3 Corvetas Batista de Andrade
4 Corvetas Joao Coutinho
E qual é a capacidade de combate destas corvetas?
Deve ser uma peça principal e meia-dúzia de anti-aéreas, misseis nada.
E para que precisam elas de mísseis? Para disparem contra os pesqueiros espanhóis? Haja paciência!!!! Quantas vezes é preciso dizer que as corvetas são navios administrativos destinados a controlarem a nossa ZEE, ou seja, a mesma missão que irão ter os NPO.
Mas era ai que eu queria chegar, o forista Instrutor referia-se às corvetas como navios combatentes, eu apenas queria salientar que essas navios de combatente já tem muito pouco e como muito bem referiu, são usados em missões de patrulhamento da nossa ZEE.
Então fui eu que percebi mal

Pensei que queria as corvetas armadas.
Já agora só mais uma achega. No passado tivemos realmente 7 fragatas, 10 corvetas (e não oito) e 3 submarinos (o 4º foi vendido com poucos anos de serviço julgo que devido a dificuldades de manutenção) mas tivemos esses meios porquê? Era por causa de Espanha? Não era, o motivo era a guerra colonial. A Espanha, é bom que ponham na cabeça, não oferece qualquer tipo de perigo, a Espanha não é ameaça, a Espanha é nosso aliado e se tem os meios que tem é porque é uma potência europeia que quer rivalizar no plano internacional com a Itália e a França. Daí as fragatas do tipo F-100 integrarem-se pontualmente nos Battle Group americanos. Ainda em relação às fragatas, devido ao facto de as suas missões serem maioritariamente executadas em África, de bombardeamento a terra e de vigilância das águas territoriais, tinham armamento adaptado a isso, ou seja peças à vante de 76,2 (as 6 mais antigas) ou de 100 (as 4 mais recentes) e peças secundárias de 40 Bofors. Só as últimas 4 da classe Baptista de Andrade, tinham armamento anti-submarino com alguma operacionalidade (1 sonar Thomson/CSF Diodon MF e 6 TLT Mk 32). As outras 6 da classe João Coutinho tinham unicamente armamento de artilharia. Das 7 fragatas, 4 da classe Cmdt João Belo, eram também fragatas compradas a pensarem na guerra colonial. Só as 3 fragatas da classe Almirante Pereira da Silva tinham valor como meios anti-submarinos e foram substituídas pelas Vasco da Gama. Portanto os números na realidade eram 3 fragatas ASM, 4 fragatas coloniais, 10 OPV (designados de corvetas) e 3 submarinos. Os números não diferem muito da actualidade, já não falando de que os meios actuais têm muito mais capacidade que os meios antigos e com o NPL ficaremos com uma capacidade que nunca tivemos.
Um companheiro afirmou que este tipo de conclusões pode levar a um espírito derrotista/pacifista e ao fim das forças armadas por já não termos inimigo. Se é verdade que já não temos inimigo declarado (por favor, não acenem com a Espanha) nunca leu afirmações minhas a sugerir o fim das forças armadas, antes pelo contrário, sempre me bati pelo seu reforço e modernização mas dentro das necessidades actuais. Se não temos inimigo declarado, as FA têm que se remodelarem e adquirirem caracteristicas expedicionárias, para missões enquadradas nas organizações a que pertencemos, ONU, OTAN e UE. Daí por exemplo, a premente necessidade de equiparmos o exército com as PANDUR e as previstas viaturas ligeiras 4X4. Com os novos Leo II e com os M113 modernizados (espero que o sejam) podemos até projectar forças de carácter mais pesado.
As únicas missões que, na minha opinião, poderemos vir a ter de executar sozinhos, serão em África, no Golfo da Guiné e numa zona compreendida entre Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Cabo Verde é um país de sucesso, uma democracia viva e um exemplo para toda a África. Não enfrenta ameaças à sua soberania e o seu papel será sobretudo de base de apoio na luta contra a imigração e eventualmente, se a situação na Guiné-Bissau descambar, missões humanitárias e de socorro e evacuação de civis. O único país nesta zona com algum potencial bélico é o Senegal que possui poucos meios navais e de pouco valor bélico e uma força aérea que não dispõe de mísseis anti-navio. Não oferecem perigo. No Golfo da Guiné, o único país interessante militarmente é a Nigéria e o que disse para o Senegal aplica-se também à Nigéria. A sua fragata Meko 360 F 89 Aradu, pouco mais serve que para representação. Os seus mísseis Otomat Mk 1 já estão obsoletos. O mesmo se passa com os Otomat Mk 1 dos patrulhas do tipo FPB 57 e com os MM 38 Exocet dos Combattante III B. Nada que meta medo. Portanto mesmo num eventualmente remoto recontro com forças destes países, as VdG e as BD não teriam dificuldades. Vou ficar por aqui pois já tenho a minha mulher a dizer que nunca mais de despacho. Espero que tenha sido claro.
Cumprimentos a todos.