Deixem-me ser mauzinho e relembrar que este fórum passou meses senão anos a dizer que o KC-390 nunca teria clientes para lá dos originais (Portugal, Hungria, Chéquia) e quando começaram a surgir as novas encomendas toda a gente fingiu que nunca tinha dito nada. Quando chegarem as encomendas para o ST vão fazer o mesmo.
Muita gente disse muita coisa. Generalizar o Fórum inteiro, não é ser mauzinho, é ser porco. A realidade, é que o KC-390 tinha estimativas muito maiores de vendas do que as que tem realmente tido, aliás, o falhanço da esperada encomenda americana, foi uma grande machadada. E só não teve uma redução da encomenda portuguesa pelo aumento de custos, porque faltaram tomates aos nossos governantes.
Neste momento, o KC tem apenas 16 vendidos (confirmados) para lá de Portugal e Brasil. Irá eventualmente vender mais, mas quando a Chéquia compra apenas 2, a Hungria outros 2, a Coreia do Sul apenas 3, a Holanda 5 e Áustria 4, está bem longe de ser um "sucesso de vendas". Para a Suécia está em águas de bacalhau, com um negócio de "chantagem vs chantagem" a ver quem ganha. Para outros potenciais clientes, vai ter que se debater com concursos.
Num período idêntico, o velhinho C-130J angariou aproximadamente o mesmo número de clientes.
No caso da Índia, é a grande esperança da Embraer para uma venda impactante. No entanto:
https://www.airway.com.br/assim-como-embraer-lockheed-planeja-fabrica-do-c-130j-na-india/Ou seja, com a proposta da LM para uma fábrica de C-130J na Índia, a Embraer vai ter que igualar a proposta. Assim sendo, nós ganhamos muito pouco, ou nada mesmo, com a venda da aeronave para a Índia, já que muito provavelmente não haverá um único componente fabricado em Portugal, nem tão pouco uma percentagem significante do lucro (se é que 0% mesmo).
Ainda assim, o KC-390 tem muito mais mercado internacional que o ST, e o ST tem concorrência ainda mais feroz, tanto em quantidade, como qualidade, como variedade de propostas. O problema para o KC, vai ser quando a Coreia do Sul colocar no mercado o MC-X, e se o Japão começa a ter uma maior presença no mercado de exportação (fruto da mudança da sua política externa), e colocar no mercado o C-2.