Voltamos ao constume, suecos, brasileiros, franceses, espanhóis, alemães, britânicos, italianos, etc fazerem publicidade aos seus produtos, tudo bem. Um americano puxa a brasa à sua sardinha, já é desinformação.
Apesar da opinião dele não ser obviamente imparcial, pelo menos apresentou mais argumentos verdadeiros a justificar a opção pelo F-35, do que outros líderes e avençados.
Olha o Macron, cujo único argumento para propôr a compra de Rafale por parte dos outros países europeus, é "não ser americano".
Ou seja, para muitos, a escolha do caça que irá operar na FAP durante várias décadas, tem que ser feita com base na nacionalidade e não nas capacido avião.
O Macron bem podia ter vindo cá, e ter apresentado uma proposta do género "não comprem F-35, modernizem os vossos F-16, e juntem-se a nós no FCAS". Esta teria sido muito mais interessante para os Europeus.
Para mim as notas do artigo...
"As aeronaves de sexta geração não entrarão ao serviço antes da década de 2040, bem depois da vida útil efetiva dos F-16 portugueses"
"Todos os ramos das Forças Armadas portuguesas necessitam de investimentos significativos em equipamento, mas a situação é especialmente grave para a Força Aérea Portuguesa."
Temos um fã do Zaire e Chaparral
Sim, nesses dois casos vemos a falta de imparcialidade no tema. Mas o resto do artigo coincide com o que já se sabia, das questões tecnológicas e das capacidades das aeronaves.
A vida útil dos nossos F-16 pode ser estendida até 2040.
Não sei, foi o que foi dito pelo Nuno Melo e corroborado pelo CEMGFA.
https://www.rtp.pt/noticias/pais/cemgfa-salienta-que-ha-investimentos-que-podem-ser-feitos-fora-da-lei-de-programacao-militar_n1570297
"Essas componentes todas integradas fazem parte do pacote da LPM. Quando se começa a falar de sistemas muito sofisticados, porventura incontornáveis, talvez a LPM não seja suficiente. Aliás, houve projetos do passado em que grandes equipamentos de grande dimensão e custos que não foram adquiridos através da LPM, foram decisões governamentais e do país para equipar o país com os mais adequados meios", alertou.
A LPM regras, burocracias e limites que devem dificultar a compra a partir de determinados valores ou tipo de contratos (Compras/acordos entre estados com uso de linhas de crédito ou onde exista compensações).
A LPM serve apenas para a alocação dos valores durante os anos em vigor. Não me lembro de nenhum programa de aquisição relevante que tivesse sido feito fora da LPM. Não me lembro se o caso dos submarinos foi assim, mas se foi, foi uma excepção, e acaba por ser um péssimo exemplar.
Além disso, durante anos a retórica foi "se o valor não está inscrito na LPM, não se compra".
O que estou a ver, são inconsistências nas "regras". Os KC foram um ajuste directo "governo com governo", e vieram na LPM, os submarinos vieram de um concurso, e já não vieram na LPM? E depois vemos o inverso para outros programas?
O que faz sentido dizerem, é que a LPM revista em 2023, não corresponde às necessidades reais, nem aos preços praticados no sector, e portanto é sempre necessário mais dinheiro do que o previsto na LPM para cada programa.
Assim sendo, em vez de um orçamento da LPM, e outro "orçamento fantasma", mais vale actualizar a LPM com mais frequência, para compensar variáveis e mudanças geopolíticas e económicas... ou livrar-nos da LPM por completo, elaborando planos de aquisição com base na percentagem do PIB disponível anualmente para equipamento.