares, não abrirá a porta ao alargamento do limite de idade e do tempo de permanência nos quadros de complemento e à redução dos quadros permanentes das Forças Armadas. Veremos se a aplicação da “nova gestão de efectivos” não será uma porta para a precarização que nos conduzirá a uma forma de “privatização” da instituição militar, transformando as Forças Armadas numa força armada, pronta a cumprir os objectivos prioritários do Governo de participação “no sistema de defesa colectivo da Aliança Atlântica”.

Preocupações suscitam-nos ainda, noticias que vão dando conta da intenção de aplicar em 2007, às FFAA, o Sistema de Avaliação da Administração Pública, no quadro da tendência mais geral de “funcionalização” dos militares e da Instituição Militar. Como se pode aplicar o mesmo sistema de avaliação para realidades tão distintas e de especificidades tão peculiares? É inaceitável!

Como é inaceitável que continuem a não se vislumbrar medidas que resolvam a situação dos ex-militares, no que respeita à contagem do tempo de serviço para efeitos de reforma, como é o caso de milhares de portugueses da diáspora.

Em relação à reforma do modelo de organização das Forças Armadas e à sua interoperabilidade, a aprovação pelo Conselho de Ministros da Lei Orgânica do Exército levanta a legítima dúvida se não estamos a começar a casa pelo telhado, já que o primeiro diploma a ser alterado deveria ser a Lei de Bases de Organização das Forças Armadas e as alterações nos três ramos não deveriam ser executadas isoladamente. Desta forma, poderemos uma vez mais resumir a reestruturação a meras preocupações economicistas e à gestão/venda do um património militar que tem uma ligação directa com o fundo de pensões. Aliás, no que respeita ao fundo de pensões, todos sabemos a agonia em que este se encontra, mas continuam a não ser tomadas medidas com vista à resolução da situação.

Mas, se em relação aos direitos, ao sistema retributivo, à saúde e à protecção social é hora de apertar o cinto, de retirar e coarctar direitos, já em relação ao reequipamento militar comportamo-nos como um país rico.

Enquanto se degrada o material existente para o cumprimento das funções e missões das FFAA, o Governo, à revelia da realidade económico-financeira do país e de uma visão estratégica nacional realista, comprou novos aviões C-295 que irão substituir os Aviocar/C-212 ao mesmo tempo que se prepara para gastar largos milhões de euros na actualização dos P3 Orion. Num país com as conhecidas dificuldades financeiras, os novos (e dispendiosos) helicópteros EH 101 e os P3 actualizados não cumpririam minimamente o papel dos Aviocar? Quanto vai custar e com que dinheiro se vai operar e manter estas novas frotas?

E, porque consideramos que há caminhos alternativos, no momento em que o Governo se prepara para entregar na Assembleia da República uma proposta de revisão da actual Lei de Programação Militar – LPM aprovada pelo PS (com os votos do CDS) com o altíssimo valor de 215 milhões de contos para seis anos e a previsão de mais 263 milhões para os seis anos seguintes, posso anunciar que, entre outras propostas, o PCP apresentará, em sede própria e no momento adequado, propostas que visam a venda de 10 aviões F-16 e, para tal, dará prioridade à execução do programa de actualização dos F16, para o qual já foi feito o respectivo investimento, com o objectivo de aprontamento das 40 aeronaves.

Considerando a actualização em curso dos F16 e conhecidas as dificuldades na manutenção de uma só esquadra, a venda de 10 aviões poderá permitir à Força Aérea operar em pleno com duas esquadras de 15 aviões.

Noutro plano, preocupa-nos os sinais que vão surgindo quanto a atrasos na concretização dos Patrulhões (NPO), este sim, um programa prioritário.

O PCP, num ano em que acção governativa do PS assumiu o legado das políticas de direita, reafirma que também na área da Defesa Nacional e das Forças Armadas há propostas alternativas para a modernização, a reestruturação e o reequipamento das FFAA adequado às exigências e à realidade nacional e que contemplam, como vector prioritário, a dignificação da carreira militar.

Fonte: http://www.pcp.pt/index2.html

Um Abraço,
MMachado
Miguel Silva Machado
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Luso

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« Responder #274 em: Março 20, 2006, 11:11:45 pm »
Não existe Partido Comunista Português. Isso é uma contradição de termos. Existe é "Partido Comunista Portugal" tal como "Microsoft Portugal". Não se deve dar tempo de antena a essa gente, que em termos de defesa... enfim, nem é bom falar.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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antoninho

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« Responder #275 em: Março 20, 2006, 11:49:20 pm »
Por acaso o PCP pediu licença aos Americanos para vender os F16.
Segundo o contrato de fornecimento, este veta a venda dos ditos sem
o aval do tio Sam ou estão numa de arranjar atritos.
Mas a ideia de ter duas esq. de 15 aparelhos neste momento seria ate a mais acertada, ficando os restantes aparelhos de reserva em vez de os vender.
Quanto aos NPO estão cobertos de razão, essa do piddac deixar de os pagar e ser a LPM nem ao Diabo lembrava. E os atrasos de construção dos restantes é bem preocupante.
Quanto a ter dois tipos de aviões para vigilância do nosso mar, eles que vejam bem aquilo que um tem e o outro não.
Não vão concorrer um contra o outro mas apenas complemetar-se nas diversas modalidades assim como os EH-101 para vigilancia maritima.
São caros os EH-101... digam isso as vidas que eles irão salvar.
O restante....propaganda pura.
 

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Jorge Pereira

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« Responder #276 em: Março 20, 2006, 11:59:20 pm »
Por favor não me falem em vender s1x2x . Se assim não for, estarão a cometer um dos maiores erros na revisão da LPM.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Miguel Silva Machado

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« Responder #277 em: Março 21, 2006, 08:22:05 am »
Citação de: "Jorge Pereira"
Por favor não me falem em vender s1x2x . Se assim não for, estarão a cometer um dos maiores erros na revisão da LPM.


Intocável?
Prepare-se!
Um Abraço,
MMachado
Miguel Silva Machado
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old

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« Responder #278 em: Março 21, 2006, 10:18:16 am »
Citar
old, Os Typhoon vão substituir alguns F-18s? E os A/B+ (suponho que sejam o padrão USNAVY, que trouxe os A/B ao patamar C) também vão receber algum MLU como o dos C? E já agora, quantos F-18C já receberam o MLU ?


Los Typhonn sustituyen solo a los Mirage F1M, que estaran hasta el 2010.

Los F18 quedan asi:

67 F18 C (mlu)
24 F18 A/B+

87 Efas
17 Av8b+II


Una pregunta.
¿alguien puede resumir el actual estado del programa F16MLU de la FAP?
 

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Miguel

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« Responder #279 em: Março 21, 2006, 11:54:11 am »
Citação de: "Miguel Silva Machado"
Citação de: "Jorge Pereira"
Por favor não me falem em vender s1x2x . Se assim não for, estarão a cometer um dos maiores erros na revisão da LPM.

Intocável?
Prepare-se!
Um Abraço,
MMachado


Se isso acontecer, então o melhor é entregar a nossa defesa aos outros....

O fim de Portugal como nação soberana...

Precisamos de ter no minimo 36 F16, para ter 12 em manutençao/indisponibilidade e 24 operacionais( 6 em Alerta na BA5,Açores e Madeira e 18 para treino e missoes internacionais)

Ném quero pensar nisso....

E preferível abdicar de outros programas como as OHP e O NH90 ...
 

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luis filipe silva

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« Responder #280 em: Março 21, 2006, 12:15:35 pm »
Já agora alguém me explica uma coisa?

1 O PCP é governo? Escaparam-me essas eleições.
2 O tal deputado é o quê neste País ?
3 Para que é este alarme todo?
-----------------------------
saudações:
Luis Filipe Silva
 

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José Matos

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« Responder #281 em: Março 21, 2006, 04:04:00 pm »
De facto, essa é daquelas propostas do PCP que já sabemos que não vai passar na Assembleia. Na questão dos C-295 não possuem razão, na questão dos F-16s vamos ver o que esconde a LPM a esse nível.

No caso do corte do MLU na 201 a hipótese de vender alguns aparelhos para financiar o MLU nos restantes é uma ideia, mas difícil de concretizar, pois além da autorização americana, os F-16s Bloco 15 como estão não possuem no mercado um valor tão elevado como isso e concorrem directamente com outros Bloco 15 que os EUA possuem em stock para venda. Portanto, não é fácil vendê-los.

Um abraço

 

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papatango

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« Responder #282 em: Março 21, 2006, 04:58:05 pm »
Concordo com o José Matos.

Havendo dificuldade em manter os 40 aparelhos, provavelmente até faria sentido vender alguns deles, no entanto a venda de F-16 não faz sentido.

Mesmo que vendessemos os F-16 A/B block 15 (ADF) os que foram comprados novos, a verdade é que essas aeronaves são ultrapassadas e o seu valor é minimo.

Calculo que o valor em causa não ultrapassasse os € 2.000.000. Ou seja, mesmo que conseguissemos vender as 10 aeronaves (e não sei quem as ía comprar) os € 20 milhões podeiam até ser para a F.A. acelerar o programa MLU, mas na realidade € 20 milhões nem chega a representar 10% do valor do programa MLU.

Ou seja: Vendia-se 25% da frota, para receber 10% do valor do programa MLU.

Infelizmente trata-se de uma medida demagógica, que parece boa, até não ser esmiuçada. Depois disso não passa de pura e simples demagogia.

Colocar os P3 a fazer o trabalho dos AVIOCAR.
Será que alguma vez alguém no PC pediu informações sobre o consumo dos quatro motores dos P3 e dos dois motores dos AVIOCAR ?
Mesmo com um P3 a voar apenas com 2 motores, o custo é muito maior...

Enfim...

Não há nenhum problema em um partido político apresentar propostas, o que há é que entende-las, e depois determinar se fazem sentido.

Esta proposta, do meu ponto de vista não faz.

Não porque não venha a haver necessidade de reduzir o numero de MLU's (cujo programa quase de certeza vai ser adiado, ou re-escalonado no tempo - eufemismo para parcialmente cancelado) mas porque economicamente não faz sentido.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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Spectral

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« Responder #283 em: Março 21, 2006, 07:16:05 pm »
old quanto ao MLU, aqui vai um post do Charlie Golf ( acho que Charlie Jaguar por estas bandas ;) )

Citar
15138 (primeiro voo, BA5, 23/11/2005; chegada à BA5 após pintura 08/02/2006).


Portanto, a lista completa deverá ser agora a seguinte:

Aeronaves Operacionais:
----------------------------------------------------------------------
F-16A MLU
15133 (primeiro voo, OGMA, 11/06/2003)
15121 (primeiro voo, BA5, 28/09/2004, regresso à BA5 após pintura 04/11/2004)

F-16B MLU
15139 (primeiro voo, OGMA, ?/2004, chegada à BA5 após pintura 21/07/2004)
15138 (primeiro voo, BA5, 23/11/2005; chegada à BA5 após pintura 08/02/2006)


Aeronaves em Doca 4 (Monte Real):
----------------------------------------------------------------------
15137 (F-16B MLU), 15123 (F-16A MLU) e 15140 (F-16B MLU).

Aeronaves em Doca 3 (OGMA, Alverca):
----------------------------------------------------------------------
15104 (F-16A OCU) (?)
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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Leonidas

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« Responder #284 em: Março 21, 2006, 11:08:28 pm »
Saudações guerreiras.

Na opinião do PCP só lhes dou razão num ponto, os NPO devem ser indiscutivelmente uma prioridade sem qualquer tipo de interferências.

O programa MLU deve ser levado ao seu terminus com as 40 unidades custe o que custar e sem mais discussões. Não concordo que seja feita qualquer tipo de cedências, até porque tão temos margem de manobra em termos numéricos, face á realidade que se está a construir em todo o lado.

Penso que tudo aquilo que foi feito no passado, está a ser posto em causa sem que haja uma razão suficientemente forte para tal. A existência dos F-16 em Portugal implica forçosamente que todos tenham que serem atualizados aos padrõa tecnológicos atuais, porque senão não servem para nada senão torrar dinheiro.

Para além dos compromissos internacionais em que Portugal tem que marcar presença (com qualidade) existe também o território nacional que deve ser respeitado com as devidas salvaguardas. Estamos nos limites dos mínimos, ou seja estamos a arranjar lenha para nos queimarmo-nos, caso venha acontecer algo. Isto é como os seguros. Por muito caros que sejam, vale mais pagá-los e consequentemente tê-los, mesmo que não venham a serem necessários para nada, do que não os ter em dia e quando o azar bater á porta, adeus ti Abílio.

O diabo seja cego, surdo e mudo. Faço votos que continuemos como as coisas estão. No entanto, há uma coisa que me causa arrepios e que me leva a pensar seriamente nisto tudo. É um cenário que não é nada, mas mesmo nada descabido, a questão dos recursos hídricos/seca. Há uma outra, que penso menos grave, mas que deve ser sempre tomada em conta e levada a sério, as questões políticas no país vizinho por causa das autonomias.

Não poderá haver uma qualquer tentação para que Portugal de alguma maneira se envolva ou que seja fortemente condicionado nos mais variados domínios e que isso tudo seja um sinal claro de hostilidade aos interesses de Portugal? Será que estes dois fatores e outros que agora não me lembro, não poderão serem razões suficientes para pensarmos duas vezes hoje?

Bom, Sun Tzu lá dizia, a maior vitória sobre o inimigo, ou uma das maiores demonstrações de sabedoria, será derrotá-lo sem que haja uma luta sequer ou derramamento de sangue ou qualquer coisa assim parecida, já não me lembro bem como está escrito. Pelo andar da carruagem, nas questões económicas e com todos os ratos dos porões que temos, as coisas podem ficar muito mais negras no futuro se não tivermos cuidado. O bom senso também não é sinal de inteligência? Eu acho que sim.

Chamem-me de maluco, mas há que pensar no futuro e assegurar minimamente aquilo que são os interesses dos país em temos de soberania e independência. Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. Até quando as razões económicas são justificação credível e racional para tudo o que se pretende fazer ou não fazer? Estarei a inventar alguma coisa? Como é, trancas nas portas depois da casa roubada? É essa a lógica?

Não acham que uma das maiores manifestações de patriotismo é sermos competentes e honestos naquilo que fazemos no nosso dia-a-dia? Eu julgo que sim. Se somos incompetentes, falhamos redondamente e pomos em perigo o país. Se me dissessem que era necessário passar de 12 fragatas para 8 ou 7 eu ainda poderia entender. Se me dissessem que tínhamos de passar de 100 F-16 para 60 ou 70 ou poderia entender. Mas não é nada disso que se trata. Nem em sonhos.

Quanto ao resto das conclusões, com o devido respeito por todos, penso que o PC não sabe nada daquilo que está a falar. Esperava também um comentário acerca dos NH-90. É coisa que muito pouco se fala o que é pena, pois é muito bom que se tornem a repetir, mas parece que os bons exemplos andam pelas ruas da amargura. Vamos esperar pelo folar da Páscoa e ver o que o cabaz trás lá dentro.


Cumprimentos